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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

PT VAI PEDIR PRIMEIRA VICE-PRESIDÊNCIA DO SENADO,MAS ADIA DEFINIÇÃO DE NOME




Marcelo Camargo/Folhapress
Reunião do PT do Senado: Marta e Pimentel disputam indicação para cargo na direção da Mesa do Senado, que garante o comando da agenda de votações




Caio Junqueira | VALOR
A bancada do PT no Senado atendeu ao pedido do Palácio do Planalto e decidiu ontem optar pela postulação da primeira-vice presidência da Casa e não da primeira-secretaria, o que significa, na prática, uma escolha mais política do que técnica. Os nomes, porém, só serão definidos no dia 27 de janeiro.

Na vice-presidência, os petistas asseguram o comando da agenda de votações no caso de afastamento do presidente do Senado. Evitam, assim, que ela caia nas mãos da oposição, como ocorreu durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A primeira-secretaria, por outro lado, exerce funções mais administrativas, como a gestão do orçamento do Senado de quase R$ 3 bilhões, despachar a matéria do expediente que lhe for distribuída pelo presidente e receber a correspondência dirigida ao Senado, entre outras obrigações.

Na reunião ocorrida na liderança do PT do Senado, dois ex-ministros eleitos senadores manifestaram interesse pelo cargo: Marta Suplicy (SP) e José Pimentel (CE). Os dois entraram na reunião de ontem dispostos a saírem com uma definição, mas a bancada avaliou que, dado o impasse, o melhor seria adiar a decisão.

Optou-se, então, por definir, primeiramente, o líder do partido para a próxima legislatura, para que ele possa conduzir as negociações pela bancada. Por consenso, o escolhido foi Humberto Costa (PE), que também foi ministro da Saúde no primeiro mandato de Lula. “Entendemos que o ideal é ocuparmos espaços mais para fora do que para dentro. Fatos que aconteceram recentemente também pesam nessa decisão”, afirmou Costa, após sua escolha.

Além da responsabilidade de construir um acordo entre Marta e Pimentel, Costa irá procurar outros partidos para abrir diálogo sobre a composição de um bloco parlamentar no Senado. Será o tamanho desse bloco que definirá os espaços na Casa. Os petistas querem se aliar, pelo menos, ao PR, PRB, PSB, PCdoB e PDT, somando, assim, 30 senadores. Ocorre que o PMDB também articula um bloco com PP, PMN e PTB, que também chegaria a 30 parlamentares.

Os atritos que vêm ocorrendo entre os dois principais partidos da aliança que elegeu Dilma, contudo, não devem entrar pelo Senado. Costa disse que a bancada manterá sua opção pela vice-presidência, ainda que o bloco liderado pelo PT supere o do PMDB. O partido, inclusive, irá apoiar o indicado pelos pemedebistas, provavelmente o atual presidente, José Sarney (AP). “Estamos trabalhando com o respeito à proporcionalidade das bancadas. Vamos, então, acatar o nome que o PMDB indicar, sem qualquer restrição. O PMDB é um aliado forte que foi importante para a eleição de Dilma”, disse.

O partido também deverá apoiar o nome de Eunício Oliveira (PMDB-CE) para a Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa. Ficará, assim, com a segunda mais disputada, a de Assuntos Econômicos, pela qual Delcídio Amaral (MS) e Eduardo Suplicy (SP) manifestaram interesse ontem.

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