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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

EM POSSE, MIRIAM DEFENDE MANUTENÇÃO DA ESTABILIDADE ECONÔMICA E FAZ HOMENAGEM A CELSO DANIEL




Em discurso de posse, nova ministra do Planejamento disse que vai ser parceira permanente do Ministério da Fazenda, na busca da consolidação fiscal


Fabio Graner e Adriana Fernandes, da Agência Estado

BRASÍLIA – A nova ministra do Planejamento, Miriam Belchior, fez questão de destacar, no seu discurso de posse, a necessidade de manutenção da estabilidade econômica, como valor “absoluto” do País. Como integrante da equipe econômica, Miriam disse que vai ser parceira permanente do Ministério da Fazenda na busca da consolidação fiscal. A ministra disse ainda que vai trabalhar em consonância com o ministro Mantega, de quem, afirmou, se aproximou muito nos últimos anos.

Ao presidente do Banco Central, ministro, Alexandre Tombini, Miriam dispensou um elogio especial. Disse que o respeita muito pelo seu trabalho como servidor e diretor do Banco Central. Muito emocionada, Miriam disse que além de sua função como gestora do Planejamento terá outra missão a cumprir junto com Dilma Rousseff: “demonstrar que as mulheres podem dividir com os homens a condução do nosso País”.

A nova ministra disse que a Pasta será mais proativa na coordenação de políticas públicas. Ela disse que sua meta à frente do Planejamento é que o ministério inove, incorporando uma nova função, a de facilitador das ações governamentais, enfrentando os principais gargalos da administração pública. Miriam enfatizou ainda que o Ministério, para cumprir essa meta, precisará atuar de forma efetivamente integrada.

No discurso, Miriam destacou que o governo vai continuar valorizando os servidores públicos federais de forma responsável e “dentro dos nossos limites fiscais”. Ela disse ainda que o Ministério vai aperfeiçoar os processos de avaliação e ainda acelerar os processos de análise de financiamento externo.

Ao IBGE – órgão vinculado à Pasta – Miriam deu um recado: “o IBGE deverá aperfeiçoar a sintonia entre a sua ação e as necessidades dos ministérios, subsidiando de maneira mais objetiva a formulação e a avaliação das políticas públicas”.

Ela destacou ainda que traz consigo para o Ministério do Planejamento o monitoramento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, os quais, segundo ela, garantiram um aumento do investimento público do País. “Nosso desafio aqui será aperfeiçoar ainda mais o monitoramento dessas ações e garantir melhores condições para a sua execução.”

Desmonte do Estado

Miriam afirmou que seu antecessor Paulo Bernardo consolidou um processo iniciado na gestão Guido Mantega de interrupção do desmonte do Estado brasileiro, o que viabilizou a implementação do programa do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela salientou que foi promovida a recuperação de salários e a reestruturação de carreiras do serviço público, além de uma reformulação do sistema de compras governamentais, por meio do uso de pregões eletrônicos nas licitações.

Miriam disse que tem como desafio ajudar a construir “o Brasil do tamanho dos nossos sonhos”, prometido pela presidente Dilma Rousseff e também quer consolidar o processo de retomada do planejamento público para fortalecer o desenvolvimento. Ela enfatizou ainda o objetivo de melhorar a qualidade do gasto público, fazendo “mais com menos” e ampliando a participação dos investimentos na despesa federal.

A ministra afirmou ainda que não se deve “satanizar” o gasto de custeio, porque o governo não abrirá mão de prestar serviços. Segundo Miriam, sua intenção é fortalecer a melhoria da gestão na administração pública.

Chorando, a nova ministra do Planejamento, Miriam Belchior, terminou seu discurso de posse afirmando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “vai continuar nos guiando”. “Obrigada, meu sempre presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, disse. Ela também fez uma homenagem ao seu ex-marido, falecido, Celso Daniel, que, segundo ela, teria ocupado o cargo que ela está assumindo se ainda estivesse vivo.

Prefeito da cidade paulista de Santo André pelo Partido dos Trabalhadores, Celso Daniel foi assassinado em 2002. “Quero, entre tantas pessoas, lembrar de uma muito querida, que não teve oportunidade de participar do governo Lula, mas cujo legado administrativo e intelectual impregnou cada passo que dei no governo e continuará me influenciando neste próximo período. O cargo que ocuparei a partir de hoje, talvez, teria sido ocupado por ele no governo Lula. Obrigado, Celso Daniel,” disse.

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