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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

PETISTAS APROVAM AMPLIAÇÃO DE DISCURSO À CLASSE MÉDIA



Ana Paula Grabois | VALOR
De São Paulo

O texto que circula desde sábado na direção do PT de São Paulo orientando o partido a abarcar as demandas da classe média para ter sucesso eleitoral nas próximas eleições foi aprovado por petistas ouvidos pelo Valor. Eles avaliam ser necessário ampliar a base do partido em São Paulo, Estado onde a presidente eleita, Dilma Rousseff, e o candidato do PT ao governo, Aloizio Mercadante, foram derrotados. E ressaltam que a ampliação para a classe média não pode descuidar da defesa da igualdade social pelo partido.

O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, filiado ao PT, afirma que a prioridade do partido deve continuar a ser a erradicação da miséria no país. O dirigente da central sindical mais ligada ao PT concorda que os temas identificados com as demandas da classe média são importantes e chegam a atender a um conjunto maior da sociedade: “Existe outra configuração. Uma nova classe média foi construída com os 23 milhões de pessoas que saíram da pobreza, mas essa politica tem que ter continuidade.”

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ser “fundamental” avançar na manutenção dos princípios delineados desde a fundação do partido, de lutar por justiça social. O senador diz que o tema ambiental deve ser levado em conta diante da expressiva votação da candidata a presidente pelo PV, Marina Silva. “Devemos avançar nessas questões que tem sensibilizado a opinião pública sem prejuízo das questões que sempre batalhamos”, afirmou.

O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) também endossa as recomendações do documento. Frisa ser preciso ter propostas concretas para as áreas que atenderiam ao segmento médio do eleitorado. Para Tatto, temas como ambiente, segurança são condicionantes à ampliação da base petista. “O PT tem que se modernizar porque as classes D e E estão acabando. O partido tem que ter inteligência suficiente para dialogar com esse novo cenário”, disse o deputado.

Para o presidente estadual do PT de São Paulo, Edinho Silva, o texto não corresponde a uma refundação do partido. “O PT é um partido que valoriza sua história. Hoje, o PT é resultado do que construiu. Não tem sentido falar em refundação. O que existe é uma preocupação em construir uma agenda que dialogue com os setores médios, ampliando a nossa base social”, afirmou Edinho. O documento, de circulação interna para debate, só se tornará definitivo em meados de fevereiro, quando o partido vai traçar as estratégias para as eleições de 2012 e de 2014.

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