Blog do Diretório Zonal da Freguesia do Ó e Brasilândia do Partido dos Trabalhadores na Cidade de São Paulo - SP
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
SOLUÇÃO COMO METÁFORA
O colunista Fernando de Barros e Silva faz no jornal Folha de SP de hoje um interessante comentário sobre a dificuldade do governador eleito Geraldo Alckmin têm enfrentado na montagem do seu secretáriado e a sua possível revanche contra o seu partidário o ex-governador José Serra.
Fernando de Barros e Silva
SÃO PAULO - Eleito já no primeiro turno, Geraldo Alckmin gastou quase três meses para escolher sua equipe. A montagem do secretariado foi concluída apenas ontem, na bacia das almas. Na semana passada, sob pressões várias, o governador foi acometido por uma crise de soluços que o levou ao hospital.
Tanta demora e tantos soluços traduzem as dificuldades do tucano para equacionar os tantos interesses que concorriam à sua volta.
Alckmin talvez não tivesse nenhuma razão para agradar a Serra, por quem foi sempre menosprezado. Serra agora também não tem nenhuma razão para estar satisfeito com o novo secretariado tucano.
Dos 7 secretários (de um total de 26) que permanecem da gestão atual, nenhum pode ser considerado "serrista". Alckmin fechou as portas a Luiz Antônio Marrey (Justiça), despachou Paulo Renato Souza (Educação) e acabou dando um drible nas pretensões de Alberto Goldman, que queria o Saneamento e teve que recusar a Cultura.
O alckmismo volta ao poder praticamente como saiu. O xerife Saulo de Castro Abreu agora dirige os Transportes. E Gabriel Chalita, mesmo fora do ninho, indicou dois novos secretários. Após soluçar, Alckmin fechou (e se fechou) com a sua turma de sempre, deixando ao relento o tucanato uspiano.
Juntaram-se aos "alckmistas" as indicações do varejão partidário, feitas na hora da xepa. Com destaque para o retorno do secretário da Saúde de Celso Pitta, Jorge Pagura (PTB), acomodado em Esportes, e a ida do cacique do PSB local, Márcio França, para o Turismo, depois que Dilma o rejeitou para o ministério.
A crise de soluço de Alckmin foi uma reação sintomática ao estresse para montar seu secretariado. O resultado desse processo desgastante, no entanto, também se assemelha a um soluço. Além de voltar ao poder, o que Alckmin almeja, para onde aponta, o que projeta com esse time? Soluços no horizonte...
Desejo a todos, e ao governador, um 2011 bacana, sem soluços!
GOVERNO DE SP DEVE TENTAR PRIVATIZAR CESP PELA 4º VEZ
Do blog Leituras Frave
Futuro secretário de Energia quer retomar ideia assim que conseguir a renovação da concessão de duas das principais usinas da empresa, que vencem em 2015
Anne Warth, da Agência Estado
SÃO PAULO – O futuro secretário estadual de Energia, deputado federal reeleito José Aníbal (PSDB-SP), disse nesta quinta-feira, 30, que o governo de São Paulo pretende retomar a ideia de privatizar a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) assim que conseguir a renovação da concessão de duas das principais usinas da empresa, Ilha Solteira e Jupiá, que vencem em 2015. De acordo com ele, as conversas entre o governo paulista e a União para obter a renovação das concessões serão intensificadas nos próximos meses. Será a quarta tentativa do governo de São Paulo de privatizar a empresa, que já foi tentada em 2000, 2001 e 2008.
“O governador deixou claro que hoje nós não temos imediatamente o que privatizar. A Cesp, para se tornar uma empresa com boa condição de negociação no mercado, precisa ter ampliado seu tempo de concessão, que hoje está em um universo curto de quatro anos. Isso certamente vai acontecer e depois vai se ver qual a decisão que o governo tomará em função da ampliação do prazo da concessão”, afirmou. “As conversas têm sido feitas, mas agora serão intensificadas porque o propósito realmente é fazer a ampliação do tempo de concessão para tornar a empresa mais viável e passível de negociação.”
Aníbal lembrou que o prazo das concessões das duas usinas foi uma das principais causas do fracasso da última tentativa de vender o controle da empresa. Como a renovação não é automática e, na semana do leilão, o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, enviou carta ao governador José Serra (PSDB) para informar que não garantiria a renovação das concessões, nenhum dos consórcios interessados fez o depósito das garantias financeiras, de R$ 1,74 bilhão. Na época, o preço mínimo da venda da companhia era de R$ 6,6 bilhões, e o valor total da companhia era de cerca de R$ 20 bilhões, levando-se em conta a oferta que deveria ser feita aos minoritários e as dívidas da companhia. “Não conseguimos (privatizar a companhia) porque o prazo de concessão (das usinas) era muito curto. Ampliando esse prazo, claro que a possibilidade será muito firme”, confirmou Aníbal.
O futuro secretário disse ainda que sua meta será ampliar a segurança energética e a participação da energia renovável na matriz energética do Estado por meio de usinas de cogeração, com o uso de bagaço de cana, pequenas centrais hidrelétricas, etanol, energia eólica e solar. “Geramos mais de 40 milhões de toneladas de bagaço de cana todos os anos e a queima desse bagaço, feita adequadamente, com geração de excedente, pode gerar o equivalente a uma Itaipu ao longo de dez anos até 2020. Certamente 5 mil MGW até 2015. Vamos trabalhar fortemente com esse objetivo”, afirmou.
O objetivo, segundo ele, é cumprir a meta de redução de emissões de gases causadores de efeito estufa a 20% do emitido em 2005 até 2020, conforme legislação aprovada. “É uma meta ambiciosíssima. Vamos ter que mudar muito também o transporte coletivo, com a queima de combustíveis não poluentes como gás e etanol. Essas ações não necessariamente demandam grandes investimentos públicos, mas a organização, indução, regulamentação e fiscalização do setor público para propiciar e estimular o investimento privado.”
De acordo com Aníbal, o governo paulista pretende estreitar a relação com a Petrobrás com vistas à exploração do pré-sal. “O governador quer pessoalmente tratar desse assunto, porque é algo que já está impactando a Baixada Santista muito positivamente”, afirmou, citando que o Estado pretende oferecer cursos para qualificar a mão de obra para a atividade. “Vamos zelar para que isso não conflite com a sustentabilidade que toda a sociedade quer.” Sobre a discussão dos royalties do petróleo, ele garantiu que o governo está acompanhando as negociações no Congresso. “Claro que o governo estará atento para que a nossa parte seja devida e devidamente paga.”
CIDADÃOS REAGEM AO AUMENTO DE KASSAB
Do Blog Leituras do "Frave"
Abaixo-assinado contra o aumento da passagem de ônibus para R$3 e a favor da execução (urgente!) de medidas em prol da melhora do transporte público na cidade de São PauloPara:À Prefeitura de São Paulo, Câmara Municipal de São Paulo e Secretarias responsáveisPetição pública contra o aumento da passagem de ônibus para R$3 e a favor da execução (urgente!) de medidas em prol da melhora do transporte público na cidade de São Paulo.
Até o fim de dezembro de 2010 ou em janeiro de 2011, o prefeito Kassab pretende aumentar a passagem de ônibus, conforme afirmado por ele à imprensa, possivelmente para R$3. A medida está inclusa no texto do Orçamento da cidade de São Paulo para 2011. O vereador Milton Leite, relator de tal Orçamento, chegou a confessar à imprensa que o aumento da tarifa de ônibus pode até ultrapassar R$ 2,90, sendo que a passagem já aumentou de R$ 2,30 para R$ 2,70 em janeiro deste ano. E isso não é tudo. Mesmo com mais uma alta no preço da passagem, a gestão Kassab ainda propõe o aumento dos recursos que são repassados todos os anos às empresas de ônibus em forma de subsídios. Se aprovados, serão ao todo R$ 743 milhões. Kassab justifica os aumentos no preço das passagens no reajuste anual em prol da reposição da inflação. Mas o aumento para R$3 representaria uma alta de 26% em relação ao valor praticado em 2009, o que é mais do que o dobro da inflação no período e portanto NÃO JUSTIFICA a medida.
O argumento da prefeitura, aquele de todos os anos, de que os aumentos são necessários para melhorar o transporte também não merece crédito. Há anos o transporte público em São Paulo não vê os resultados desses repasses e aumentos. No caso da maioria das linhas de ônibus, a quantidade de veículos é insuficiente para atender a demanda nos horários de pico. Ou o cidadão aceita esperar horas por um ônibus ou vagão de metro/trem que o caiba decentemente, ou se submete a um transporte desumano, de tão superlotado. Além disso, esses veículos estão funcionando em péssimas condições de segurança e conforto, incluindo nesta problemática o fato de que as ruas e avenidas, principalmente de bairros, possuem pavimento impróprio (cheio de buracos e desníveis) para o tráfego.
A resolução de tais deficiências no transporte público em São Paulo (problemas que há décadas assolam quem mora nesta cidade e agora alcançam seu pico) se faz urgente. Todos sabem que investindo no transporte público se resolvem outros problemas, como o congestionamento e a poluição.
Mas os problemas apresentados devem ser resolvidos com os recursos que já foram repassados em todos esses anos anteriores, às companhias de ônibus, via subsídios e cobranças nas passagens, e não criando mais subsídios e cobranças maiores.
Cabe àqueles que nos representam na Prefeitura, Câmara e Secretarias, exigir que as companhias envolvidas cumpram com o seu papel, e resolvam essa dívida histórica com os milhões de cidadãos dessa cidade.
Quando entrevistado sobre a problemática, Alexandre de Moraes, secretário Municipal dos Transportes (que também é presidente da SPTrans e diretor da CET!) respondeu à imprensa que o trânsito de São Paulo não é caótico e que ele até deixaria o carro em casa “se tivesse mais metrô e linhas rápidas” na cidade. Isso é o cúmulo da piada com a cara dos paulistanos que todos os dias precisam se submeter à esse péssimo serviço.
Assim, justifico e finalizo esta petição.
Os signatários
“Assinar o abaixo-assinado contra o aumento da passagem de ônibus para R$3 e a favor da execução (urgente!) de medidas em prol da melhora do transporte público na cidade de São Paulo”
Este abaixo-assinado encontra-se alojado na internet no site Petição Publica Brasil que disponibiliza um serviço público gratuito para abaixo-assinados (petições públicas) online.
Caso tenha alguma questão para o autor do abaixo-assinado poderá enviar através desta página de contato
Abaixo-assinado contra o aumento da passagem de ônibus para R$3 e a favor da execução (urgente!) de medidas em prol da melhora do transporte público na cidade de São PauloPara:À Prefeitura de São Paulo, Câmara Municipal de São Paulo e Secretarias responsáveisPetição pública contra o aumento da passagem de ônibus para R$3 e a favor da execução (urgente!) de medidas em prol da melhora do transporte público na cidade de São Paulo.
Até o fim de dezembro de 2010 ou em janeiro de 2011, o prefeito Kassab pretende aumentar a passagem de ônibus, conforme afirmado por ele à imprensa, possivelmente para R$3. A medida está inclusa no texto do Orçamento da cidade de São Paulo para 2011. O vereador Milton Leite, relator de tal Orçamento, chegou a confessar à imprensa que o aumento da tarifa de ônibus pode até ultrapassar R$ 2,90, sendo que a passagem já aumentou de R$ 2,30 para R$ 2,70 em janeiro deste ano. E isso não é tudo. Mesmo com mais uma alta no preço da passagem, a gestão Kassab ainda propõe o aumento dos recursos que são repassados todos os anos às empresas de ônibus em forma de subsídios. Se aprovados, serão ao todo R$ 743 milhões. Kassab justifica os aumentos no preço das passagens no reajuste anual em prol da reposição da inflação. Mas o aumento para R$3 representaria uma alta de 26% em relação ao valor praticado em 2009, o que é mais do que o dobro da inflação no período e portanto NÃO JUSTIFICA a medida.
O argumento da prefeitura, aquele de todos os anos, de que os aumentos são necessários para melhorar o transporte também não merece crédito. Há anos o transporte público em São Paulo não vê os resultados desses repasses e aumentos. No caso da maioria das linhas de ônibus, a quantidade de veículos é insuficiente para atender a demanda nos horários de pico. Ou o cidadão aceita esperar horas por um ônibus ou vagão de metro/trem que o caiba decentemente, ou se submete a um transporte desumano, de tão superlotado. Além disso, esses veículos estão funcionando em péssimas condições de segurança e conforto, incluindo nesta problemática o fato de que as ruas e avenidas, principalmente de bairros, possuem pavimento impróprio (cheio de buracos e desníveis) para o tráfego.
A resolução de tais deficiências no transporte público em São Paulo (problemas que há décadas assolam quem mora nesta cidade e agora alcançam seu pico) se faz urgente. Todos sabem que investindo no transporte público se resolvem outros problemas, como o congestionamento e a poluição.
Mas os problemas apresentados devem ser resolvidos com os recursos que já foram repassados em todos esses anos anteriores, às companhias de ônibus, via subsídios e cobranças nas passagens, e não criando mais subsídios e cobranças maiores.
Cabe àqueles que nos representam na Prefeitura, Câmara e Secretarias, exigir que as companhias envolvidas cumpram com o seu papel, e resolvam essa dívida histórica com os milhões de cidadãos dessa cidade.
Quando entrevistado sobre a problemática, Alexandre de Moraes, secretário Municipal dos Transportes (que também é presidente da SPTrans e diretor da CET!) respondeu à imprensa que o trânsito de São Paulo não é caótico e que ele até deixaria o carro em casa “se tivesse mais metrô e linhas rápidas” na cidade. Isso é o cúmulo da piada com a cara dos paulistanos que todos os dias precisam se submeter à esse péssimo serviço.
Assim, justifico e finalizo esta petição.
Os signatários
“Assinar o abaixo-assinado contra o aumento da passagem de ônibus para R$3 e a favor da execução (urgente!) de medidas em prol da melhora do transporte público na cidade de São Paulo”
Este abaixo-assinado encontra-se alojado na internet no site Petição Publica Brasil que disponibiliza um serviço público gratuito para abaixo-assinados (petições públicas) online.
Caso tenha alguma questão para o autor do abaixo-assinado poderá enviar através desta página de contato
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Valeu, Lula!
Este vídeo está no blog
http://vicentecidade21.blogspot.com/2010/12/valeu-lula.html e é uma linda homenagem ao nosso querido presidente LULA
http://vicentecidade21.blogspot.com/2010/12/valeu-lula.html e é uma linda homenagem ao nosso querido presidente LULA
PAUSA CULTURA - MÚSICA - Balada de Gisberta - Pedro Abrunhosa
Uma bela canção para ouvir e também refletir sobre as atrocidades que acontecem no mundo. A música "Balada de Gisberta" foi inspirada no lamentável caso do assassinato da transexual brasileira Gisberta que era imigrante em Portugal e que em 2006 foi agredida até a morte por jovens adolescentes e seu corpo foi encontrado submerso no fosso de um prédio inacabado.
domingo, 26 de dezembro de 2010
O NATAL INESQUECÍVEL DOS BRASILEIROS
O artigo abaixo foi gentilmente enviado pelo companheiro Delúbio Soares para o blog do PT FÓ/BRASILANDIA.
Delúbio Soares (*)
Quando me perguntam das lembranças natalinas da minha infância, eu respondo que elas não existem. Lá em Buriti Alegre, terra amada do interior goiano, na década de 60, a vida se dividia entre o campo e a escola. A felicidade era tanta, o entendimento familiar tamanho e a imensa alegria de viver de tal proporção, que posso dizer que mesmo sem ter conhecido os encantos do Papai Noel e seus presentes, tive a ventura de viver um Natal permanente na casa humilde de meus velhos e adorados pais, ao lado de meus irmãos tão queridos.
Mas nem por não ter tido o Natal como algo presente nos verdes anos da infância e da adolescência, jamais deixei de emocionar-me com ele, com a alegria que desperta nas crianças, na emotividade que arrebata corações, no espírito fraterno que ele estimula e nas esperanças de um Ano Novo melhor e mais feliz. O Natal é uma data que marca a todos e nos relembra dos melhores valores espirituais de respeito e solidariedade humana.
Vivemos um Natal inesquecível, pleno de paz e de realização. Leio nos jornais, escuto nas rádios e vejo nas televisões as notícias de um país que superou traumas econômicos e venceu barreiras sociais, e seu povo vai passar o mais tranqüilo e farto Natal das últimas cinco décadas. Esse é o grandioso e melhor presente que todos nós poderíamos receber. E o mais bonito desse Natal é a esperança no Ano Novo.
É importante que os brasileiros estejam comprando, enchendo lojas, equipando suas casas com móveis e eletrodomésticos, realizando sonhos de toda a vida. É reconfortante ver os olhos e as bocas, ambos sorridentes, de gente do povo mais humilde que lota aeroportos e vê a terra a milhares de pés de altura pela primeira vez. É emocionante saber que mais de 30 milhões de brasileiros deixaram a pobreza e ingressaram na classe média, experimentando um padrão de vida antes insuspeito e quase impossível para eles e suas famílias. Que Natal mais Natal que o de 2010? Que espírito mais cristão e fraternal que o da felicidade e da paz entre os brasileiros?
Papai Noel não chegou com suas renas trazendo em seu trenó mágico e tão aguardado sacos e sacos de presentes. O que chegou foi cidadania em seu estado mais puro; foi democracia de oportunidades, refletida no fim do desemprego; foram felicidade e prosperidade transformadas em casa, comida e educação.
Realizamos num Natal generoso, farto e alegre, cheio de simbologia e de significados, o sonho coletivo de um país grande que se transforma em Grande Nação. Chegamos ao término de um governo que revolucionou as estruturas sociais, políticas e econômicas do Brasil, da forma mais serena e democrática possível, marcando época e cumprindo histórica missão. Estamos às vésperas da posse da primeira mulher a ser eleita para a presidência da República. O operário que virou Estadista entregará a faixa presidencial a uma guerreira determinada e de altíssima capacidade de gestão.
Vivemos, talvez, o nosso melhor momento. Sem que nos esqueçamos dos problemas estruturais que persistem, das mazelas oriundas das desigualdades sociais ainda existentes, das dificuldades políticas que ainda precisam ser vencidas, o Brasil ultrapassou a barreira do comodismo e da alienação, da subserviência às grandes potências e da incapacidade de assumir sua força e importância, e está na rampa de lançamento rumo ao primeiro mundo.
Lula, com os olhos de filho do povo e o coração generoso de lutador das melhores causas, enxergou nossos problemas e sentiu que se apresentava a oportunidade histórica de superá-los. O Natal de paz, progresso, prosperidade e alegria, têm a marca do talento e da grandeza desse grande Presidente. Lula já pertence à história de seu país, em página memorável e épica.
Os brasileiros estão felizes. Perderam o medo de ser felizes. E o pior pecado – segundo Borges, o grande poeta argentino – é o pecado de não ser feliz.
Feliz Natal, Brasil!
(*) Delúbio Soares é professor
www.delubio.com.br
www.twitter.com/delubiosoares
companheirodelubio@gmail.com
PESQUISA DATAFOLHA MOSTRA QUEDA NA POPULARIDADE DE KASSAB
Pesquisa Datafolha mostra queda na popularidade de Kassab - 23.12.10
Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira(23) pelo jornal Folha de S. Paulo mostra queda na avaliação do prefeito Gilberto Kassab. De acordo com o instituto, em novembro Kassab obteve aprovação de 37% dos paulistanos, contra 31% que reprovavam seu governo. Em julho, a aprovação chegava a 42% e a reprovação a 26%.
Na verdade, a queda na aprovação do prefeito pode ser maior. Isto porque a pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 19 de novembro, ou seja, há mais de um mês. De acordo com o Datafolha, no ano passado Kassab tinha 39% de aprovação nessa época, contra 48% de uma pesquisa realizada em agosto de 2009. Para o instituto, a queda de avaliação com a chegada da temporada de chuvas é normal.
Chuvas e mortes
Nesses últimos 30 dias as chuvas causaram problemas à cidade, inclusive com casos de morte.
O episódio mais recente ocorreu na noite de terça (21) para quarta-feira (22). Uma forte chuva na região do M’Boi Mirim, Zona Sul, provocou o transbordamento do córrego Ponte Baixa, no Jardim Santo Amaro. A enxurrada invadiu a garagem de um condomínio e arrastou a professora Michele Borges, que tentava salvar o seu carro. Seu corpo foi localizado a dois quilômetros de distância do local.
Levantamento da execução financeira da Prefeitura de São Paulo mostra que a gestão Kassab gastou em 2010 pouco mais da metade dos recursos previstos no orçamento da cidade em obras de combate às enchentes. "Até agora a administração não conseguiu iniciar as obras do piscinão na região da Praça da Bandeira", observou o vereador e líder da Bancada do PT, José Américo, que integrou a CPI das Enchentes.
No caso do córrego Ponte Baixa, o problema é antigo e se repete há vários anos. Segundo a Folha, a prefeitura já fez duas obras emergenciais para recuperar estragos causados pelo tranbordamento do córrego. Já foram gastos quase R$ 5 milhões, mas a obra definitiva para resolver o problema - que inclui a retirifcação e a canalização do córrego, obras para desafogar o trânsito na estrada do M'Boi Mir8im e construção de 650 casas - está prometida apenas para 2011
Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira(23) pelo jornal Folha de S. Paulo mostra queda na avaliação do prefeito Gilberto Kassab. De acordo com o instituto, em novembro Kassab obteve aprovação de 37% dos paulistanos, contra 31% que reprovavam seu governo. Em julho, a aprovação chegava a 42% e a reprovação a 26%.
Na verdade, a queda na aprovação do prefeito pode ser maior. Isto porque a pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 19 de novembro, ou seja, há mais de um mês. De acordo com o Datafolha, no ano passado Kassab tinha 39% de aprovação nessa época, contra 48% de uma pesquisa realizada em agosto de 2009. Para o instituto, a queda de avaliação com a chegada da temporada de chuvas é normal.
Chuvas e mortes
Nesses últimos 30 dias as chuvas causaram problemas à cidade, inclusive com casos de morte.
O episódio mais recente ocorreu na noite de terça (21) para quarta-feira (22). Uma forte chuva na região do M’Boi Mirim, Zona Sul, provocou o transbordamento do córrego Ponte Baixa, no Jardim Santo Amaro. A enxurrada invadiu a garagem de um condomínio e arrastou a professora Michele Borges, que tentava salvar o seu carro. Seu corpo foi localizado a dois quilômetros de distância do local.
Levantamento da execução financeira da Prefeitura de São Paulo mostra que a gestão Kassab gastou em 2010 pouco mais da metade dos recursos previstos no orçamento da cidade em obras de combate às enchentes. "Até agora a administração não conseguiu iniciar as obras do piscinão na região da Praça da Bandeira", observou o vereador e líder da Bancada do PT, José Américo, que integrou a CPI das Enchentes.
No caso do córrego Ponte Baixa, o problema é antigo e se repete há vários anos. Segundo a Folha, a prefeitura já fez duas obras emergenciais para recuperar estragos causados pelo tranbordamento do córrego. Já foram gastos quase R$ 5 milhões, mas a obra definitiva para resolver o problema - que inclui a retirifcação e a canalização do córrego, obras para desafogar o trânsito na estrada do M'Boi Mir8im e construção de 650 casas - está prometida apenas para 2011
FALTA DE OBRAS CONTRA ENCHENTES CAUSOU TRAGÉDIA NO M´BOI MIRIM
foto do jornal "O globo"
O vereador Donato esteve nos bairros da região do M'Boi Mirim onde a forte chuva entre terça-feira (21) e ontem causaram terror na população. A professora Michele Borges morreu levada pela enxurrada quanto tentava salvar seu carro das águas do córrego Ponte Baixa, que haviam invadido a garagem do condomínio em que morava.
Donato esteve na Vila Prel, no Jardim Umuarama e na Rua Daniel Klein. Em todos esses locais a Prefeitura de São Paulo deveria ter executado obras de canalização de córregos e limpeza de galerias.
Como lembrou o vereador, desde o ano passado o prefeito Kassab vem reduzindo os investimentos em obras contra as enchentes e diminuindo os recursos para os serviços de limpeza de ruas e coleta de lixo.
Os moradores dos locais atingidos pela chuva reclamam há muito tempo. Donato já esteve na Subprefeitura do M'Boi Mirim inúmeras vezes acompanhando comissões de moradores e cobrando as obras, mas a administração não encaminhou as reivindicações.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
FELIZ NATAL - Dominguinhos - O velhinho (Natal)
O PT FÓ/BRASILÂNDIA DESEJA A TODOS OS COMPANHEIROS DE MILITANCIA E AMIGOS UM FELIZ NATAL!
PAUSA CULTURAL DE NATAL - LITERATURA - CONTO DE RUBEM BRAGA
Extraído do portal "Vermelho"
Rubem Braga: “É noite de Natal e estou sozinho” (*)
É noite de Natal, e estou sozinho na casa de um amigo, que foi para a fazenda. Mais tarde talvez saia. Mas vou me deixando ficar sozinho, numa confortável melancolia, na casa quieta e cômoda. Dou alguns telefonemas, abraço à distância alguns amigos. Por Rubem Braga (**)
Essas poucas vozes, de homem e de mulher, que respondem alegremente à minha, são quentes, e me fazem bem, "Feliz Natal, muitas felicidades!"; dizemos essas coisas simples com afetuoso calor; dizemos e creio que sentimos; e como sentimos, merecemos. Feliz Natal!
Desembrulho a garrafa que um amigo teve a lembrança de me mandar ontem; vou lá dentro, abro a geladeira, preparo um uísque, e venho me sentar no jardinzinho, perto das folhagens úmidas. Sinto-me bem, oferecendo-me este copo, na casa silenciosa, nessa noite de rua quieta. Este jardinzinho tem o encanto sábio e agreste da dona da casa que o formou. É um pequeno espaço folhudo e florido de cores, que parece respirar; tem a vida misteriosa das moitas perdidas, um gosto de roça, uma alegria meio caipira de verdes, vermelhos e amarelos.
Penso, sem saudade nem mágoa, no ano que passou. Há nele uma sombra dolorosa; evoco-a neste momento, sozinho, com uma espécie de religiosa emoção. Há também, no fundo da paisagem escura e desarrumada desse ano, uma clara mancha de sol. Bebo silenciosamente a essas imagens da morte e da vida; dentro de mim elas são irmãs. Penso em outras pessoas. Sinto uma grande ternura pelas pessoas; sou um homem sozinho, numa noite quieta, junto de folhagens úmidas, bebendo gravemente em honra de muitas pessoas.
De repente um carro começa a buzinar com força, junto ao meu portão. Talvez seja algum amigo que venha me desejar Feliz Natal ou convidar para ir a algum lugar. Hesito ainda um instante; ninguém pode pensar que eu esteja em casa a esta hora. Mas a buzina é insistente. Levanto-me com certo alvoroço, olho a rua e sorrio: é um caminhão de lixo. Está tão carregado, que nem se pode fechar; tão carregado como se trouxesse todo o lixo do ano que passou, todo o lixo da vida que se vai vivendo. Bonito presente de Natal!
0 motorista buzina ainda algumas vezes, olhando uma janela do sobrado vizinho. Lembro-me de ter visto naquela janela uma jovem mulata de vermelho, sempre a cantarolar e espiar a rua. É certamente a ela quem procura o motorista retardatário; mas a janela permanece fechada e escura. Ele movimenta com violência seu grande carro negro e sujo; parte com ruído, estremecendo a rua.
Volto à minha paz, e ao meu uísque. Mas a frustração do lixeiro e a minha também quebraram o encanto solitário da noite de Natal. Fecho a casa e saio devagar; vou humildemente filar uma fatia de presunto e de alegria na casa de uma família amiga.
(*)Texto extraído do livro "A Borboleta Amarela", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1963, pág. 124.
(**) Rubem Braga, considerado por muitos o maior cronista brasileiro desde Machado de Assis, nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, ES, a 12 de janeiro de 1913. Como escritor, Rubem Braga teve a característica singular de ser o único autor nacional de primeira linha a se tornar célebre exclusivamente através da crônica, um gênero que não é recomendável a quem almeja a posteridade. Certa vez, solicitado pelo amigo Fernando Sabino a fazer uma descrição de si mesmo, declarou: "Sempre escrevi para ser publicado no dia seguinte. Como o marido que tem que dormir com a esposa: pode estar achando gostoso, mas é uma obrigação. Sou uma máquina de escrever com algum uso, mas em bom estado de funcionamento."
Foi com Fernando Sabino e Otto Lara Resende que Rubem Braga fundou, em 1968, a editora Sabiá, responsável pelo lançamento no Brasil de escritores como Gabriel Garcia Márquez, Pablo Neruda e Jorge Luis Borges.
Segundo o crítico Afrânio Coutinho, a marca registrada dos textos de Rubem Braga é a "crônica poética, na qual alia um estilo próprio a um intenso lirismo, provocado pelos acontecimentos cotidianos, pelas paisagens, pelos estados de alma, pelas pessoas, pela natureza."
Rubem Braga morreu no dia 19 de dezembro de 1990. Deixou extensa bibliografia.
ESTAS SINISTRAS FESTAS DE NATAL
Crônica escrita por Gabriel García Márquez e publicada no jornal "El País"
Por Gabriel García Márquez
Ninguém mais se lembra de Deus no Natal. Há tanto barulho de cornetas e de fogos de artifício, tantas grinaldas de fogos coloridos, tantos inocentes perus degolados e tantas angústias de dinheiro para se ficar bem acima dos recursos reais de que dispomos que a gente se pergunta se sobra algum tempo para alguém se dar conta de que uma bagunça dessas é para celebrar o aniversário de um menino que nasceu há 2 mil anos em uma manjedoura miserável, a pouca distância de onde havia nascido, uns mil anos antes, o rei Davi.
Cerca de 954 milhões de cristãos – quase 1 bilhão deles, portanto – acreditam que esse menino era Deus encarnado, mas muitos o celebram como se na verdade não acreditassem nisso. Celebram, além disso, muitos milhões que nunca acreditaram, mas que gostam de festas e muitos outros que estariam dispostos a virar o mundo de ponta cabeça para que ninguém continuasse acreditando. Seria interessante averiguar quantos deles acreditam também no fundo de sua alma que o Natal de agora é uma festa abominável e não se atrevem a dizê-lo por um preconceito que já não é religioso, mas social.
O mais grave de tudo é o desastre cultural que estas festas de Natal pervertidas estão causando na América Latina. Antes, quando tínhamos apenas costumes herdados da Espanha, os presépios domésticos eram prodígios de imaginação familiar. O menino Jesus era maior que o boi, as casinhas nas colinas eram maiores que a Virgem e ninguém se fixava em anacronismos: a paisagem de Belém era complementada com um trenzinho de arame, com um pato de pelúcia maior que um leão que nadava no espelho da sala ou com um guarda de trânsito que dirigia um rebanho de cordeiros em uma esquina de Jerusalém.
Por cima de tudo, se colocava uma estrela de papel dourado com uma lâmpada no centro e um raio de seda amarela que deveria indicar aos Reis Magos o caminho da salvação. O resultado era na realidade feio, mas se parecia conosco e claro que era melhor que tantos quadros primitivos mal copiados do alfandegário Rousseau.
A mistificação começou com o costume de que os brinquedos não fossem trazidos pelos Reis Magos – como acontece na Espanha, com toda razão –, mas pelo menino Jesus. As crianças dormíamos mais cedo para que os brinquedos nos chegassem logo e éramos felizes ouvindo as mentiras poéticas dos adultos.
No entanto, eu não tinha mais do que cinco anos quando alguém na minha casa decidiu que já era hora de me revelar a verdade. Foi uma desilusão não apenas porque eu acreditava de verdade que era o menino Jesus que trazia os brinquedos, mas também porque teria gostado de continuar acreditando. Além disso, por uma pura lógica de adulto, eu pensei então que os outros mistérios católicos eram inventados pelos pais para entreter aos filhos e fiquei no limbo.
Naquele dia – como diziam os professores jesuítas na escola primária –, eu perdi a inocência, pois descobri que as crianças tampouco eram trazidas pelas cegonhas desde Paris, que é algo que eu ainda gostaria de continuar acreditando para pensar mais no amor e menos na pílula.
Tudo isso mudou nos últimos 30 anos, mediante uma operação comercial de proporções mundiais que é, ao mesmo tempo, uma devastadora agressão cultural. O menino Jesus foi destronado pela Santa Claus dos gringos e dos ingleses, que é o mesmo Papai Noel dos franceses e aos que conhecemos de mais. Chegou-nos com o trenó levado por um alce e o saco carregado de brinquedos sob uma fantástica tempestade de neve.
Na verdade, este usurpador com nariz de cervejeiro é simplesmente o bom São Nicolau, um santo de quem eu gosto muito e porque é do meu avô o coronel, mas que não tem nada a ver com o Natal e menos ainda com a véspera de Natal tropical da América Latina.
Segundo a lenda nórdica, São Nicolau reconstruiu e reviveu a vários estudantes que haviam sido esquartejados por um urso na neve e por isso era proclamado o patrono das crianças. Mas sua festa é celebrada em 6 de dezembro, e não no dia 25. A lenda se tornou institucional nas províncias germânicas do Norte no final do século 18, junto à árvore dos brinquedos e a pouco mais de cem anos chegou à Grã-Bretanha e à França.
Em seguida, chegou aos Estados Unidos, e estes mandaram a lenda para a América Latina, com toda uma cultura de contrabando: a neve artificial, as velas coloridas, o peru recheado e estes quinze dias de consumismo frenético a que muito poucos nos atrevemos a escapar.
No entanto, talvez o mais sinistro destes Natais de consumo seja a estética miserável que trouxeram com elas: esses cartões postais indigentes, essas cordinhas de luzes coloridas, esses sinos de vidro, essas coroas de flores penduradas nas portas, essas músicas de idiotas que são traduções malfeitas do inglês e tantas outras gloriosas asneiras para as quais nem sequer valia a pena ter sido inventada a eletricidade.
Tudo isso em torno da festa mais espantosa do ano. Uma noite infernal em que as crianças não podem dormir com a casa cheia de bêbados que erram de porta buscando onde desaguar ou perseguindo a esposa de outro que acidentalmente teve a sorte de ficar dormido na sala.
Mentira: não é uma noite de paz e amor, mas o contrário. É a ocasião solene das pessoas de quem não gostamos. A oportunidade providencial de sair finalmente dos compromissos adiados porque indesejáveis: o convite ao pobre cego que ninguém convida, à prima Isabel que ficou viúva há 15 anos, à avó paralítica que ninguém se atreve a exibir.
É a alegria por decreto, o carinho por piedade, o momento de dar presente porque nos dão presentes e de chorar em público sem dar explicações. É a hora feliz de que os convidados bebam tudo o que sobrou do Natal anterior: o creme de menta, o licor de chocolate, o vinho passado.
Não é raro, como aconteceu frequentemente, que a festa acabe a tiros. Nem tampouco é raro que as crianças – vendo tantas coisas atrozes – terminem acreditando de verdade que o menino Jesus não nasceu em Belém, mas nos Estados Unidos.
LULA E DILMA LAMENTAM A MORTE DE ORESTES QUÉRCIA
Da Folha Online
O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) morreu às 7h40 desta sexta-feira, aos 72 anos, vítima de um câncer na próstata. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 18 de novembro.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - "Recebo a notícia da morte do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia com pesar. Nem sempre estivemos do mesmo lado na política, mas Quércia sempre foi da ala dos desenvolvimentistas, que pensam o país para além de seu tempo. Sua eleição para o Senado em 1974 foi um marco na luta pelo restabelecimento da democracia. Nesse momento triste, presto minha solidariedade a sua família, seus amigos e correligionários."
Dilma Rousseff, presidente eleita - É com pesar que recebo a notícia da morte de Orestes Quércia. São Paulo e o Brasil vão se lembrar dele como um expoente da resistência democrática, um governador de muitas realizações e um defensor do desenvolvimento do país. Em todas as circunstâncias, foi um lutador."
NOTA DE FALECIMENTO - CAÍTO
Faleceu nesta manhã, dia 24.12.2010, na cidade de Santos, o companheiro Caíto (Antônio Carlos Pires), 55 anos (08.05.1955 -24.12.2010) que foi diretor do Sindicato dos Químicos de São Paulo no final da década de 1980 e ativista sindical e petista que atuou em diversas lutas da CUT e do PT. Criado no Parque Tietê, distrito da Brasilândia em São Paulo, no último período morava e trabalhava na cidade de Santos ao lado de sua companheira Lúcia.
Era mais um dos milhões de ativistas e lutadores que ajudaram a construir o sonho de um Brasil mais justo e digno para todos. O velório será hoje no Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, sito à Rua João Marcelino Branco, s/nº , a partir das 14h. O enterro acontecerá às 16h .
Muitos companheiros e companheiras se lembram de sua garra, fé e alegria que animaram sua trajetória. Sua família (Dona Cida- mãe, Cidinha e Célia – irmãs e Paulo Roberto) recebem as condolências em seu endereço na Rua Santo Antônio do Carangola, 13 – Parque Tietê, distrito da Brasilândia.
Rondino, diretor da Fetec-SP Cut e presidente da ABC Palmares - Associação Brasillândia de Cultura, Cidadania e Comunicação dos Palmares
Era mais um dos milhões de ativistas e lutadores que ajudaram a construir o sonho de um Brasil mais justo e digno para todos. O velório será hoje no Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, sito à Rua João Marcelino Branco, s/nº , a partir das 14h. O enterro acontecerá às 16h .
Muitos companheiros e companheiras se lembram de sua garra, fé e alegria que animaram sua trajetória. Sua família (Dona Cida- mãe, Cidinha e Célia – irmãs e Paulo Roberto) recebem as condolências em seu endereço na Rua Santo Antônio do Carangola, 13 – Parque Tietê, distrito da Brasilândia.
Rondino, diretor da Fetec-SP Cut e presidente da ABC Palmares - Associação Brasillândia de Cultura, Cidadania e Comunicação dos Palmares
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
GOVERNO DILMA SERÁ MELHOR OU IGUAL AO DE LULA PARA 83%
Segundo Datafolha, 73% acreditam que gestão da petista será ótima ou boa
Na avaliação de 31% dos brasileiros, a presidente eleita vai cumprir suas promessas -mesmo índice de Lula em 2002
SILVIO NAVARRO – FOLHA SP
DE SÃO PAULO
A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), fará um governo igual ou melhor que o do presidente Lula para 83% dos brasileiros, revela pesquisa Datafolha.
De acordo com o instituto, a expectativa de 53% dos entrevistados é que a gestão da petista seja similar à do antecessor. Outros 30% avaliam que ela se sairá melhor.
A estratificação do levantamento mostra que Dilma obtém seus melhores índices na fatia da população menos escolarizada, mais jovem e que declara renda mensal de até cinco salários mínimos.
Foram ouvidas em todo o país 11.281 pessoas, de 17 a 19 do mês passado.
A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Para 73%, o futuro governo de Dilma será ótimo ou bom. É o segundo percentual mais alto de expectativa sobre o mandato de um presidente eleito desde a redemocratização do país.
Em dezembro de 2002, a expectativa positiva sobre Lula era de 76%.
Os números de Dilma superam os do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) tanto no primeiro mandato (70%) como no segundo (41%). Fernando Collor (1990-92) obteve 71%. Não foi feita pesquisa em 2006.
Os picos positivos foram demonstrados no Nordeste do país, especialmente em Pernambuco (78%), no Ceará (79%) e em Minas Gerais (80%). No Sul, o índice de otimismo cai para 68%.
PROMESSAS
O instituto sondou o percentual de confiança dos eleitores sobre o cumprimento de promessas de campanha. Uma parcela de 31% disse acreditar que ela cumprirá a maioria das promessas, outros 59% esperam que cumpra parte delas, e 6% acham que não realizará nenhuma.
Os números são similares ao que o brasileiro esperava de Lula em 2002. À época, 31% acreditavam que ele fosse cumprir suas promessas.
A diferença entre a expectativa em relação a Dilma e a que se tinha sobre o Lula está nas áreas de atuação de governo. Para 18% dos entrevistados, a gestão dela se sairá melhor na saúde. Em seguida, aparecem economia (12%) e educação (12%).
Quando se trata da expectativa sobre a área em o novo governo terá o pior desempenho, destacam-se saúde (13%), combate à violência e segurança pública (13%).
Antes do primeiro mandato, 27% apostavam que a administração de Lula avançaria no combate ao desemprego, e 18%, na erradicação da fome e miséria. Para 10%, a economia declinaria.
Tanto Lula como Dilma marcam seus índices mais altos de “ruim ou péssimo” quando a expectativa é sobre o combate à corrupção (10% para ele, e 20% para ela).
A exemplo do que ocorreu em relação a Lula (43%), em 2002, agora os entrevistados acreditam que os “trabalhadores” serão os mais beneficiados pelo governo (33%).
Nos demais setores a serem beneficiados, no entanto, não há semelhanças. Em 2002, 14% citavam a agricultura, e 11%, a indústria, como áreas que seriam privilegiadas. Neste ano, aparecem políticos (13%) e bancos (10%).
Na avaliação de 31% dos brasileiros, a presidente eleita vai cumprir suas promessas -mesmo índice de Lula em 2002
SILVIO NAVARRO – FOLHA SP
DE SÃO PAULO
A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), fará um governo igual ou melhor que o do presidente Lula para 83% dos brasileiros, revela pesquisa Datafolha.
De acordo com o instituto, a expectativa de 53% dos entrevistados é que a gestão da petista seja similar à do antecessor. Outros 30% avaliam que ela se sairá melhor.
A estratificação do levantamento mostra que Dilma obtém seus melhores índices na fatia da população menos escolarizada, mais jovem e que declara renda mensal de até cinco salários mínimos.
Foram ouvidas em todo o país 11.281 pessoas, de 17 a 19 do mês passado.
A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Para 73%, o futuro governo de Dilma será ótimo ou bom. É o segundo percentual mais alto de expectativa sobre o mandato de um presidente eleito desde a redemocratização do país.
Em dezembro de 2002, a expectativa positiva sobre Lula era de 76%.
Os números de Dilma superam os do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) tanto no primeiro mandato (70%) como no segundo (41%). Fernando Collor (1990-92) obteve 71%. Não foi feita pesquisa em 2006.
Os picos positivos foram demonstrados no Nordeste do país, especialmente em Pernambuco (78%), no Ceará (79%) e em Minas Gerais (80%). No Sul, o índice de otimismo cai para 68%.
PROMESSAS
O instituto sondou o percentual de confiança dos eleitores sobre o cumprimento de promessas de campanha. Uma parcela de 31% disse acreditar que ela cumprirá a maioria das promessas, outros 59% esperam que cumpra parte delas, e 6% acham que não realizará nenhuma.
Os números são similares ao que o brasileiro esperava de Lula em 2002. À época, 31% acreditavam que ele fosse cumprir suas promessas.
A diferença entre a expectativa em relação a Dilma e a que se tinha sobre o Lula está nas áreas de atuação de governo. Para 18% dos entrevistados, a gestão dela se sairá melhor na saúde. Em seguida, aparecem economia (12%) e educação (12%).
Quando se trata da expectativa sobre a área em o novo governo terá o pior desempenho, destacam-se saúde (13%), combate à violência e segurança pública (13%).
Antes do primeiro mandato, 27% apostavam que a administração de Lula avançaria no combate ao desemprego, e 18%, na erradicação da fome e miséria. Para 10%, a economia declinaria.
Tanto Lula como Dilma marcam seus índices mais altos de “ruim ou péssimo” quando a expectativa é sobre o combate à corrupção (10% para ele, e 20% para ela).
A exemplo do que ocorreu em relação a Lula (43%), em 2002, agora os entrevistados acreditam que os “trabalhadores” serão os mais beneficiados pelo governo (33%).
Nos demais setores a serem beneficiados, no entanto, não há semelhanças. Em 2002, 14% citavam a agricultura, e 11%, a indústria, como áreas que seriam privilegiadas. Neste ano, aparecem políticos (13%) e bancos (10%).
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
INSATISFAÇÃO REPRIMIDA
O Jornalista Raymundo Costa do jornal "valor" fala sobre a crise que rachou a bancada do PT na Câmara Federal e o risco de um efeito Severino Cavalcante.
Raymundo Costa – VALOR
O espectro de Severino Cavalcanti voltou a rondar o Palácio do Planalto, no momento em que o deputado Marco Maia (RS) ganhou a indicação do PT para presidir a Câmara dos Deputados, no próximo biênio legislativo. O nome de Maia não entusiasma a presidente eleita Dilma Rousseff – que contava como certa a indicação do deputado Cândido Vaccarezza -, rachou de cima abaixo a bancada do PT paulista e expôs algumas das insatisfações partidárias que permeiam a formação do novo governo.
Marco Maia não era o candidato favorito de Dilma, mas ela respeitou a decisão da bancada. No Rio Grande do Sul, Dilma era mais ligada ao ex-governador Olívio Dutra (1999-2003). Maia, ao ex-ministro Tarso Genro, que em 2002 tomou o lugar de Olívio na eleição e perdeu a eleição ao governo estadual para Germano Rigotto (PMDB).
A presidente eleita não se envolveu na disputa pela indicação da bancada, mas também – para quem perguntou – não deixou de dizer que o fato de ser gaúcho não tornava Maia o seu candidato. O deputado não é das relações mais próximas de Dilma, assim como a presidente eleita não faz parte das amizades mais estreitas de Maia, o que em absoluto significa dizer que ela não queira sua eleição para a presidência da Câmara dos Deputados. Apenas torna Maia um pouco mais vulnerável a ataques especulativos.
O que mais causa apreensão no Planalto e na equipe de transição é a divisão do PT de São Paulo, no qual se dá como certo o revide de Vaccarezza e de sua turma à “deserção” do deputado Arlindo Chinaglia e de seu grupo, que preferiram apoiar um gaúcho (Maia) a um dos integrantes da bancada paulista. A dúvida que paira é sobre a hora e o local do ajuste de contas. O atual e o novo governo trabalham para que não seja na eleição para a presidência da Câmara, em fevereiro de 2011, e para que o acerto entre os dois lados fique confinado aos limites estaduais. Problema: o que acontece com o PT de São Paulo em geral reverbera por todo o PT.
PT racha novamente na eleição para presidente da Câmara
Gato escaldado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se ilude com demonstrações públicas de união. Ele já se deu conta dos riscos da divisão petista e chamou o partido às falas: não quer que ocorra com Dilma o mesmo que aconteceu com ele em 2005, quando, de acordo com suas palavras, foi dormir certo de que o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) seria eleito presidente da Câmara e acordou, no dia seguinte, com Severino Cavalcanti (PP-PE) no comando da Casa – eleição que iria custar para o governo nada mais que o Ministério das Cidades para o PP.
Greenhalgh fora indicado pela bancada, mas o deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), que disputara com ele a indicação, se manteve na disputa. O PT entrou na eleição com dois candidatos e abriu a porta para a vitória de um terceiro postulante ao cargo.
A diferença é que desta vez a bancada do PT rachou, mas Vaccarezza desistiu da disputa. Em 2005, apesar de Greenhalgh obter a indicação da bancada, Virgílio Guimarães ficou como candidato avulso, dividindo e enfraquecendo as forças governistas. Além disso, avalia-se no Planalto e na equipe de transição que o governo, em início de mandato, entrará com mais força na eleição de fevereiro próximo do que entrou na eleição de Severino, ocorrida no meio do primeiro mandato de Lula.
Há outros fatores favoráveis ao governo, dentre os quais o acordo de revezamento entre o PT e o PMDB na presidência da Câmara. Graças a esta aliança, o PMDB se tornou o principal interessado em assegurar a eleição do candidato indicado institucional do PT, seja ele quem for, uma vez que em 2013 precisará do apoio petista para garantir a eleição de um candidato pemedebista, provavelmente o do deputado Henrique Alves (RN), atual líder da bancada na Câmara.
O contexto é mais favorável ao governo que o de 2005. Mas por enquanto, o PT não tem como assegurar lealdade a Marco Maia, por mais que o discurso público seja o de apaziguamento. Na realidade, o ânimo na bancada paulista é de beligerância. “Aqui vai correr sangue”, diz um conhecedor dos meandros petistas, cujo testemunho fala de um enorme ressentimento interno. O próprio Cândido Vaccarezza diz aos companheiros que só renunciou à candidatura porque não quer ser protagonista do enredo de traição que em 2005 derrotou o PT.
Lula tem razão ao demonstrar preocupação com a eleição para presidente da Câmara. Se é certo que o PT não cometerá o erro de concorrer com dois candidatos, como fez em 2005, o mesmo não se pode dizer da chamada base aliada. O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ex-presidente da Câmara e ex-coordenador político do governo Lula, captou as dificuldades no território petista e analisa com cuidado o lançamento de sua candidatura. O caldo de cultura para sua eleição são os ressentimentos dos aliados insatisfeitos com a composição do governo Dilma, um contingente que cresce na medida em que a presidente eleita procura manter o futuro governo blindado ao controle de um ou outro agrupamento partidário.
A presidente eleita fez isso com o PMDB, que entra menor no governo Dilma do que sairá do governo Lula, e tenta fazer com o PSB, ao chamar Ciro Gomes para o ministério que toma posse no dia 1º de janeiro. O desafio da presidente eleita é encontrar o ponto de equilíbrio certo para que a engrenagem da base aliada, do PT ao PCdoB, do PMDB ao PP, se movimente sem provocar grandes marolas no início do novo governo. A eleição para presidente da Câmara dos Deputados será um bom teste.
Raymundo Costa é repórter especial de Política, em Brasília. Escreve às terças-feiras
E-mail raymundo.costa@valor.com.br
A NOSTALGIA DE LULA
Editoriais Folha SP
editoriais@uol.com.br
Parece haver mais nostalgia antecipada do que cálculo político na declaração do presidente Lula de que não descarta concorrer novamente ao Palácio do Planalto.
Em entrevista veiculada pelo canal RedeTV!, o dirigente petista afirmou ser inevitável cogitar uma futura postulação. “Sou um político nato”, justificou-se.
A circunstância que lhe permitiria concorrer novamente torna pouco plausível um retorno próximo. Lula aventou a possibilidade de que problemas na próxima gestão abram as portas para um novo escrutínio com seu nome na urna.
O mesmo cenário foi descrito de maneira explícita por Gilberto Carvalho, chefe de gabinete e braço direito do atual mandatário. Ao falar ao jornal “O Globo”, Carvalho afirmou que uma possível candidatura de Lula em 2014 dependeria do desempenho da presidente eleita.
“Num cenário de a Dilma fazer um governo bom, é evidente que ela vai à reeleição. Se houver dificuldades, e ele for a solução para a gente ter uma vitória, ele pode voltar”, declarou.
É pouco razoável supor que uma manobra desse tipo possa ser feita com facilidade. A vinculação entre Dilma e Lula, para fins eleitorais, é inextricável. Ainda que o presidente deixe o cargo com apoio popular inaudito, dificuldades políticas do novo governo comprometeriam suas chances. Afinal, foi ele o fiador da eleita.
Talvez as declarações sirvam como alerta à oposição -que não precisa, porém, ser lembrada de que Lula, para usar uma analogia cara ao presidente, estará na reserva de Dilma, podendo ser escalado para tentar virar o jogo.
É compreensível a angústia do mandatário diante da perda de evidência e poder, tanto quanto é razoável esperar que ele se torne um dos mais atuantes ex-presidentes da história do país. Bem mais, provavelmente, do que Fernando Henrique Cardoso, de cujas intervenções políticas o líder petista se ressente.
Melhor faria Lula se usasse seus talentos de “político nato” em outras iniciativas que não a de pleitear nova eleição ao Planalto -ainda que legalmente nada o impeça de fazê-lo.
editoriais@uol.com.br
Parece haver mais nostalgia antecipada do que cálculo político na declaração do presidente Lula de que não descarta concorrer novamente ao Palácio do Planalto.
Em entrevista veiculada pelo canal RedeTV!, o dirigente petista afirmou ser inevitável cogitar uma futura postulação. “Sou um político nato”, justificou-se.
A circunstância que lhe permitiria concorrer novamente torna pouco plausível um retorno próximo. Lula aventou a possibilidade de que problemas na próxima gestão abram as portas para um novo escrutínio com seu nome na urna.
O mesmo cenário foi descrito de maneira explícita por Gilberto Carvalho, chefe de gabinete e braço direito do atual mandatário. Ao falar ao jornal “O Globo”, Carvalho afirmou que uma possível candidatura de Lula em 2014 dependeria do desempenho da presidente eleita.
“Num cenário de a Dilma fazer um governo bom, é evidente que ela vai à reeleição. Se houver dificuldades, e ele for a solução para a gente ter uma vitória, ele pode voltar”, declarou.
É pouco razoável supor que uma manobra desse tipo possa ser feita com facilidade. A vinculação entre Dilma e Lula, para fins eleitorais, é inextricável. Ainda que o presidente deixe o cargo com apoio popular inaudito, dificuldades políticas do novo governo comprometeriam suas chances. Afinal, foi ele o fiador da eleita.
Talvez as declarações sirvam como alerta à oposição -que não precisa, porém, ser lembrada de que Lula, para usar uma analogia cara ao presidente, estará na reserva de Dilma, podendo ser escalado para tentar virar o jogo.
É compreensível a angústia do mandatário diante da perda de evidência e poder, tanto quanto é razoável esperar que ele se torne um dos mais atuantes ex-presidentes da história do país. Bem mais, provavelmente, do que Fernando Henrique Cardoso, de cujas intervenções políticas o líder petista se ressente.
Melhor faria Lula se usasse seus talentos de “político nato” em outras iniciativas que não a de pleitear nova eleição ao Planalto -ainda que legalmente nada o impeça de fazê-lo.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
LULA ADMITE SE CANDIDATAR NOVAMENTE À PRESIDÊNCIA
Do blog "Leituras do Frave"
“Não posso dizer que não porque sou vivo”, diz, sobre disputar novo mandato
Para petista, Barack Obama não tomou “atitude na hora certa” e paga preço de crise herdada de Bush
Divulgação/Rede TV!
Lula durante entrevista ao programa ‘É Notícia’, concedida em Juazeiro do Norte (CE)
KENNEDY ALENCAR
DE BRASÍLIA
A menos de 15 dias de deixar a Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que poderá ser candidato novamente ao Palácio do Planalto.
Em entrevista ao programa “É Notícia”, da RedeTV!, Lula respondeu se voltaria a disputar a Presidência um dia: “Não posso dizer que não porque sou vivo. Sou presidente de honra de um partido, sou um político nato, construí uma relação política extraordinária”.
Fez uma ressalva: “Vamos trabalhar para a Dilma fazer um bom governo e, quando chegar a hora certa, a gente vê o que vai acontecer”.
Na entrevista, que foi ao ar na madrugada de hoje, Lula ainda fez reparos à política de Barack Obama, lembrou momentos ruins do governo, como as saídas de José Dirceu e Antonio Palocci, e defendeu a política econômica.
Volta ao Planalto
“A gente nunca pode dizer não. Eu fico até com medo, amanhã alguém vai assistir à tua entrevista, e dizer que Lula diz que pode ser candidato. Eu não posso dizer que não porque eu sou vivo, sou presidente de honra de um partido, sou um político nato, construí uma relação política extraordinária.”
“O Brasil tem uma gama de líderes extraordinários. Tem a Dilma [Rousseff] que pode ser reeleita tranquilamente. Você tem [os governadores] Eduardo Campos, Jaques Wagner, Sérgio Cabral. Tem a oposição do Aécio [Neves, senador do PSDB de Minas]. Tem o [ex-governador José] Serra (PSDB-SP), que diz que ainda vai fazer oposição. O que não falta é candidato. É muito difícil dar qualquer palpite agora.”
“Vamos trabalhar para a Dilma fazer um bom governo e quando chegar a hora a gente vê o que vai acontecer.”
Crise do Senado
Disse que a crise do Senado, em 2009, foi tentativa de golpe da oposição e que apoiou José Sarney para manter “a institucionalidade”.
“O que estava acontecendo ali era uma tentativa de golpe no Senado para que o vice, tucano [Marconi Perillo, de Goiás], assumisse. É lógico, só um ingênuo é que não percebe as coisas.”
Dirceu e Palocci
“Na Casa Civil, teve uma dubiedade entre o animal político que o Zé Dirceu era e a necessidade de ser o gerente do governo. Na minha opinião, era peso demais para uma pessoa tocar.”
“Devemos muito ao Palocci. Era preciso ser como o Palocci foi naquele primeiro momento. Fiquei nervoso com o Palocci quando, em 2005, a economia caiu muito. (…) Ele reconheceu que houve exagero no endurecimento.”
Mantega e Meirelles
Lula disse ser “grato” ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles: “Pode ter críticas de que houve erro aqui, demora ali, mas, quando você vai fazer uma síntese, percebe que a fotografia é mais positiva do que negativa”.
Mensalão
Voltou a dizer que, quando deixar a Presidência, vai “estudar um pouco o que aconteceu no período”. “Não acredito [que houve compra de apoio de parlamentares].”
Diz que foi “lambança eleitoral” e que petistas deveriam ter assumido isso. “Agora, passados cinco anos, de cabeça fria, vou reler a imprensa. Vou ver o que aconteceu em cada jornal, em cada revista, para que a gente possa remontar, [fazer] um juízo de valor do que aconteceu.”
Papel de Marisa
O presidente contou que a primeira-dama, Marisa Letícia, “dá palpite” sobre governo. “A Marisa fala das coisas que sente e normalmente tem razão, porque ela fala coisa que o povo pensa.”
“Vou dar um exemplo de coisas importante em que a Marisa me ajudou. [Na campanha de 2006] Marisa era a maior incentivadora que eu tinha que ir para os debates, que eu deveria triturar meus adversários. Eu achava que eu não deveria ir, mas ela estava certa.”
Obama
Lula disse ser “fã” do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. “Ele só tinha que ter a ousadia que o povo americano teve votando nele. Recebeu uma herança maldita do governo Bush. O país quebrou. Como não tomou as atitudes nas horas certas, vem para as costas dele. Eu dizia para ele: “Presidente Obama, se você não fizer as coisas na hora correta, daqui um ano essa crise está nas tuas costas”. Porque a crise era do Bush.”
Vida de presidente
“O mais doloroso é a vida de um presidente. A vida de um presidente é muito solitária.”
“Tem o dedo de Deus nessa coisa [ter sido eleito presidente].” “O preconceito raivoso de setores conservadores da sociedade brasileira me fez mais forte, pois eu tinha que provar todo santo dia que eu tinha que ser mais capaz do que eles.”
Pós-Presidência
“Vou descansar. Tirar umas férias que não tiro há 30 anos. Uns dois meses num lugar onde eu não tenha que fazer nada, discutir política, fazer absolutamente nada.”
“Normal eu nunca mais vou ser, mas um brasileiro o mais próximo da normalidade possível. Vou conseguir.” “Vai ser bom para o Brasil, vai ser bom para a Dilma, vai ser bom para todo mundo se eu ensinar como um ex-presidente tem que se portar.”
“Quero tirar tudo da Presidência de dentro de mim. Preciso voltar a ser o Lula. Voltar a ser um cidadão mais próximo da normalidade possível. Se deixo a Presidência dia 1º e dia 2 começo a dar palpite na política, eu vou estar tendo ingerência em coisa que eu não devo.”
LULA PEDE QUE AS PESSOAS COMPREM COM "RESPONSABILIDADE" NO FIM DE ANO
Do G1
Ele falou em programa de rádio 'Café com Presidente' nesta manhã.
Presidente também falou sobre a integração de mais países ao Mercosul.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira (20), em seu programa de rádio "Café com o Presidente" que as pessoas gastem com responsabilidade neste fim de ano. “Que as pessoas aproveitem e comprem o que quiserem comprar, mas com muita responsabilidade para não se endividar, porque o mês de janeiro é sempre muito pesado. Então, é importante que a gente não perca o senso de responsabilidade nas nossas compras”, afirmou.
“Comprar, fazer a dívida necessária, mas sabendo que a gente precisa ter um 2011 tranquilo, portanto, não vamos passar 2011 apertado, apenas pagando o que a gente gastou em 2010. Vamos gastar o suficiente para não atropelar a esperança e o futuro de todos nós”, completou o presidente.
Lula também deu entrevista para o programa "É Notícia", de RedeTV!, que foi ao ar na madrugada desta segunda-feira. No programa, ele não descartou a possibilidade de voltar ao Planalto no futuro. "Eu não posso dizer que não porque sou um político nato", disse. Mas em seguida falou que é preciso avaliar a possibilidade no momento. "Vamos trabalhar para Dilma fazer um bom governo e, quando chegar a hora certa, a gente vê o que vai acontecer", afirmou.
Mercosul
No programa de rádio desta manhã, Lula disse que apesar de o Mercosul já ser considerado um importante bloco comercial, mas é preciso que o Chile, a Venezuela, Colômbia e o Peru também se integrem ao bloco. “Para que a gente tivesse, efetivamente, uma região aduaneira muito forte e que pudesse incrementar ainda mais a produção e o consumo entre os países da América do Sul”, disse.
Lula disse também que comércio entre os integrantes do Mercosul (Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai) passou de US$ 10 bilhões em 2002 para US$ 86 bilhões em 2008. “Quando assumi a Presidência, lembro que os países menores achavam que o Mercosul não valia nada, que não valia a pena, que era preciso procurar outro espaço para comercializar. E hoje está todo mundo convencido que o Mercosul é o nosso espaço”, afirmou.
Emprego
Lula comemorou ainda os números da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada. Os dados mostram que a taxa de desemprego no Brasil está em 5,7%, a menor dos últimos oito anos.“Eu penso que daqui para a frente deverá continuar aumentando a oferta de emprego no Brasil, e eu penso que, por isso, os números irão diminuir ainda mais com relação ao desemprego”, disse.
No final do programa, o presidente deixou uma mensagem de Natal. “É importante a gente cuidar muito da família, ou seja, que a gente tenha um Natal em perfeita harmonia com a família, que a gente junte os pais, os filhos, os parentes para que a gente possa fazer uma confraternização muito forte. E a base da sociedade, na minha opinião, é a família. Se a família estiver bem, o resto vai bem”, disse.
COM LULA, 13 MILHÕES CONQUISTARAM ACESSO À ENERGIA ELÉTRICA
Do Portal "Vermelho"
O balanço de oito anos do programa Luz para Todos mostra que, até novembro, mais de 13 milhões de pessoas foram beneficiadas com luz elétrica nas suas casas. Será alcançada até o final de dezembro cerca de 90% da meta para 2010, de 2,6 milhões de famílias atendidas.
A expectativa do diretor do programa, Aurélio Pavão de Faria, é de que até abril de 2011 a previsão seja integralmente cumprida. Ele destacou que nos estados da Bahia, do Pará, Maranhão e de Minas Gerais foram feitas mais de um milhão de ligações elétricas. Do total de R$ 13,5 bilhões para o programa, foram liberados R$ 9,2 bilhões. O balanço foi divulgado na quarta-feira (15).
Prioridades para 2011
Para o próximo ano, entre as prioridades do Luz para Todos estão as comunidades quilombolas, onde mais de 100 mil pessoas já foram atendidas, os assentamentos rurais, nos quais mais de 1 milhão de pessoas já receberem luz elétrica e as comunidades indígenas.
O ministro de Minas e Energia, Marcio Zimermman, disse que o Programa Luz para Todos deu uma grande contribuição para reduzir as desigualdades no País. “Hoje podemos comemorar que o setor elétrico deu uma grande contribuição para corrigir as distorções do nosso País”, disse. “Quando você vai para a Amazônia, para o Nordeste vemos o efeito que tivemos [com a energia elétrica nas comunidades]”, completou.
O Luz para Todos foi lançado em novembro de 2003 para levar energia elétrica a todos os municípios brasileiros. A coordenação do programa é do Ministério de Minas e Energia, operacionalizado pela Eletrobras e executado pelas concessionárias de energia elétrica e cooperativas de eletrificação rural.
Fonte: Em Questão
sábado, 18 de dezembro de 2010
PAUSA CULTURAL - LITERATURA - "A Vida Intelectual, de A.-D Sertillanges"
O blog do PT FÓ/BRASILANDIA aproveita o clima de final de ano e férias para indicar um livro para seus leitores. A sugestão de hoje é o livro "A Vida Intelectual, de A.-D Sertillanges", com texto extraído do site "Digestivo Cultural"
Apesar dos BRICs, em países emergentes como o Brasil, alguns jovens se lançam na chamada “vida intelectual” sem compreender, muito bem, o que isso significa – e, sobretudo, no que isso implica. Vida intelectual, para muita gente no Brasil, não é vida – pois não existe “carreira intelectual” constituída. Os românticos, como Álvares de Azevedo, prestavam Direito; os realistas, como Machado de Assis, seguiam para o serviço público. Outros, como Guimarães Rosa e João Cabral de Melo Neto, seguiam carreira diplomática. A vida intelectual, mesmo, ficava restrita às horas livres. Ninguém se preparava, formalmente, para isso – porque, a rigor, a “vida intelectual” não existia. Ocorre, porém, que a prática intelectual – embora a sociedade brasileira não reconheça isso – não se dá no vácuo. Exige preparação. E dá trabalho... Talvez pensando nisso, a É Realizações, em sua coleção Educação Clássica, lançou, justamente, A Vida Intelectual, de A.-D. Sertillanges, filósofo e teólogo francês do século passado. Neotomista, Sertillanges se inspirou numa carta de Santo Tomás a um certo frei João, onde o pensador enumera “Dezesseis Preceitos para adquirir o Tesouro da Ciência”. No primeiro capítulo, “A Vocação Intelectual”, Sertillanges, por exemplo, afirma que “o intelectual é um consagrado” e que “o intelectual pertence a seu tempo”. Há, claro, influência da religião, como no capítulo “As Virtudes de um Intelectual Cristão” – mas nada que atrapalhe a fruição da obra. Alguns capítulos como “A Organização da Vida” podem soar até ofensivos a nós, mas seus conselhos seguem valendo: “Simplifique”, “Conserve a Solidão”, “Mantenha a dose necessária de Ação”. Em “A Preparação do Trabalho”, no subcapítulo “A Leitura”, é surpreendente encontrar um conselho como “Leia pouco”. Também: “Escolha”. E inevitavelmente: “Do contato com os Gênios”. Sertillanges ainda ensina a “organizar a memória” e até a “fazer anotações”. Se didático por um lado, A Vida Intelectual é exigente por outro: “Uma vocação não se satisfaz de modo algum com leituras soltas e trabalhinhos esparsos”. Ainda: “A verdade só está a serviço de seus escravos”. E evocando a frase clássica: “O gênio é uma longa paciência”. Contrariando a urgência em publicar (até dos blogs): “Quero que sejas lento para falar e lento para dirigir-te ao parlatório” (novamente, Santo Tomás). E prevendo até as “redes” e “mídias sociais”: “Não sejas familiar demais com ninguém, pois familiaridade demais gera desprezo e dá ensejo a muitas distrações” (sempre Santo Tomás). A coleção Educação Clássica lança, no mesmo formato, os volumes: Introdução às Artes do Belo, O Trivium – As artes liberais da lógica, gramática e retórica e Como Ler Livros (entre outros). Se alguém lembrou de autoajuda, seguramente podemos afirmar que a “autoajuda” nunca esteve tão bem aparelhada.
PAUSA CULTURAL- MÚSICA - "Noel Rosa - Com que Roupa ?"
No ano em que comemoramos os 100 anos do mais importante sambista de todos os tempos, o blog do PT FÓ/BRASILANDIA abre espaço para um momento de pausa cultural e faz uma pequena homenagem à Noel Rosa.
PADILHA PODE SER CONFIRMADO PARA SAÚDE NESTA SEGUNDA
Do Portal "Vermelho"
Na próxima segunda-feira (20), a presidente Dilma Rousseff poderá oficializar o nome do atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para ocupar a pasta de saúde.
Padilha pode ser novo nome da saúde
O anúncio não teria sido feito ainda porque Dilma, no trabalho de composição dos ministérios, estuda os nomes possíveis para substituir Padilha. Têm sido considerados os deputados Luiz Sérgio (PT-RJ) e mesmo Cândido Vaccarezza (PT-SP), enfraquecido após perder para Marcos Maia (RS) a disputa para ser o representante do seu partido na eleição para a presidência da Câmara.
Durante a diplomação de Dilma, nesta sexta-feira, Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula e convidado para ocupar a Secretaria-Geral da Presidência, confirmou: “a tendência é o Padilha, mas o martelo ainda não foi batido”.
No começo do mês, o governador do Rio, Sérgio Cabral, chegou a anunciar que o nome de Sérgio Côrtes havia sido confirmado na pasta, mas Dilma desmentiu a informação um dia depois.
A pasta hoje é comandada por José Gomes Temporão, do PMDB, mas deverá ser cedida ao PT. O futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que os demais ministérios deverão ser anunciados na semana que vem, mas não soube informar se a equipe toda será oficializada antes do Natal.
Com agências
EMPREGO BATE NOVO RECORDE
Taxa de desocupação cai a 5,7%, a menor da série. Renda encolhe 0,8% devido à inflação
Fabiana Ribeiro e Cassia Almeida – O GLOBO
RIO, BRASILIA e FOZ DO IGUACU
Apesar de ainda ter um contingente de 1,359 milhão de desempregados nas suas seis maiores regiões metropolitanas, o Brasil apresentou, em novembro, a menor taxa de desocupação já registrada na serie histórica do IBGE, que teve inicio em 2002: 5,7%, contra 6,1% do mês anterior. Em novembro do ano passado, a taxa era de 7,4%. Mesmo considerando a metodologia antiga do IBGE, a taxa atual e considerada muito baixa. O resultado veio abaixo do esperado por analistas e muitos já veem sinais de que o Brasil esta vivendo o pleno emprego. A população desocupada encolheu 5,9% em relação a outubro e 20,7% frente a novembro do ano anterior.
A alta da inflação, porem, corroeu os ganhos dos trabalhadores. A remuneração media ficou em R$ 1.516,70 . 0,8% menor do que em outubro, mas ainda 5,7% acima do patamar de novembro de 2009.
. A taxa de desemprego do Brasil esta no nível da taxa americana de antes da crise financeira. Hoje, a taxa de desocupação do pais e a 13a- maior no grupo das 20 maiores economias do mundo . disse Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, divulgada ontem.
Comercio do Rio puxa melhora
Segundo o IBGE, o comercio do Rio de Janeiro foi o que mais influenciou o comportamento da taxa de desemprego em novembro. Apenas no Rio, o numero de vagas avançou 6% frente a outubro e 18,1% na comparação com novembro de 2009.
- Foram criados 54 mil postos de trabalho no comercio do Rio. O que e um reflexo das vendas aquecidas para o Natal e do verão que estimula o consumo, a hospedagem, serviços e atividades na praia – acrescentou Azeredo, ressaltando que a taxa de desemprego media do pais esta em 6,9%.
- Em 2003, era de 12,5%. Em São Paulo, essa media caiu de 14,3% para 7,2%.
Com a inflação corroendo parte da renda dos brasileiros, a massa salarial (soma dos ganhos de todos os trabalhadores) ficou do mesmo tamanho. São R$ 34,4 bilhões em potencial de consumo – estável no mês e 10,4% maior que um ano antes.
- O rendimento dos trabalhadores deve se estabilizar num nível mais alto nos próximos meses. Mas e bom lembrar que, se a renda começa a crescer acima da produtividade, tem-se uma pressão inflacionaria . disse José Camargo, economista da Opus Gestão de Recursos, que prevê uma taxa de desemprego media de 6% em 2011.
Na avaliação de Felipe Wajskop, economista do ABC Brasil, outra boa noticia e o crescimento das contratações com carteira assinada. Enquanto a população
ocupada aumentou 3,7% ante novembro de 2009, representando 795 mil novos postos de trabalho, o numero de trabalhadores com carteira cresceu 8,7% na mesma comparação, ou 839 mil novos empregos formais. – Isso levou a proporção de trabalhadores com carteira assinada ao maior nível da serie . disse Wajskop.
- O desempenho do mercado de trabalho continua mostrando que a demanda domestica se mantem firme, acendendo um sinal amarelo na própria percepção do Banco Central, que certamente subira os juros em 2011.
Para o especialista em mercado de trabalho Lauro Ramos, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a taxa de desemprego deve ficar ainda mais baixa, perto de 5,2% em dezembro, quando historicamente a desocupação cai fortemente.
- A trajetória de queda do desemprego e muito impressionante. E robusta, bem definida . diz Ramos.
Segundo o chefe do Centro de Politicas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri, também impressiona chegar a esse patamar de desemprego com inflação de 5,63% nos últimos 12 meses: — Mesmo com a aceleração, ainda é uma inflação baixa para os padrões históricos. Estudo recente que fizemos mostrou que todas as estatísticas do mercado de trabalho estavam no melhor nível histórico.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a interromper os discursos de encerramento da cúpula do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu, para anunciar a taxa. — Eu nunca imaginei estar vivo para ver uma notícia como essa que acabei de receber. O desemprego no Brasil é o menor da série histórica: 5,7%. Isso, dez anos atrás, a gente imaginava que só aconteceria na Austrália, na Alemanha, na França, nos EUA. E agora isso está acontecendo pelas bandas da América do Sul. Isso está acontecendo em todos os países latinos e é uma coisa extraordinária.
Estudo divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho com base em dados do Dieese mostra que a rotatividade atingiu 36% em 2009. Essa é a parcela de pessoas que foram demitidas ou que pediram demissão, mas se empregaram de novo no mesmo ano. A taxa era de 34,3% em 2007 e 37,8% em 2008. ■
COLABORARAM: Martha Beck e Gilberto Scofield
DILMA ROUSSEFF É DIPLOMADA PRESIDENTA DO BRASIL
Do portal "Congresso em Foco"
"Honrar as mulheres, cuidar dos mais frágeis, governador para todos", discursou a presidenta, que sucederá Lula a partir de 1º de janeiro
Dilma recebe do presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, o diploma como presidenta eleita do Brasil
Rudolfo Lago
Foi um sentimento de "esperança e de ousadia" que levou um trabalhador à Presidência da República. E é esse mesmo sentimento que levou agora o povo a eleger pela primeira vez uma "mulher brasileira" para o cargo. Assim Dilma Rousseff classificou sua própria eleição, ao receber na sexta-feira (17) o diploma como nova presidenta, como prefere ser chamada, do Brasil.
Vestindo um terno azul com rosas vermelhas bordadas, Dilma recebeu das mãos do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Levandowski, o diploma que a declara vencedora das eleições presidenciais deste ano. Ao seu lado, o vice-presidente eleito, Michel Temer. Presentes à cerimônia, o presidente do Supremo, Cezar Peluso, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o presidente da Câmara (que substituiu Michel Temer), Marco Maia (PT-RS). O presidente Lula preferiu não participar da diplomação. Disse que não queria ofuscar Dilma num momento só dela. Lula, porém, receberá mais tarde Dilma e outros 400 convidados para um coquetel no Itamaraty.
Num discurso curto, Dilma iniciou falando sobre a "imensa emoção" que sentia naquele momento. Emoção não apenas pelo coroamento de sua trajetória política, mas especialmente por sua "posição como mulher brasileira". A presidenta comentou, então, sobre a "lisura e a confiabilidade" do processo eleitoral brasileiro, assinalando que o processo de voto eletrônico utilizado no Brasil é "uma invenção verde-amarela".
Para Dilma, sua eleição como a primeira mulher a exercer a Presidência no Brasil "rompe um preconceito". Dilma prometeu que seu governo se pautará por três princípios: "Honrar as mulheres, cuidar dos mais frágeis, governar para todos".
Dilma enumerou em seguida os setores aos quais dará mais atenção: educação para crianças e jovens, saúde pública, estabilidade econômica. Em meio às discussões que têm ocorrido nos últimos dias sobre as propostas de controle social da mídia, a presidenta incluiu entre seus compromissos: "Defenderei a liberdade de imprensa".
"Sei que há muitas expectativas. Sei da responsabilidade de substituir um governante como o presidente da República", disse ela. Para ter sucesso, Dilma pregou a necessidade de "união". "Conto com todas e todos. E todas e todos podem contar comigo", encerrou ela.
O diploma recebido por Dilma traz a seguinte inscrição: "Pela vontade do povo brasileiro expressa nas unas em 31 de outubro de 2010 a candidata pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Vana Rousseff, foi eleita presidente da República Federativa do Brasil. Em testemunho desse fato a Justiça Eleitoral expediu o presente diploma que habilita a investidura do cargo no dia primeiro de janeiro de 2011, nos termos da Constituição"
DECRETO REAJUSTA IPTU EM 5,5%, MAS ALGUNS IMÓVEIS PAGARÃO MAIS IMPOSTOS
Da Bancada do PT na Camara Municipal
Decreto publicado no Diário Oficial Cidade de São Paulo de hoje fixa em 5,5% a correção do Imposto Predial e Territorial Urbano de São Paulo. O índice de reajuste acompanha a variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Mas para pelo menos 112 mil imóveis o aumento será ainda maior. A base governista na Câmara Municipal aprovou no ano passado projeto do prefeito Kassab corrigindo a Planta Genérica de Valores (PGV), base de cálculo do IPTU. Para diminuir o impacto da atualização da PGV, o reajuste em 2010 ficou em 30% para os imóveis residenciais e 45% para os não-residenciais. Os que estivessem acima do teto teriam reajuste escalonado nos anos seguintes.
É o caso dos 112 mil imóveis, cujo aumento ficou acima do teto. Como será mantido o mesmo teto de reajuste deste ano, mesmo com os dois aumentos cerca de 38 mil imóveis ainda passarão por um novo reajuste em 2012.
Na época da votação do projeto do prefeito na Câmara, a Bancada do PT apresentou um substitutivo para limitar a cobrança do imposto e diminuir a carga tributária. No substitutivo o PT alterava as alíquotas usadas para calcular o IPTU, reduzindo o imposto dos imóveis de menor valor, e mudava os valores das travas limitadoras do reajuste, aplicando um percentual menor do que o proposto pelo Executivo
KASSAB "TESTA" REAÇÃO A TARIFA DE ÔNIBUS DE R$ 3,00
Do site da bancada de vereadores do PT
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmou ontem que a Prefeitura estuda reajustar para R$ 3 a tarifa de ônibus nas próximas semanas. Atualmente, ela custa R$ 2,70. O prefeito disse ter recebido um levantamento da Secretaria Municipal de Transportes que indicou o novo valor. Se a alteração ocorrer antes do dia 1º de janeiro, será o segundo reajuste no ano - em janeiro, a passagem de R$ 2,30 aumentou R$ 0,40, após três anos e meio congelada.
Kassab precisa comunicar o reajuste à Câmara Municipal três dias úteis antes de a tarifa entrar em vigor. Até as 20h de ontem, horário do fechamento do protocolo do Palácio Anchieta, nenhum documento do Executivo sobre o aumento havia chegado ao Legislativo.
O Estado apurou que o prefeito resolveu anunciar ontem o valor para sentir a reação da população, como já fez no ano passado como aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Em novembro de 2009, o prefeito anunciou que o reajuste do IPTU poderia chegar a 270%, conforme determinava a revisão da planta genérica elaborada pela Secretaria de Finanças. Após bombardeio de críticas e o início das enchentes, em dezembro Kassab foi à imprensa dizer que parcelaria o reajuste em três anos, com um limite de 60% para 2010. Entre os vereadores, foi avaliado como um gesto nobre, mediante o caos que a cidade atravessava.
O prefeito pode repetir a estratégia e dizer na semana que vem que não seguirá o que foi indicado pelos técnicos, anunciando que a tarifa deve ficar em R$ 2,90 -valor adiantado por Kassab em outubro ao Estado e previsto no Orçamento aprovado anteontem pela Câmara. Por enquanto, seu discurso é o de "aguardar a análise dos estudos da Secretaria de Transportes pelos técnicos da pasta de Planejamento".
O aumento na tarifa não significa que o prefeito vai reduzir os subsídios às viações de ônibus e cooperativas de perueiros -o chamado pagamento das compensações tarifárias, que custeiam as gratuidades de idosos e estudantes. Em janeiro, quando a passagem saltou de R$ 2,30 para R$ 2,70, Kassab afirmou que reduziria para R$ 360 milhões os subsídios, cujo pico de pagamentos, em 2009, atingiu R$ 780 milhões. Mas neste ano já foram pagos R$ 600 milhões. Para 2011, a previsão de pagamento das compensações já chega a R$ 742 milhões.
A Secretariade Transportes informou que previa R$ 360 milhões em compensações tarifárias, pois receberia do Estado R$ 200 milhões pela criação do sistema de bilhete único - o que não ocorreu. Posteriormente foi necessária a suplementação que, segundo a pasta, saiu de obras que "não demandarão recursos agora" e não serão comprometidas. Subsídios, argumentao governo, cobremgratuidades a estudantes e deficientes.
(O Estado de S. Paulo)
APÓS REAJUSTE, LIDER DO PT VÊ "ANO DIFÍCIL"
Entrevista com o novo líder do PT na Câmara Federal Deputado Paulo Teixeira
Denise Madueño e Eugênia Lopes – O Estado de S.Paulo
Na semana em que os parlamentares se concederam reajuste de 61,83%, garantindo salário de R$ 26.723,13, o deputado Paulo Teixeira (SP), eleito líder bancada do PT na Câmara, prevê para 2011 um ano difícil do ponto de vista orçamentário, inviabilizando aumentos para outros Poderes, como o Judiciário. “Teremos de ter um enorme cuidado com qualquer medida que possa repercutir no Orçamento”, diz. Eis a entrevista ao Estado:
A escolha do deputado Marco Maia (RS) como candidato à presidência da Câmara dividiu a bancada do PT. Como o sr. vai aparar essas arestas?
Houve disputa, não divisão. A bancada está unida. Na liderança, quero fazer uma gestão contemplando o conjunto de forças políticas, os anseios de cada deputado e as regiões do Brasil.
Há perigo de se eleger um novo Severino Cavalcanti (PP-PE)?
Não há qualquer possibilidade.
Hoje, não há divisão interna no PT. Além disso, Marco Maia já recebeu inúmeras visitas de líderes com disposição de apoiá-lo.
Os projetos de reajuste para servidores do Judiciário, o aumento dos ministros do Supremo Tribunal Federal e o que cria piso nacional dos policiais não foram votados, mas estão latentes.
O ano de 2011 será extremamente difícil do ponto de vista orçamentário. Teremos de ter um enorme cuidado com qualquer medida que possa repercutir no Orçamento da União. A nossa prioridade é entrar em 2011 discutindo o tema da guerra cambial e verificar se o Brasil precisa de mecanismos para o enfrentamento dessa guerra.
Os deputados aprovaram aumento para os próprios salários e, ao mesmo tempo, vão negar aumento para outras categorias. O que acha desse aumento?
O presidente recebe salário menor do que muitos segmentos de empresas privadas. Um gerente de banco ganha melhor do que o presidente. Muitas pessoas que são convidadas para cargo de ministro não aceitam por conta da remuneração. Outra questão é a relação de Poderes. Tem muitos juízes que recebem salários maiores que os dos parlamentares. E há um grave problema que é o chamado efeito-cascata, uma vez que os salários dos 1.059 deputados estaduais e dos 52 mil vereadores estão vinculados aos dos congressistas. Vou apresentar uma proposta de emenda que seja capaz de corrigir as falhas. Um aspecto seria a vinculação dos valores à correção da inflação, para evitar a defasagem e injustiças nos reajustes e a desvinculação do salário dos congressistas ao dos deputados estaduais e vereadores, deixando que essa questão seja de responsabilidade dos Estados e municípios.
Qual a prioridade na agenda política?
Vamos estabelecer um diálogo com a sociedade e o Parlamento e definir uma reforma política que deve acontecer até outubro de 2011, para repercutir nas eleições de 2012. Inclui o estabelecimento do financiamento público para as campanhas. Defendemos o fim das coligações proporcionais e temos de atualizar os mecanismos de participação direta dos cidadãos.
A democracia direta não enfraquece o sistema representativo?
As democracias modernas, a dos EUA e as europeias, se utilizam intensamente do plebiscito e do referendo na iniciativa de lei. O que está acontecendo no Brasil é que quem passou a decidir sobre os temas polêmicos foi o STF. Estamos judicializando a política.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
CÂMARA MUNICIPAL SP - APÓS ELEIÇÃO, CASA APROVA ORÇAMENTO DE R$35,6 BI
Bruno Tavares e Diego Zanchetta – O Estado de S.Paulo
Na provável disputa para fazer seu sucessor em 2012 contra adversários do PT e do PSDB, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) saiu na frente. A vitória na eleição para a presidência do Legislativo municipal mais caro e influente do País colocou oito partidos sob a órbita de seu projeto político. Ontem, ainda conseguiu aprovar na Casa o orçamento de R$ 35,6 bilhões para 2011. Ao lado do prefeito agora estão PPS, PC do B, PDT, PRB, PSB, PV, parte do DEM e principalmente o PMDB – Kassab construiu nos últimos dois meses trânsito nas alas federal e estadual da legenda e deve integrar os quadros do partido a partir de fevereiro.
A conquista da Mesa Diretora da Câmara era o teste de fogo para Kassab se fortalecer como liderança no cenário nacional. Também foi a manifestação de prestígio político que ele precisava para se cacifar tanto dentro do seu partido, o DEM, comandado pela ala carioca da sigla, quanto no PMDB, que estuda ceder o espólio quercista para o prefeito. Kassab agora pode encurralar os Democratas: ou vira o “dono” do partido ou vai para o PMDB.
Enquanto Kassab manobrou com lideranças nacionais em viagens a Brasília nos últimos 40 dias, os vereadores do PT não conseguiram mobilizar os caciques nacionais do partido no pleito municipal, maior parte envolvida com a transição do governo Lula. A estratégia da oposição é aproveitar os ressentimentos dos vereadores do “centrão” num bloco mais coeso, com cerca de 20 vereadores. E estabelecer uma divisão de tarefas, criando dificuldades dentro da Casa para aprovar as propostas de Kassab.
COMBATE À POBREZA É O TEMA MAIS BEM AVALIADO DO GOVERNO LULA, DIZ PESQUISA
87% dos entrevistados consideram seu desempenho “bom ou ótimo”
Já a presidente eleita, Dilma Rousseff, que está a menos de um mês de tomar posse, deverá fazer um “bom ou ótimo governo”, segundo 62% dos entrevistados. Além disso, 18% disseram acreditar que o governo Dilma será melhor que o de Lula, enquanto outros 58% afirmaram que ela terá um desempenho igual
Reprovada por 54% dos brasileiros, saúde é o tema com pior desempenho, segundo o Ibope.
Agência Estado
Uma pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta o combate à pobreza como o tema mais bem avaliado do governo Luiz Inácio Lula da Silva, com 71% de aprovação. Os entrevistados também avaliaram de forma positiva o combate ao desemprego (66%) e a política ambiental do atual governo (60%). Já os temas com desempenho mais negativo são a saúde, desaprovada por mais da metade dos entrevistados (54%) e os impostos, com 39%. A pesquisa, realizada entre os dias 4 e 7 de dezembro com 2002 pessoas em 140 municípios, mostra ainda o presidente Lula com recorde de aprovação neste final de mandato: 87% dos entrevistados consideram seu desempenho “bom ou ótimo”. Já a presidente eleita, Dilma Rousseff, que está a menos de um mês de tomar posse, deverá fazer um “bom ou ótimo governo”, segundo 62% dos entrevistados. Além disso, 18% disseram acreditar que o governo Dilma será melhor que o de Lula, enquanto outros 58% afirmaram que ela terá um desempenho igual e 14% esperam uma gestão pior.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
NOVO NOME PETISTA, MAIA RELATOU CPI DO APAGÃO AÉREO
Do Jornal "Folha de S.Paulo".
DA ENVIADA A BRASÍLIA
Atual vice-presidente da Câmara, Marco Maia assumiu a vaga na Casa em 2005 e está em seu terceiro mandato como deputado federal.
Ele é de Canoas (RS), metalúrgico por formação e começou na política como dirigente sindical. Foi secretário de Administração no Rio Grande do Sul e presidiu a Trensurb (Empresa de Trens Urbanos) no Estado e a Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP).
Em 2007, foi relator da CPI do Apagão Aéreo. Seu relatório final, que foi aprovado, isentou a Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) de qualquer responsabilidade pela crise aérea no país.
Ele assume a presidência da Câmara a partir de hoje, com a renúncia de Michel Temer (PMDB-SP), que será diplomado vice-presidente ao lado de Dilma Rousseff, presidente eleita, na sexta.
Para angariar apoio entre os deputados do PT, ataca a hegemonia paulista e defende a divisão do poder com as bancadas de outros Estados.
DA ENVIADA A BRASÍLIA
Atual vice-presidente da Câmara, Marco Maia assumiu a vaga na Casa em 2005 e está em seu terceiro mandato como deputado federal.
Ele é de Canoas (RS), metalúrgico por formação e começou na política como dirigente sindical. Foi secretário de Administração no Rio Grande do Sul e presidiu a Trensurb (Empresa de Trens Urbanos) no Estado e a Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP).
Em 2007, foi relator da CPI do Apagão Aéreo. Seu relatório final, que foi aprovado, isentou a Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) de qualquer responsabilidade pela crise aérea no país.
Ele assume a presidência da Câmara a partir de hoje, com a renúncia de Michel Temer (PMDB-SP), que será diplomado vice-presidente ao lado de Dilma Rousseff, presidente eleita, na sexta.
Para angariar apoio entre os deputados do PT, ataca a hegemonia paulista e defende a divisão do poder com as bancadas de outros Estados.
MARCADA POR TRAIÇÕES, CAMARA ELEGE POLICE NETO PRESIDENTE
Após longa negociação que durou todo o dia de ontem e a madrugada desta quarta-feira, os vereadores de São Paulo elegeram o novo presidente da Câmara. PT diz que votação foi marcada por traições.
O vereador José Police Neto (PSDB) venceu a disputa pela presidência da Câmara Municipal de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (15). Ele teve 30 votos e seu oponente, o vereador Milton Leite (DEM), 25 votos. Nenhum vereador se absteve na votação. Police Neto é apoiado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM). A votação durou menos de uma hora.
A candidatura de Leite, pelo bloco chamado Centrão, só foi confirmada instantes antes da votação. Vereadores passaram a terça-feira (14) e a madrugada desta quarta em reuniões para definir a candidatura. Também foram eleitos os outros membros da mesa diretora: primeiro vice-presidente, segundo vice-presidente, primeiro secretário, segundo secretário e corregedor. A nova mesa eleita terá mandato de um ano.
O vencedor foi escolhido por maioria simples. Police Neto irá comandar um orçamento de R$ 453 milhões em 2011 e parte dos 1,9 mil funcionários do Poder Legislativo, além de analisar as propostas do prefeito de São Paulo - cidade com orçamento de R$ 35,3 bilhões em 2011 - e até eventualmente substituí-lo em caso de ausência do titular e da vice.
Com poder para fortalecer ou diminuir o peso político de Kassab, a eleição do presidente também pode influenciar na disputa pela sucessão municipal em 2012 e na disputa pelo governo paulista em 2014.
Negociações
Na véspera da eleição, com a sessão ordinária suspensa, a Câmara viveu uma terça-feira de negociações nos bastidores. Police Neto conta com apoio integral do PSDB, PMDB, PRB, PCdoB, PPS e PDT e parcial do PSB, DEM, PP e PV. Os acordos entre os parlamentares para definir a chapa vitoriosa envolveram ainda a discussão sobre a presença de cada um dos partidos nas principais comissões.
A votação foi marcada por reclamações dos membros do Centrão em relação à traição de alguns vereadores que votaram no candidato do PSDB por indicação de seus partidos. Antônio Carlos Rodrigues (PR), atual presidente da Câmara, mostrou na terça uma lista com 17 nomes assinada no início do ano e com reconhecimento em cartório. Nela, há três vereadores que se comprometeram a votar no Centrão e que agora mudaram de ideia.
Durante a votação, diversos vereadores aproveitaram o momento de anunciar seu voto para protestar contra as chamadas traições. Após a eleição de Police Neto ser anunciada, o vereador José Américo, líder do PT na Câmara, disse ao microfone que a posse de Police Neto seria manchada. “A sua faixa vai estar carimbada com o carimbo da traição. Isso vai dificultar sua vida nessa casa”, afirmou.
Composição da nova mesa diretora:
Presidente - José Police Neto (PSDB)
Vice-presidente - Antonio Goulart (PMDB)
1º secretário - Netinho de Paula (PC do B)
2º secretário - Atílio Francisco (PRB)
1º suplente - Ushitaro Kamia (DEM)
2º suplente - Adolfo Quintas (PSDB)
O vereador José Police Neto (PSDB) venceu a disputa pela presidência da Câmara Municipal de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (15). Ele teve 30 votos e seu oponente, o vereador Milton Leite (DEM), 25 votos. Nenhum vereador se absteve na votação. Police Neto é apoiado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM). A votação durou menos de uma hora.
A candidatura de Leite, pelo bloco chamado Centrão, só foi confirmada instantes antes da votação. Vereadores passaram a terça-feira (14) e a madrugada desta quarta em reuniões para definir a candidatura. Também foram eleitos os outros membros da mesa diretora: primeiro vice-presidente, segundo vice-presidente, primeiro secretário, segundo secretário e corregedor. A nova mesa eleita terá mandato de um ano.
O vencedor foi escolhido por maioria simples. Police Neto irá comandar um orçamento de R$ 453 milhões em 2011 e parte dos 1,9 mil funcionários do Poder Legislativo, além de analisar as propostas do prefeito de São Paulo - cidade com orçamento de R$ 35,3 bilhões em 2011 - e até eventualmente substituí-lo em caso de ausência do titular e da vice.
Com poder para fortalecer ou diminuir o peso político de Kassab, a eleição do presidente também pode influenciar na disputa pela sucessão municipal em 2012 e na disputa pelo governo paulista em 2014.
Negociações
Na véspera da eleição, com a sessão ordinária suspensa, a Câmara viveu uma terça-feira de negociações nos bastidores. Police Neto conta com apoio integral do PSDB, PMDB, PRB, PCdoB, PPS e PDT e parcial do PSB, DEM, PP e PV. Os acordos entre os parlamentares para definir a chapa vitoriosa envolveram ainda a discussão sobre a presença de cada um dos partidos nas principais comissões.
A votação foi marcada por reclamações dos membros do Centrão em relação à traição de alguns vereadores que votaram no candidato do PSDB por indicação de seus partidos. Antônio Carlos Rodrigues (PR), atual presidente da Câmara, mostrou na terça uma lista com 17 nomes assinada no início do ano e com reconhecimento em cartório. Nela, há três vereadores que se comprometeram a votar no Centrão e que agora mudaram de ideia.
Durante a votação, diversos vereadores aproveitaram o momento de anunciar seu voto para protestar contra as chamadas traições. Após a eleição de Police Neto ser anunciada, o vereador José Américo, líder do PT na Câmara, disse ao microfone que a posse de Police Neto seria manchada. “A sua faixa vai estar carimbada com o carimbo da traição. Isso vai dificultar sua vida nessa casa”, afirmou.
Composição da nova mesa diretora:
Presidente - José Police Neto (PSDB)
Vice-presidente - Antonio Goulart (PMDB)
1º secretário - Netinho de Paula (PC do B)
2º secretário - Atílio Francisco (PRB)
1º suplente - Ushitaro Kamia (DEM)
2º suplente - Adolfo Quintas (PSDB)
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
VACCAREZZA DESISTE E MARCO MAIA É O NOME DO PT
Do site "Congresso em Foco"
Numa reviravolta inesperada, líder do governo, que parecia o favorito, perde apoio e sai da disputa pela presidência da Câmara
Marco Maia consegue apoio de Chinaglia, desbanca Vaccarezza e desponta como favorito para presidir a Câmara no ano que vem
Renata Camargo
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), desistiu nesta terça-feira (14) de disputar a presidência da Casa. A bancada do PT ainda está reunida desde o início da tarde para deliberar sobre o nome do partido a ser indicado para comandar a Câmara no próximo ano. Na manhã de hoje, os deputados petistas se reuniram, mas adiaram a decisão do indicado por falta de consenso.
Vaccarezza desistiu de entrar na disputa após o deputado e ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (SP) ter retirado sua candidatura, para apoiar o nome do deputado Marco Maia (RS). Com o anúncio de Chinaglia, o atual vice-presidente da Câmara passaria a ter o apoio de cerca de 50 deputados da bancada que reúne 79 parlamentares.
Com a desistência de Vaccarezza, Marco Maia foi o indicado do PT para presidir a Câmara no próximo biênio (2011-2012). Em torno da presidência da Casa, há um acordo entre PT e PMDB para que os partidos – que são as duas maiores bancadas de deputados – revezem no comando da Câmara.
Mesmo sendo o nome indicado pelo PT, Marco Maia ainda precisa vencer a eleição. O acordo entre petistas e peemedebistas é questionado por partidos pequenos, que podem indicar um nome para a disputa. Se vitorioso, Marco Maia dará continuidade a gestão que, na prática, terá início nesta semana, com o afastamento do atual presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que renunciará ao cargo para ser empossado vice-presidente da República. a
PT AMEAÇA REAGIR AO "PAULISTÉRIO" NA CÂMARA
O Jornal "Valor Econômico" revela que disputa por espaço no governo Dilma quebrou a hegemonia em torno do nome do Deputado Federal Cândido Vaccarezza - hoje líder do governo - para presidir o Congresso Federal. Por conta das divergências entre correntes outros 2 nomes foram postos, sendo eles os Deputados Arlindo Chinaglia e Marco Maia. Matéria reproduzida na íntegra abaixo:
Autor(es): Caio Junqueira | De Brasília
Valor Econômico - 14/12/2010
A insatisfação de petistas que se julgam não contemplados na composição de governo da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), pode hoje resultar em uma virada na disputa interna pela indicação do partido para a presidência da Câmara.
Favorito desde o início do ano, quando começaram a circular os nomes dos cotados para o cargo, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (SP), assiste nos últimos dias uma série de episódios que reforçaram as chances dos outros dois postulantes, o vice-presidente da Câmara, Marco Maia (RS), e o ex-presidente, Arlindo Chinaglia (SP).
Os motivos da perda de fôlego de Vaccarezza na reta final são os mesmos que lhe deram o favoritismo na disputa durante meses: é o preferido do Palácio do Planalto, "paulista" (embora baiano de nascimento) e integrante da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB).
No entanto, essas credenciais fizeram com que os insatisfeitos com o excesso de paulistas e de integrantes da CNB indicados por Dilma para seu ministério gerasse uma revolta cuja maior consequência pode ocorrer hoje, na reunião da bancada.
O principal fator de uma possível virada é o fato de a Mensagem ao Partido, segunda maior corrente do PT e que tem 23 dos 88 deputados eleitos, desistir de um acordo com a CNB, até ontem ainda em negociação. Por meio dele, a corrente majoritária indicaria o líder da bancada em 2011 em troca do apoio que receberia para presidir a Casa dos deputados da segunda maior corrente. Ocorre que, revoltada com a predominância da CNB no futuro ministério de Dilma -até agora fez oito ministros contra três da Mensagem-, os deputados desistiram do acordo e tendiam ontem a votar contra Vaccarezza.
Outro movimento se deu com os oito deputados do PT de Minas Gerais, que no sábado resolveram apoiar Marco Maia. No Estado, o desconforto é grande com a única indicação, ainda não-oficial, do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. "Nós vamos votar todos juntos em Marco Maia. E olha que cada um é de uma tendência. Com isso nós queremos sinalizar para o PT Nacional que nós, mineiros, não concordamos com o método de decisão e que precisamos deslocar os processos de escolha dentro do partido", afirmou o deputado Reginaldo Lopes , presidente estadual da legenda, durante o encontro de sábado.
Maia também integra a CNB, mas é gaúcho e tem perfil menos agressivo do que o de Vaccarezza, que incomoda correligionários. A mesma crítica se faz a Arlindo Chinaglia, que criou muitas inimizades dentro e fora do partido quando presidiu a Casa entre 2007 e 2008. Além disso, ele não tem apoio do Palácio. Sua corrente é o Movimento PT, que tem aproximadamente dez deputados. Por essas razões, Maia pode surpreender hoje, ainda mais se Chinaglia se retirar da disputa e apoiá-lo. "Tudo pode acontecer. Não dá para prever nenhum resultado", afirmou o deputado Geraldo Magela (DF), que integra a mesma corrente de Chinaglia.
Petistas ontem mapeavam o voto de cada um dos candidatos. Os números que circularam confirmavam o favoritismo de Vacarezza, mas sem folga e com real possibilidade de que uma articulação de última hora virasse o jogo. Segundo esses petistas, Vacarezza teria hoje de 35 a 40 votos, Chinaglia de 30 a 35 e Maia de 20 a 25.
Até a noite, a CNB ainda se reuniria pela última vez no intuito de costurar um acordo interno e partir unida para a disputa. O acordo poderia ser relacionado à escolha da liderança, também hoje, disputada por Jilmar Tatto (SP), da corrente PT de Luta e de Massas; José Guimarães (CE), da CNB, e Paulo Teixeira (SP), da Construindo um Novo Brasil.
Havia ontem um consenso de que a disputa da liderança seria inevitavelmente um desobramento do nome vencedor para presidir a Câmara.
As eleições para a presidência da Câmara ocorrem apenas em fevereiro. O PT antecipou a escolha para este ano na tentativa de que o fato de ter mais de um pré-candidato levasse`ao surgimento de candidaturas avulsas ou paralelas. Ainda assim, o escolhido hoje deverá enfrentar um adversário vindo do grupo formado pela oposição (PSDB, DEM e PPS) e os partidos de esquerda (PSB, PDT, PCdoB). Os cotados são Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Márcio França (PSB-SP).
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