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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

ALCKMIN PROMETE OBRAS, PARA OUTRO VERÃO




De acordo com o governador, “não é possível fazer obra em 24 horas”

Sobre transbordamento do rio Tietê, tucano alegou ser necessário um trabalho “eterno” de desassoreamento


ALENCAR IZIDORO – FOLHA SP
DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) culpou “uma chuva excepcional” pelos transtornos e anunciou obras para atenuar enchentes -mas que só terão impacto nos próximos verões.
“Não é possível fazer obra em 24 horas”, disse Alckmin, cujo partido está há 16 anos no comando do Estado. Ele havia sido questionado pela Folha se não haveria nada para evitar novo transbordamento do Tietê neste verão.
A obra bilionária de rebaixamento da calha na gestão anterior de Alckmin visava eliminar alagamentos pelo transbordo do rio -previa só um em cem anos, mas houve ao menos cinco desde 2006.
Alckmin alegou ser necessário um “eterno” desassoreamento e disse que há hoje 2,1 milhões de m3 que precisam ser retirados do Tietê.
Ele disse que vai retirar tudo até dezembro, mais que dobrando a quantidade de 1 milhão m3 desassoreada em 2010 e prevista neste ano.
Prometeu ação semelhante no rio Pinheiros e na região da Barragem da Penha. Disse que essas obras prosseguem hoje em dia, mas que “as chuvas atrapalham”.
Ao lado do prefeito Gilberto Kassab (DEM), Alckmin evitou se comprometer em acabar com as enchentes.
O tucano disse que “os problemas serão minimizados” com obras de R$ 800 milhões em seu mandato.
Entre elas, piscinões (como na divisa de SP e São Caetano do Sul) e um amplo parque na várzea do Tietê.
“Não quer dizer que nunca vai ter”, disse Alckmin. “É impossível qualquer administrador do mundo prometer que qualquer intervenção vai liberar a região de um alagamento”, disse Kassab.
Sem obras imediatas de impacto, Alckmin divulgou ações de auxílio à prefeitura.
Ao falar da “chuva excepcional”, Alckmin citou 125 mm. O pico na Grande SP foi em Guarulhos, com 118 mm.
Também anunciou a compra de bombas para aumentar em 60% a capacidade de reverter as águas do Pinheiros para a Billings. Mas elas só chegam em dois anos.
Um decreto vai prever R$ 1.000 a famílias atingidas em áreas de calamidade.

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