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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

TARIFA DE ÔNIBUS SOBE PARA R$3, MAS GOVERNO NÃO INVESTE EM TRANSPORTE

Do site da Bancada de Vereadores do PT/sp

O prefeito Gilberto Kassab aumentou a tarifa do ônibus acima da inflação – a partir de hoje ela saltou de R$ 2,70 para R$ 3, reajuste de 11% - mas sua gestão tem sido marcada pela falta de investimentos no transporte público. Nada foi feito para aumentar a velocidade das viagens e nem para melhorar o conforto dos usuários, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal Agora São Paulo.
Conforme levantamento do jornal, a gestão Kassab pouco avançou em obras importantes para melhorar o transporte sobre rodas, como a construção de terminais urbanos. Dos 13 equipamentos previstos, apenas um foi entregue. Leia abaixo trecho da reportagem.
Metas na área do transporte não saem do papel
A tarifa aumentou, mas as melhorias prometidas pela prefeitura para o usuário do transporte público da capital continuam no papel. Nos últimos dois anos, a gestão Gilberto Kassab (SEM) pouco avançou em obras importantes, como a implantação de novos terminais urbanos -dos 13 previstos, apenas 1 foi entregue à população.
A mesma demora é observada no ritmo de criação de novos corredores de Ônibus, essenciais para aumentar a velocidade das viagens, reduzir as filas nos pontos e melhorar a satisfação dos usuários. Nenhum dos 66 km previstos começou a operar.
Mesmo sem receber a esperada contrapartida, o paulistano vai pagar mais caro a partir de hoje -a passagem subiu de R$ 2,70 para RS 3. 0 valor é R$ 0,35 mais caro que o aplicado pelo Metrô e pela CPTM, o que pode causar uma migração de usuários entre os sistemas de transporte.
Especialistas em transporte afirmam que o aumento poderia ser evitado ou, pelo menos, amenizado se a administração municipal priorizasse a execução de obras que proporcionassem agilidade ao sistema e economia às concessionárias. Segundo Marcos Bicalho, superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), o trânsito ruim consome cerca de 25% do custo da tarifa.
"Com os ônibus circulando mais devagar nos engarrafamentos, as empresas têm de pôr mais coletivos nas ruas, gastando mais com a manutenção dos veículos e a contratação de mão de obra, além de combustível", explica Bicalho. Ele considera necessário o investimento em corredores exclusivos e no Metrô, que tira carros das ruas. Intervenções pontuais no tráfego e recuperação de obras viárias também interferem na melhora da mobilidade urbana.
Qualidade baixa Quando sair de casa hoje para trabalhar, o gerente Eder Pereira, 27 anos, vai gastar mais com a passagem, mas continuará viajando em pé em coletivos superlotados. Para ele, a baixa qualidade do serviço não justifica o reajuste. "É um absurdo pagar R$ 3 e pegar ônibus velhos, acabados e que andam devagar", disse. Para a maioria dos usuários ouvidos pela reportagem, a tarifa praticada até ontem já era cara.

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