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quinta-feira, 11 de março de 2010

PT E PSB INTENSIFICAM NEGOCIAÇÃO POR UMA CHAPA MERCADANTE-SKAF EM SÃO PAULO


Do Jornal VALOR

PT e PSB intensificaram a negociação por uma chapa única para disputar o governo de São Paulo, com o senador petista Aloizio Mercadante para governador e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, para vice.

Para o PT, a composição com o presidente da Fiesp aproximaria o partido do empresariado e da classe média. Skaf, segundo petistas, ajudaria a captar votos do PSDB no Estado. Para o PSB, a chapa com o PT resultaria em mais votos para o partido, já que a candidatura de Skaf ainda é eleitoralmente frágil, e ampliaria a bancada federal. Segundo pesquisa do instituto Datafolha de dezembro de 2009, o pré-candidato do PSB aparece com 1% ou 2% das intenções de voto, dependendo do cenário eleitoral.

O PT paulista decidiu não esperar mais pela decisão do deputado Ciro Gomes (PSB) e deve lançar no fim do mês o nome de Mercadante. A direção petista analisa que Ciro não será candidato nem à Presidência nem ao governo de São Paulo. O partido deverá reunir-se com Ciro na próxima semana, para tentar resolver o caso. Para petistas de São Paulo, a demora atrapalha a campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que está sem palanque formado em São Paulo. “Não podemos mais ficar à reboque, esperando Ciro”, disse o vereador João Antonio, da Executiva estadual do PT.

A composição com Skaf manteria PSB e PT juntos no Estado. Para o presidente do PT estadual, Edinho Silva, é uma “chapa extremamente respeitável e forte”.

O presidente da Fiesp, no entanto, resiste à ideia e diz que, a princípio, é candidato ao governo, não a vice. Skaf comentou ontem que as negociações continuarão até o início de abril, quando deverá anunciar sua decisão. Ele ressalvou que o PSB “está aberto a todos que queiram apoiá-lo e compor” com a sigla.

O PSB paulista cogita lançar Skaf em abril, mesmo que depois recue da decisão perto da convenção partidária, em junho. Seria uma forma de “cacifar” o apoio político e garantir que o candidato do partido ao Senado, vereador Gabriel Chalita, participe da chapa.

O presidente do diretório estadual, deputado Márcio França, citou pesquisa feita pelo PSB para defender a candidatura de Skaf. Segundo o levantamento, 24% dos eleitores declaram voto no PSDB, independente do candidato tucano; 28% apoiam o governo atual, mas gostariam de um nome novo na disputa, e 48% dizem que não votarão nos tucanos. “Nossa candidatura pode conquistar esses 28%, já que os nomes do PT não são novos”, disse. “A candidatura de Skaf é o que melhor poderia acontecer para a ministra Dilma, porque representará o apoio do setor industrial a ela.” França, no entanto, disse que o PSB não descarta uma possível chapa com o PT no Estado.

Pelo estatuto da Fiesp, caso Skaf decida participar da eleição paulista como candidato ao governo ou a vice, ele terá de licenciar-se do comando. O presidente da entidade deverá sair até maio e em seu lugar assumirá o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch. Para o PT, é mais um motivo para Skaf compor com o partido e deixar a presidência da Fiesp. Steinbruch é amigo de longa data de Mercadante e, na visão de petistas, poderá ajudar na arrecadação de recursos. Em 2006, quando o senador do PT concorreu ao governo de São Paulo, a CSN doou R$ 1,5 milhão à sua campanha.

A composição de PT e PSB, contudo, não tem apoio consensual de petistas. Mercadante resiste à disputa estadual e tem-se mostrado como candidato à reeleição no Senado, apesar de protagonizar a próxima propaganda do PT na televisão e no rádio. O grupo mais ligado à ex-prefeita Marta Suplicy também contesta a dobradinha e tem receio de que a candidatura da petista ao Senado seja sacrificada. Caso Skaf componha a chapa com Mercadante e o PT consiga o apoio do PCdoB, os três partidos terão de escolher entre Marta, Gabriel Chalita (PSB) e o vereador Netinho de Paula (PCdoB). “Em São Paulo pode ser mais interessante o PSB ter candidatura própria. Não precisa seguir a lógica nacional de composição”, disse o vereador Antonio Donato, ex-secretário municipal de Marta. (Colaborou Ana Paula Grabois).

Do Blog do Frave

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