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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

PT RACHA SOBRE PRÉVIAS E REGRAS DE FILIAÇÃO

Autor(es): agência o globo:
O Globo - 01/08/2011



Em SP, prevê-se briga para escolha do candidato; no Rio, Paes deve ter vice petista

SÃO PAULO. O PT chegará dividido esta semana à reunião do Diretório Nacional, no Rio. O tema da discórdia são as prévias não só das eleições municipais de 2012 como as regras que deverão norteá-las no novo estatuto que está sendo elaborado pelo partido. Nem mesmo o grupo hegemônico do PT, liderado pelo antigo Campo Majoritário, chegou ontem a um consenso sobre as novas regras tanto para a realização de prévias quanto para a filiação partidária. Dirigentes como o deputado Ricardo Berzoini (SP) defendem mais rigor, principalmente nas filiações, exigindo dos futuros militantes que façam cursos de formação promovidos pela legenda.

- Tem de fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)? - ironizou o ex-ministro José Dirceu, ontem, na saída de um seminário do grupo, num hotel de São Paulo.

A ideia era que, no seminário, os petistas fechassem questão sobre as prévias e a filiação, mas as discussões só aumentaram.

- Para o cara se filiar ao partido, será um castigo. Vai ser mais fácil entrar para a maçonaria ou se tornar muçulmano. Não pode ser um partido bolchevique. O PT é um partido de massa - criticou o deputado Jilmar Tato (SP), líder da tendência PT de Luta e de Massas, sempre acusada em São Paulo de fazer filiação em massa.

Embora defendam as prévias como um dos instrumentos do partido, o deputado cassado José Dirceu e o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmaram que a escolha de candidatos por meio de consenso é a melhor saída.

- Temos que ter a coragem de rever esse instrumento e, em alguns casos específicos, não usar um instrumento quando ele se volta contra nós - diz o ministro, que já ficou ao lado do ex-presidente Lula para evitar as prévias em São Paulo.

- Outra preocupação de Lula e também de grande parte do PT é com a renovação, um nome jovem - disse o ex-ministro, sem se referir diretamente ao ministro da Educação, Fernando Haddad, preferido de Lula para as eleições paulistas.

Enquanto em São Paulo a previsão é de tempestade para a escolha do candidato a prefeito, com pelo menos seis nomes na disputa - entre eles Fernando Haddad e a senadora Marta Suplicy -, no Rio o PT não deverá ter candidatura própria, ficando com a vaga de vice na chapa do prefeito Eduardo Paes (PMDB). O nome mais cotado, segundo alguns participantes do encontro em São Paulo, é o do vereador Adilson Pires

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