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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

MERCADANTE DIZ QUE BRASIL SERÁ "PRIMEIRO PAÍS TROPICAL DESENVOLVIDO DA HISTÓRIA




MÁRCIO FALCÃO – FOLHA.COM
DE BRASÍLIA

O novo ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, participou nesta segunda-feira de cerimônia de transmissão de cargo prometendo criar políticas de incentivos para uma economia “verde e criativa”.

O petista disse ainda ter certeza de que o Brasil será o “primeiro país tropical desenvolvido da história”.

“O primeiro grande desafio é o da sustentabilidade ambiental. A imprescindível transição mundial para uma economia verde e criativa que gere baixos índices de emissão de gases de efeito-estufa e de outros grandes agentes poluidores. [...] A transição à economia verde representa muito mais oportunidades do que riscos e custos, ao contrário do que ocorre na maior parte dos países, especialmente dos países desenvolvidos que já têm, em geral, matriz energética mais suja.”

Em um discurso de mais de 40 minutos, Mercadante destacou ainda que é preciso criar a sociedade do conhecimento no país, incentivar a indústria da sabedoria, com incentivos para inovação e produção de pesquisas, ampliando e aprimorando o marco regulatório do incentivo à pesquisa.

“Não há país tropical desenvolvido no mundo. Não temos modelo a seguir, nós estamos criando nosso próprio modelo e temos todo o potencial para sermos o primeiro país tropical desenvolvido, se efetivamente avançarmos rumo à sociedade do conhecimento e à sustentabilidade ambiental.”

Apesar de destacar que o governo Dilma Rousseff fará ajustes fiscais no primeiro ano, o ministro sustentou que vai brigar para que o investimento em Ciência e Tecnologia alcance entre 2% e 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) na próxima década.

Atualmente, o país aplica 1,25% do PIB no setor. A meta é atingir um 1,53% do PIB em quatro anos, com expectativa de que os recursos do ministério cresçam 10% ao ano, com a economia crescendo 4,5 % ao ano. Para o ministro, o setor privado, que investe 0,51% na área, também deveria ampliar a participação.

“Nós aumentamos substancialmente os recursos em ciência e tecnologia nos últimos anos. Investir em ciência não pode ser considerado gasto público. Se o Brasil quiser crescer, Ciência e Tecnologia tem que crescer”, disse.

Mercadante prometeu ainda uma política de incentivo para repatriar talentos no exterior. Segundo ele, só nos Estados Unidos cerca de 3.000 professores lecionam em universidades.

O ministro destacou a importância de um programa espacial com a criação de uma agência nuclear brasileira e a construção do submarino nuclear de enorme relevância para o Brasil.

Mercadante disse ainda que pretende transformar a FINEP,que é uma empresa pública atualmente, em uma instituição financeira para ampliar os investimentos em Ciência e Tecnologia. O parecer do Banco Central é favorável.

“Como instituição financeira, vai ter mais eficácia e eficiência para financiar pesquisa e inovação, não dependendo de recursos orçamentários. Mas a mudança tem que ser muito bem estudada, conversei com Dilma e ela gostou.”

O ministro afirmou que também terá destaque o programa de banda larga criado no governo Lula, especialmente nas escolas públicas. “Acredito que a banda larga e a inclusão digital podem se transformar no mecanismo mais poderoso para um grande salto na qualidade de educação de nossos jovens, além de reduzir a enorme discrepância no acesso às tecnologias de informação”, disse.

Sobre a composição de sua equipe, Mercadante disse que vai apresentar os nomes à presidente nesta terça-feira antes de oficializar as indicações. “Vocês vão se surpreender. São nomes de prestígio e da academia”.

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