Blog do Diretório Zonal da Freguesia do Ó e Brasilândia do Partido dos Trabalhadores na Cidade de São Paulo - SP

domingo, 31 de outubro de 2010

UM BRASIL MELHOR, COM JUSTIÇA E DEMOCRACIA


Artigo publicado na página "Tendências e Debates" do jornal Folha de São Paulo deste domingo (31)
DILMA ROUSSEFF


--------------------------------------------------------------------------------
Ao longo desta campanha, apresentei o compromisso de dar continuidade aos avanços obtidos por nossa democracia, em especial no governo Lula
--------------------------------------------------------------------------------



Para um país que viveu boa parte da sua história mergulhado no autoritarismo, poder decidir seu futuro nas urnas, com liberdade, será sempre um momento de festa e de orgulho. Hoje, escolhemos os nossos governantes debatendo, criticando, com liberdade de imprensa e de opinião, inseridos na realidade viva e plural de um verdadeiro Estado democrático de Direito.
É sempre oportuno lembrar que gerações de brasileiros sonharam em poder viver disputas eleitorais como a que hoje vivemos, podendo falar e escrever o que pensam, defender em voz livre o que acham justo, convivendo sem ódio, com tolerância e respeito aos que não compartilham da mesma opinião.
Muitos lutaram, sofreram e deram suas vidas para que isso fosse possível. A nossa democracia é fruto da luta, das lágrimas e da vida de homens e de mulheres que, no passado, não tiveram medo de abrir as portas para o futuro que hoje nos orgulhamos de viver.
Neste domingo, a democracia nos dará, mais uma vez, a oportunidade de continuar a construir um país melhor e mais justo.
Nos últimos oito anos, a nossa democracia provou que é possível fazer com que o Brasil cresça de maneira sustentada, econômica e ambientalmente, distribuindo renda e promovendo justiça social.
Provou que é possível construir um novo país, corrigindo o passado e planejando o futuro, em uma madura convivência entre as instituições republicanas e uma sociedade plural, ativa e vigilante. Provou que o brasileiro pode se orgulhar de viver em nosso país, falando com potências estrangeiras de igual para igual, sem arrogância, mas também sem subserviência.
O país da submissão ao Fundo Monetário deu lugar ao Brasil do Fundo Soberano, com reservas expressivas, e do pré-sal.
Ao longo desta campanha, apresentei ao país o compromisso de dar continuidade aos extraordinários avanços obtidos pela nossa democracia, em especial durante o governo Lula.
Sob o comando de um presidente nascido nas camadas mais pobres da população, vivemos uma transformação histórica profunda. Superamos a estagnação e começamos a combater a desigualdade, inaugurando uma nova era de prosperidade, justiça e otimismo no país.
É necessário que essa transformação continue.
O país da recessão deu lugar a uma economia dinâmica, que gerou 15 milhões de empregos formais, multiplicou exportações e fez renascer setores estratégicos como a indústria naval, a construção civil e a agricultura familiar.
Por outro lado, ninguém pode negar que a ascensão à cidadania de 28 milhões de pessoas que saíram da pobreza, graças ao crescimento econômico e a programas sociais abrangentes e eficazes, deu uma dimensão substantiva, e não meramente formal, ao desenvolvimento da nossa democracia.
É como também devemos ver os 36 milhões de brasileiros na nova classe média, ou os quase 2 milhões de jovens no ensino superior, graças ao ProUni e às universidades públicas que devemos seguir ampliando. Seguindo por esse caminho, alcançaremos novo patamar, em que a noção de liberdade ultrapassa o justo direito de reivindicar.
Por tudo isso, contados os votos, seja qual for a decisão soberana da maioria dos brasileiros, devemos voltar os olhos para o futuro e somar forças, na construção de um país ainda melhor.
A democracia foi conquistada pelos brasileiros como um valor fundamental. E, pela força do voto, ela fará com que o Brasil continue seu processo de transformação na busca de uma vida digna, justa e feliz para todos.



--------------------------------------------------------------------------------
DILMA ROUSSEFF, 62, ex-ministra de Minas e Energia e ex-chefe da Casa Civil (governo Lula), é candidata à Presidência da República pela Coligação para o Brasil Seguir Mudando

Lula: É a hora da nossa militância digital agir!

JOSÉ DIRCEU - MILHÕES NA DEFESA DE DILMA E DE LULA. E A ESPERANÇA VENCEU O ÓDIO



O ex-presidente do PT José Dirceu diz em artigo reproduzido abaixo do seu blog que quem ganhou foi a militância.

Publicado em 30-Out-2010

Com o último debate na noite de ontem na Rede Globo, no qual nossa candidata Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) se impôs como a favorita do eleitorado e como a sucessora do presidente Lula, mais as pesquisas desta semana, fica comprovado que a estratégia da mentira, da calúnia e a campanha reacionária e obscurantista do adversário pela oposição José Serra (PSDB-DEM-PPS) e de sua aliança não lhe deu um voto. Pelo contrário, eles perderam o eleitorado jovem e a inteligência do país. E não ganharam nem no voto religioso, onde Dilma vence. José Serra, ainda por cima, rasgou sua biografia e renunciou ao passado progressista que cinicamente reinvidicou ao longo da campanha e na propaganda eleitoral no rádio e na TV. Sem sombra de dúvida, quem fez a diferença e nos deu essa vitória foi a militância. Com o último debate na noite de ontem na Rede Globo, no qual nossa candidata Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) se impôs como a favorita do eleitorado e como a sucessora do presidente Lula, mais as pesquisas desta semana, fica comprovado que a estratégia da mentira, da calúnia e a campanha reacionária e obscurantista do adversário pela oposição José Serra (PSDB-DEM-PPS) e de sua aliança não lhe deu um voto.

Pelo contrário, eles perderam o eleitorado jovem e a inteligência do país. E não ganharam nem no voto religioso, onde Dilma vence. José Serra, ainda por cima, rasgou sua biografia e renunciou ao passado progressista que cinicamente reinvidicou ao longo da campanha e na propaganda eleitoral no rádio e na TV.

Sem sombra de dúvida, quem fez a diferença e nos deu essa vitória foi a militância. Não apenas a do PT e dos partidos aliados, não apenas nossos dirigentes partidários, coordenadores de campanha, parlamentares, prefeitos e vereadores, governadores eleitos e no exercício do cargo, mas os apoiadores e apoiadoras em todo Brasil.

Milhões assumiram a defesa de Dilma e de Lula

Anônimos, milhares, milhões, estes bravos militantes, por conta própria, na internet e nas ruas, no trabalho e no estudo, na família e na comunidade, assumiram a campanha de Dilma e a defesa do governo Lula. São eles os vencedores, a eles devemos a virada nessa campanha.

O Brasil reconhece a liderança e apoia nosso presidente, seu governo e lhe fará justiça dando à nossa candidata uma maioria que já se expressou nas eleições parlamentares e na votação obtida pelo PT. Nosso partido foi o mais votado no país e pela 3ª vez consecutiva. E o presidente Lula e seu governo, neste final de gestão, já atingiram nas pesquisas a marca recorde de 82% de apoio e aprovação populares.

São votos de confiança, de fidelidade, de lealdade a ideiais e princípios. Principalmente para haver continuidade do governo Lula e para o Brasil avançar nos compromissos que Dilma assumiu nessa campanha que agora termina. Melhor, ainda, é que a fizemos com a generosidade e alegria, o humor e a criatividade de sempre de nossa militância e de todos e todas que abraçaram a causa de Dilma.

A esperança vence de novo o ódio e as calúnias

Abraçaram-na e à sua defesa, com vigor, com entusiasmo frente à campanha de ódio, calúnias, exploração do medo e do sentimento religioso de nosso povo feita pelo nosso adversário. Amanhã começa um novo tempo no Brasil. O projeto político que levou o presidente Lula ao governo há oito anos e o reconduziu há quatro consolida-se e se transforma em projeto nacional.

Agora, a Dilma e a todos nós cabe a tarefa de fazer realidade o sonho e as esperanças dos milhões de brasileiros e brasileiras que nos darão seu voto de confiança amanhã. Às urnas! Vamos às urnas amanhã, na certeza da e pela vitória

DILMA ROUSSEFF DEVE SER ELEITA 1º MULHER PRESIDENTE DO BRASIL, APONTA DATAFOLHA



A corrida eleitoral tem se mantido estável nos últimos 15 dias, com os dois candidatos
variando apenas dentro da margem de erro –o Datafolha entrevistou 6.554 pessoas.

Dilma chega ao dia da eleição com 55% das intenções de voto, aponta Datafolha
FERNANDO RODRIGUES – FOLHA.COM
DE BRASÍLIA

Dilma Rousseff (PT) chega ao dia da eleição com 55% dos votos válidos, segundo pesquisa Datafolha realizada ontem e hoje. Está dez pontos à frente de José Serra (PSDB), que pontuou 45%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais.

O Datafolha entrevistou 6.554 pessoas neste sábado, um número maior do que o de outras sondagens recentes. A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela Rede Globo e está registrada no TSE sob o número 37903/2010.

Se confirmar nas urnas o resultado do Datafolha, Dilma será eleita a 40ª presidente do Brasil. A corrida eleitoral tem se mantido estável nos últimos 15 dias, com os dois candidatos variando apenas dentro da margem de erro do levantamento.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

AUDITORIA MOSTRA QUE TUCANOS DESVIARAM R$400 MILHÕES DO SUS

Do site Patria Latina


O dinheiro deveria ter sido usado para garantir remédios de graça para 40 milhões de cidadãos do estado de São Paulo, mas desapareceu na contabilidade dos governos do PSDB nos últimos 10 anos. Por recomendação dos auditores, com base na lei, o governo paulista terá que explicar onde foram parar essas verbas do SUS e, em seguida, ressarcir a União pelo prejuízo. Quando assumir, pela terceira vez, o governo de São Paulo em 1º de janeiro de 2011, o tucano Geraldo Alckmin terá que prestar contas desse sumiço. O artigo é de Leandro Fortes, da Carta Capital.

Leandro Fortes - Carta Capital

Artigo publicado na Carta Capital

Quando assumir, pela terceira vez, o governo do estado de São Paulo em 1º de janeiro de 2011, o tucano Geraldo Alckmin terá que prestar contas de um sumiço milionário de recursos federais do Ministério da Saúde dimensionado, em março passado, pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus). O dinheiro, quase 400 milhões de reais, deveria ter sido usado para garantir remédios de graça para 40 milhões de cidadãos, mas desapareceu na contabilidade dos governos do PSDB nos últimos 10 anos. Por recomendação dos auditores, com base na lei, o governo paulista terá que explicar onde foram parar essas verbas do SUS e, em seguida, ressarcir a União pelo prejuízo.

O relatório do Denasus foi feito a partir de auditorias realizadas em 21 estados. Na contabilidade que vai de janeiro de 1999 e junho de 2009. Por insuficiência de técnicos, restam ainda seis estados a serem auditados. O número de auditores-farmacêuticos do País, os únicos credenciados para esse tipo de fiscalização, não chega a 20. Nesse caso, eles focaram apenas a área de Assistência Farmacêutica Básica, uma das de maior impacto social do SUS. A auditoria foi pedida pelo Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF), ligado à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, para verificar denúncias de desvios de repasses de recursos do SUS para compra e distribuição de medicamentos nos sistemas estaduais de saúde.

O caso de São Paulo não tem parâmetro em nenhuma das demais 20 unidades da federação analisadas pelo Denasus até março de 2010, data de fechamento do relatório final. Depois de vasculhar todas as nuances do modelo de gestão de saúde estadual no setor de medicamentos, os analistas demoraram 10 meses para fechar o texto. No fim das contas, os auditores conseguiram construir um retrato bem acabado do modo tucano de gerenciar a saúde pública, inclusive durante o mandato de José Serra, candidato do PSDB à presidência.

No todo, o período analisado atinge os governos de Mário Covas (primeiro ano do segundo mandato, até ele falecer, em março de 2001); dois governos de Geraldo Alckmin (de março de 2001 a março de 2006, quando ele renunciou para ser candidato a presidente); o breve período de Cláudio Lembo, do DEM (até janeiro de 2007); e a gestão de Serra, até março de 2010, um mês antes de ele renunciar para disputar a eleição.

Ao se debruçarem sobre as contas da Secretaria Estadual de Saúde, os auditores descobriram um rombo formidável no setor de medicamentos: 350 milhões de reais repassados pelo SUS para o programa de assistência farmacêutica básica no estado simplesmente desapareceram. O dinheiro deveria ter sido usado para garantir aos usuários potenciais do SUS acesso gratuito a remédios, sobretudo os mais caros, destinados a tratamentos de doenças crônicas e terminais. É um buraco e tanto, mas não é o único.

A avaliação dos auditores detectou, ainda, uma malandragem contábil que permitiu ao governo paulista internalizar 44 milhões de reais do SUS nas contas como se fossem recursos estaduais. Ou seja, pegaram dinheiro repassado pelo governo federal para comprar remédios e misturaram com as receitas estaduais numa conta única da Secretaria de Fazenda, de forma ilegal. A Constituição Federal determina que para gerenciar dinheiro do SUS os estados abram uma conta específica, de movimentação transparente e facilmente auditável, de modo a garantir a plena fiscalização do Ministério da Saúde e da sociedade. Em São Paulo essa regra não foi seguida. O Denasus constatou que os recursos federais do SUS continuam movimentados na Conta Única do Estado. Os valores são transferidos imediatamente depois de depositados pelo ministério e pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), por meio de Transferência Eletrônica de Dados (TED).

Em fevereiro, reportagem de CartaCapital demonstrou que em três dos mais desenvolvidos estados do País, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, todos governados pelo PSDB, e no Distrito Federal, durante a gestão do DEM, os recursos do SUS foram, ao longo dos últimos quatro anos, aplicados no mercado financeiro. O fato foi constatado pelo Denasus após um processo de auditoria em todas as 27 unidades da federação. Trata-se de manobra contábil ilegal para incrementar programas estaduais de choque de gestão, como manda a cartilha liberal seguida pelos tucanos e reforçada, agora, na campanha presidencial. Ao todo, de acordo com os auditores, o prejuízo gerado aos sistemas de saúde desses estados passava, à época, de 6,5 bilhões de reais, dos quais mais de 1 bilhão de reais apenas em São Paulo.

Ao analisar as contas paulistas, o Denasus descobriu que somente entre 2006 e 2009, nos governos de Alckmin e Serra, dos 77,8 milhões de reais do SUS aplicados no mercado financeiro paulista, 39,1 milhões deveriam ter sido destinados para programas de assistência farmacêutica – cerca de 11% do montante apurado, agora, apenas no setor de medicamentos, pelos auditores do Denasus. Além do dinheiro de remédios para pacientes pobres, a primeira auditoria descobriu outros desvios de dinheiro para aplicação no mercado financeiro: 12,2 milhões dos programas de gestão, 15,7 da vigilância epidemiológica, 7,7 milhões do combate a DST/Aids e 4,3 milhões da vigilância epidemiológica.

A análise ano a ano dos auditores demonstra ainda uma prática sistemática de utilização de remédios em desacordo com a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) estabelecida pelo Ministério da Saúde, atualizada anualmente. A lista engloba medicamentos usados nas doenças mais comuns pelos brasileiros, entre os quais antibióticos, antiinflamatórios, antiácidos e remédios para dor de cabeça. Entre 2006 e 2008, por exemplo, dos 178 medicamentos indicados por um acordo entre a Secretaria de Saúde de São Paulo e o programa de Assistência Farmacêutica Básica do Ministério da Saúde, 37 (20,7%) não atendiam à lista da Rename.

Além disso, o Denasus constatou outra falha. Em 2008, durante o governo Serra, 11,8 milhões do Fundo Nacional de Saúde repassados à Secretaria de Saúde de São Paulo para a compra de remédios foram contabilizados como “contrapartida estadual” no acordo de Assistência Farmacêutica Básica. Ou seja, o governo paulista, depois de jogar o recurso federal na vala comum da Conta Única do Estado, contabilizou o dinheiro como oriundo de receitas estaduais, e não como recurso recebido dos cofres da União.

Apenas em maio, dois meses depois de terminada a auditoria do Denasus, a Secretaria Estadual de Saúde resolveu se manifestar oficialmente sobre os itens detectados pelos auditores. Ao todo, o secretário Luís Roberto Barradas Barata, apontado como responsável direto pelas irregularidades por que era o gestor do sistema, encaminhou 19 justificativas ao Denasus, mas nenhuma delas foi acatada. “Não houve alteração no entendimento inicial da equipe, ficando, portanto, mantidas todas as constatações registradas no relatório final”, escreveram, na conclusão do trabalho, os auditores-farmacêuticos.

Barata faleceu em 17 de julho passado, dois meses depois de o Denasus invalidar as justificativas enviadas por ele. Por essa razão, a discussão entre o Ministério da Saúde e o governo de São Paulo sobre o sumiço dos 400 milhões de reais devidos ao programa de Assistência Farmacêutica Básica vai ser retomada somente no próximo ano, de forma institucional.

(*) Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor, autor dos livros "Jornalismo Investigativo", "Cayman: o dossiê do medo" e "Fragmentos da Grande Guerra", entre outros. Mantém um blog chamado Brasília eu Vi

LICITAÇÃO DO METRÔ E FALSA ÉTICA DE SERRA

Texto de Altamiro Borges publicado no site "Pátria Latina" faz uma detalhada análise dos suspeitos casos anti-éticos de José Serra e do PSDB no governo e o seu esquivamento diante delas.

Por Altamiro Borges



Na reta final das eleições, José Serra voltou a posar de paladino da ética. Ele insiste em dizer que “meu passado é limpo” e que “não tenho amigos corruptos”. Numa primeira fase da campanha, o candidato havia abandonado este figurino. Afinal, era difícil explorar eleitoralmente a questão da ética quando ele mesmo sondou o ex-governador do Distrito Federal, o presidiário Arruda, para ser seu “vice-careca”. Serra também tinha ao seu lado a governadora tucana Yeda Crusius, a da mansão bilionária, rechaçada pelos gaúchos nas urnas. A fantasia ética não lhe cabia nada bem.




Nos últimos dias, porém, o tucano voltou a criticar os corruptos na maior caradura. Só que a vida é cruel. Nem bem ele retomou o tema é surgiu a grave denúncia contra Paulo Preto, ex-diretor da Dersa e “operador” da sua campanha que sumiu com R$ 4 milhões do caixa-dois tucano. Agora, para desmoralizar de vez seu falso discurso, a própria Folha notícia que “soube seis meses antes da divulgação do resultado quem seriam os vencedores da licitação para concorrência dos lotes de três a oito da Linha-5 (Lilás) do metrô da capital paulista”. Quem será o novo Paulo Preto?



Folha evita opinar


Segundo o repórter Ricardo Feltrin, o resultado foi divulgado na quinta-feira (21), mas o jornal há havia registrado o nome dos ganhadores em vídeo e cartório em abril. “A licitação foi aberta em outubro de 2008, quando o governador de São Paulo era José Serra (PSDB) – ele deixou o cargo no início de abril para disputar a presidência da República... O Metrô, estatal do governo paulista, afirma que vai investigar. Os consórcios também negam irregularidades ou ‘acertos’”. Mas, não resta dúvida, o grave episódio fede muito. O valor dos lotes passava de R$ 4 bilhões.




A relação promíscua entre o PSDB e as empreiteiras já é conhecida. Há tempos corre o boato de que o tucanato privilegia determinadas empresas e que estas, para compensar a gentileza, ajudam financeiramente nas campanhas eleitorais e na melhoria de alguns patrimônios individuais. Entre as vencedoras desta “licitação” estão as gigantes do setor: Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht e OAS/Queiroz Galvão. A Folha preferiu não especular sobre o suspeito episódio, bem diferente da sua conduta quando se refere ao governo Lula. E o Metrô jurou inocência!



Mais sujos do que pau de galinheiro


A falsa licitação cai como bomba no colo de Serra. Ele já se mostrava irritado com as denúncias envolvendo Paulo Preto, seu “homem-bomba”. Agora terá que responder as perguntas de Dilma Rousseff sobre as maracutaias no Metrô. O material é inflamável e deverá ser explorado na TV nesta reta final das eleições. Não dá para aceitar a hipocrisia tucana na questão da ética. PSDB e DEM são mais sujos do que pau de galinheiro, sempre estiveram metidos em casos suspeitos de desvio de recursos públicos. Listo apenas quinze casos para refrescar as memórias mais fracas:



1 - Conivência com a corrupção


O PSDB sempre foi conivente com a corrupção. Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, composta por representantes da sociedade e que visava combater a corrupção. Em 2001, para abortar a CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão famoso por abafar denúncias.



2 - O escândalo do Sivam


O contrato para execução do Sivam, de vigilância área, carimbou de sujeira o início do reinado de FHC. A empresa Esca, associada à estadunidense Raytheon e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi extinta por fraudar a Previdência. Denúncias de tráfico de influência derrubaram o então embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.



3 - A farra do Proer


O Proer, criado em 1996, uniu os tucanos ao sistema financeiro. Para FHC, o custo do programa foi de 1% do PIB, mas para os economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo recapitalização do Banco do Brasil, CEF e socorro aos bancos estaduais. Um enorme rombo nos cofres públicos para ajudar os banqueiros.



4 - Caixa-dois de campanhas


As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado do esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.



5 - Propina na privatização


A privatização da Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e de José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, foi acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.



6 - A emenda da reeleição


FHC garantiu a emenda da sua reeleição a um preço alto. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, PFL-AC, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os dois renunciaram aos mandatos. Já outros três parlamentares acusados de venda do voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.



7 - Os ralos do DNER


O DNER foi um dos principais focos de corrupção no governo de FHC. Através dos precatórios, manobra contábil que consiste em furar a fila para o pagamento de títulos públicos, estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor real para a quadrilha que comandava o órgão.



8 - Desvalorização do real


Para se reeleger em1998, FHC segurou a artificial paridade entre o real e o dólar. Reeleito, deu o golpe. No processo da desvalorização da moeda, que afundou a economia, ainda houve denúncia de vazamento de informações do Banco Central. 24 bancos lucraram com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentação especulativa às vésperas do anúncio da medida.



9 - O caso Marka/FonteCindam


Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra dos bancos criaria riscos para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Marka, até foram detidos. Cacciola, ex-sogro do vice do Serra, Índio da Costa, fugiu para a Itália, mas foi novamente preso.



10 - Eduardo Jorge, personagem suspeito


Eduardo Jorge Caldas, o mesmo que agora se diz vitima da quebra do sigilo fiscal, é uma figura sinistra. Ex-secretário-geral de FHC, ele esteve envolvido no esquema de liberação de verba para o TRT/SP [do famoso Lalau], superfaturamento do Serpro, montagem do caixa-dois da reeleição de FHC, lobby junto às empresas de informática e de manipular recursos dos fundos de pensão nas privatizações. Se houvesse Justiça no Brasil, seu sigilo fiscal já teria sido quebrado há tempo.



11- O esquema do FAT


A Fundação Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, foi acusada de envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se que parte do dinheiro, que deveria ser usado no treinamento de 54 mil trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. Na gestão de FHC, as fraudes com recursos do FAT ocorreram em 17 unidades da federação.



12 - Obras irregulares


Levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades graves. As falcatruas envolviam vários integrantes do governo FHC. Uma dessas obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares, mas consumiu o dobro dos recursos.



13 - Verbas do BNDES


Além de vender o patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do BNDES, destinou cerca de R$ 10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o controle de ex-estatais privatizadas. As maiores beneficiárias pela ajudinha tucana foram as operadoras de telefonia e as empresas do setor elétrico. Em uma das diversas operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.



14 - Intervenção na Previ


Em 2002, FHC decretou intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões. Afastou seis diretores, inclusive os três eleitos pelos funcionários do BB. O ato truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio Alvorada. O banqueiro teria ameaçado divulgar alguns dossiês sobre o processo das privatizações – ou privatarias.



15 - Relações perigosas de José Serra


Estes e outros casos são do conhecimento de Serra, que agora posa de paladino da ética. Muitos dos envolvidos em corrupção no governo FHC têm relações intimas com o candidato. Entre eles destacam-se três figuras: Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, acusado de tráfico de influência quando era diretor do BB e de cobrar propina nos processos de privatização; o empresário espanhol Gregório Preciado, que obteve perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao BB e foi casado com uma prima de Serra; e Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente do Banespa e ex-sócio de Serra numa empresa de consultoria, que teria facilitado operações para repatriar US$ 3 milhões depositados nas Ilhas Cayman - paraíso fiscal do Caribe.

A SOCIAL-DEMOCRACIA TEM FUTURO?

Texto reproduzido do site Revista Fórum

Dois importantes eventos marcaram no mês passado o mundo dos partidos social-democratas. Na Suécia, em 19 de setembro, o partido sofreu uma pesada derrota nas eleições. Desde 1932, governou o país 80% do tempo, e esta é a primeira vez desde essa data que um partido de centro-direita consegue a reeleição.

Por Immanuel Wallerstein[28 de outubro de 2010 - 12h28]
Dois importantes eventos marcaram no mês passado o mundo dos partidos social-democratas. Na Suécia, em 19 de setembro, o partido sofreu uma pesada derrota nas eleições. Obteve 30,9% dos votos, o seu pior resultado desde 1914. Desde 1932, governou o país 80% do tempo, e esta é a primeira vez desde essa data que um partido de centro-direita consegue a reeleição. E para agravar o mau desempenho, um partido de extrema-direita, anti-imigrante, entrou no parlamento sueco pela primeira vez.

Por que é isto tão dramático? Em 1936, o jornalista norte-americano Marquis Childs escreveu um livro famoso, intitulado Suécia: o Caminho do Meio. Childs apresentava o regime social-democrata da Suécia como uma virtuosa via intermediária entre dois extremos, representados pelos Estados Unidos e pela União Soviética. A Suécia era um país que efetivamente combinava a redistribuição igualitária com a política interna democrática. Pelo menos desde os anos 30, a Suécia foi o modelo mundial da social-democracia, a sua verdadeira história de sucesso. E assim parecia manter-se até há bem pouco tempo. Já não é o modelo mundial.

Entretanto, em 25 de setembro, na Grã-Bretanha, Ed Miliband veio muito de trás para ganhar a liderança do Partido Trabalhista. Com Tony Blair, o Partido Trabalhista envolvera-se na remodelação radical do partido sob o lema de "New Labour" [o novo Partido Trabalhista]. Blair argumentara que o partido também devia ser uma via intermediária – não entre o capitalismo e o comunismo, mas entre o que costumava ser o programa social-democrata de nacionalização dos setores-chave da economia e o domínio sem rédeas do mercado. Esta era uma via bastante diferente daquela da Suécia nos anos 30 e das décadas seguintes.

O fato de o Partido Trabalhista ter escolhido Ed Miliband, em vez do irmão mais velho David Miliband, um sócio-chave de Tony Blair, foi interpretado na Grã-Bretanha e noutros lados como um repúdio de Blair e o regresso a um Partido Trabalhista de certa forma mais “social-democrata” (mais sueco?). Não obstante, poucos dias mais tarde, no seu primeiro discurso na conferência trabalhista, Ed Miliband reafirmou uma posição “centrista”. E apesar de ter ornamentado as suas declarações com alusões à importância da “justiça” e da “solidariedade”, disse: “Devemos livrar-nos do velho pensamento e erguer-nos por quem acha que há vida para lá do lucro”.

O que nos dizem estas duas eleições sobre o futuro da social-democracia? Convencionalmente (e o mais provável é que corretamente) a social-democracia – como movimento e como ideologia – é vinculada ao “revisionismo” de Eduard Bernstein, na Alemanha de finais do século XIX. Bernstein argumentava em essência que, uma vez obtido o sufrágio universal (que para ele era o voto masculino), os “operários” podiam usar as eleições para ganhar cargos para o seu partido, o Social-democrata (SPD), até tomarem o governo. Uma vez que ganhasse poder parlamentar, o SPD poderia então “decretar” o socialismo. Por isso, concluía, falar de insurreição como via para o poder era desnecessário e de fato uma tolice.

O que Bernstein definia como socialismo era pouco claro em muitos aspectos, mas, ainda assim, parecia àquela altura incluir a nacionalização dos setores-chave da economia. Desde então, a história da social-democracia como movimento foi de um lento mas contínuo afastamento da política radical para uma orientação muito centrista.

Durante a Primeira Guerra Mundial, os partidos social-democratas repudiaram o seu internacionalismo teórico, ao apoiarem os seus próprios governos em 1914. Depois da Segunda Guerra Mundial, alinharam-se com os Estados Unidos na Guerra Fria contra a União Soviética. E em 1959, na sua conferência em Bad Godesburg, o SPD alemão rejeitou oficialmente o marxismo por completo. Declarou que “de um partido de classe operária, o Partido Social-Democrata transformou-se em um partido do povo”.

Na altura, o que o SPD alemão e outros partidos social-democratas defendiam era o compromisso conhecido como “Estado de bem-estar social”. No período da grande expansão da economia-mundo nos anos 50 e 60, a social-democracia teve bastante sucesso nesse objectivo. E, nesse tempo, manteve-se como um “movimento”, no sentido de que estes partidos impulsionavam o apoio activo e a adesão de um grande número de pessoas no seu país.

No entanto, quando a economia-mundo entrou na sua longa estagnação a partir dos anos 70, e o mundo entrou no período dominado pela “globalização” neoliberal, os partidos social-democratas começaram a ir mais longe. Puseram de lado a ênfase no Estado de bem-estar para se tornarem nos meros promotores de uma versão mais suave da primazia do mercado. Era este o significado do “New Labour” de Blair. O partido sueco resistiu a esta viragem mais tempo que os outros, mas também acabou por sucumbir.

A consequência disto, no entanto, foi que a social-democracia deixou de ser um “movimento” que conseguia congregar a lealdade e o apoio de grande número de pessoas. Tornou-se uma máquina eleitoral à qual faltava a paixão do passado.

Ainda que a social-democracia já não seja um movimento, continua a ser uma preferência cultural. Os eleitores ainda querem os desbotados benefícios do Estado de bem-estar social. Protestam regularmente quando perdem outro destes benefícios, o que agora ocorre com alguma periodicidade.

Finalmente, uma palavra sobre a entrada do partido anti-imigrantes, de extrema-direita, no Parlamento sueco. Os social-democratas nunca foram muito fortes no que se refere aos direitos das “minorias” étnicas ou outras – muito menos a respeito dos direitos dos imigrantes. Os partidos social-democratas tenderam a ser partidos da maioria étnica da cada país, defendendo o seu território contra outros trabalhadores que viam como responsáveis por provocar a redução de salários e do emprego. A solidariedade e o internacionalismo eram palavras-de-ordem úteis quando não havia concorrência à vista. A Suécia não teve de enfrentar este assunto seriamente até há pouco tempo. E quando o fez, um segmento dos eleitores social-democratas simplesmente correu para a extrema-direita.

Tem futuro a social-democracia? Como preferência cultural, sim; como movimento, não.

Tradução de Luis Leiria, revista pelo autor, para Esquerda.net.

SÓ FATO DE GRANDE REPERCUSSÃO MUDA TENDÊNCIA PRÓ-DILMA

Jose Roberto de Toledo – O Estado SP

A ampliação da vantagem de Dilma Rousseff (PT) na reta final do segundo turno dificulta muito a tentativa de José Serra (PSDB) de virar a eleição na última hora. O tucano briga contra a inércia do eleitorado. A esta altura, só um fato novo de grande repercussão lhe daria chance de mudar a tendência do voto.

A petista se distancia do tucano em praticamente todos os segmentos importantes de renda, escolaridade e faixa etária. Nas maiores regiões, ela consolidou a proporção de 2 votos para 1 no Nordeste, e aumentou para dez pontos sua diferença no maior colégio eleitoral, o Sudeste.

O fator religioso, principal responsável por levar a eleição para o segundo turno, foi neutralizado. Dilma tirou a vantagem de Serra entre os evangélicos, ampliou sua diferença entre os católicos e recuperou parte dos eleitores agnósticos, ateus e de religiões não-cristãs.

A recomendação do papa aos bispos para que atuem politicamente no Brasil contra quem defenda o aborto poderia ser o fato novo esperado pelos partidários do tucano?

Para surtir efeito eleitoral, a manifestação de Bento 16 precisaria chegar rapidamente aos seguidores da Igreja e com força suficiente para reverter a preferência de 55% dos católicos pela petista. No primeiro turno, Dilma perdeu quatro pontos entre os católicos nos últimos dias de campanha.

Uma queda nessas proporções entre os católicos agora implicaria diminuir de 14 para 9 pontos a vantagem de Dilma no total. Sem contar o eventual efeito inverso que isso poderia resultar entre os evangélicos e eleitores anti-clericais.

Com a questão moral de lado, o bolso voltou a ser soberano na eleição. No começo do segundo turno, os programas sociais do governo federal brecaram a queda de Dilma e impediram que o tucano empatasse.

Mas foi no eleitorado não-bolsista que ela cresceu nas últimas duas semanas. Ele tem sido o responsável por aumentar sua diferença sobre Serra. Hoje, segundo o ibope, 2 em cada 3 eleitores da petista não participam de nenhum programa federal.

E por que esse eleitor declara voto nela? Muito provavelmente pelo bom momento da economia, que expande o emprego, a renda e, principalmente, o crédito para o consumo. Um indicador indireto disso é a avaliação do governo Lula.

Entre o terço de eleitores que dá nota 10 à atual gestão, Dilma tem 78% do total de votos. Entre os 15% que dão nota 9, ela tem 2 em cada 3 votos. O divisor de águas é a nota 8, que compreende 23% do eleitorado.

Nela, Serra chegou a empatar com Dilma no começo do segundo turno: 47% a 47%. Agora, a petista voltou a abrir uma pequena diferença, e lidera por 48% a 43%. De 7 para baixo, o tucano vence por larga margem, mas esses eleitores são apenas um quarto do eleitorado.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

PARA PT, APREENSÃO DE PANFLETOS ANTI-DILMA MOSTRA "SUBMUNDO" DA CAMPANHA

Encomenda de panfletos contra candidata petista era de 20 milhões. PT pede apuração de campanha de telemarketing, DVDs e impressões difamatórios

Por: Suzana Vier e Virgínia Toledo, Rede Brasil Atual

São Paulo - Os panfletos com conteúdo difamatório à candidata do PT, Dilma Rousseff, apreendidos em São Paulo, no sábado (16), confirmam, na visão de José Eduardo Cardozo, secretário-geral da legenda, que uma central de boatos operaria no submundo da campanha eleitoral. A avaliação do deputado federal foi apresentada a jornalistas em uma entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (18). O PT afirma que, embora 1 milhão de folhetos tenham sido apreendidos, a encomenda original era de 20 milhões de exemplares, mas a quantidade não poderia ser produzida pela empresa.

No domingo, (17), a Polícia Federal apreendeu, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), exemplares de um panfleto com título "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", assinado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A gráfica Pana, localizada no bairro do Cambuci, em São Paulo, foi a contratada para rodar o material. A CNBB negou, nesta segunda-feira à Agência Estado, que tivesse demandado uma reimpressão.

Leia também:

Serra nega que haja irregularidade em panfletos apreendidos pela PF

Gráfica que imprimiu folhetos falsos contra Dilma pertence a militante do PSDB
Após flagrante, PT quer saber autoria de panfletos anti-Dilma
CNBB retira do ar artigo com pedido de voto anti-Dilma
Bispo de Guarulhos pede voto contra Dilma


Leonardo Boff e Frei Betto defendem voto em Dilma
Em nota, CNBB reitera que não recomenda voto
Dilma encontra-se com lideranças religiosas para barrar boatos
Para Cardozo, que também coordena a campanha da presidenciável, a apreensão de um milhão de panfletos na capital paulista, assinados por bispos da Regional Sul 1 da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), são propaganda ilícita. O material apreendido na gráfica Pana incita o voto contra Dilma e contra o PT entre a comunidade católica.

O petista vê "indícios veementes" de que teriam sido foram produzidos pela campanha adversária de Dilma no segundo turno. "Há indiscutivelmente uma relação próxima da dona da gráfica com o candidato José Serra (PSDB)", afirmou Cardozo. Por isso, o PT protocolou no TSE material que comprova, na visão da legenda, a ligação do PSDB com a empresa. Os documentos somam-se ao pedido de abertura de inquérito entregue no fim de semana à Justiça.

Segundo informações de Cardozo, Arlety Satiko Kobayashi, uma das sócias da gráfica no bairro do Cambuci, é filiada ao PSDB e irmã de Sérgio Kobayashi, coordenador de infraestrutura da campanha de Serra. Arlete seria ainda funcionária da Assembleia Legislativa de São Paulo. Cardozo considerou no mínimo estranha a proximidade entre a atuação de Kobayashi na campanha de Serra e o tipo de trabalho realizado pela irmã na gráfica.

Na metade da entrevista, o deputado estadual reeleito, Antonio Mentor, líder do PT na Assembleia Legislativa paulista, juntou-se ao grupo e acrescentou que novas informações indicam que outro sócio da empresa, Alexandre Ogawa, é filho de um funcionário do Ministério da Saúde, nomeado pelo candidato José Serra, então chefe da pasta.

Ao lado do deputado estadual eleito, Edinho Silva, presidente do PT-SP, Cardozo repetiu diversas vezes que a campanha eleitoral atingiu o extremo da falta de ética, em que ações são realizadas no submundo e às escuras. "Eleição é aguerrida, mas há regras. Críticas e acusações devem ser feitas à luz do dia, com a ética necessária", defendeu Cardozo.

O dirigente petista elencou outras ações difamatórias contra a candidata governista. "Estão distribuindo CDs e DVDs na porta de igrejas (contra Dilma), além de panfletos e e-mails", indignou-se Cardozo.

Silva suscitou que é preciso montar uma grande infraestrutura para distribuir cerca de 20 milhões de folhetos, como informou o pai do dono da gráfica onde os panfletos foram apreendidos. "Amadores ou fiéis não têm estrutura para distribuir milhões de panfletos. Queremos chegar aos mentores", denunciou o dirigente do PT paulista.

O PT pediu abertura de inquérito para investigar os autores do panfleto e esta semana também pede apuração de ações de telemarketing, divulgadas pelos jornais Correio Braziliense e Jornal de Minas, que instigam o voto anti-Dilma.

CNBB
Silva afirmou que no próprio sábado, entrou em contato com D. Pedro Luiz Stringuini, da dioscese de Franca, que negou qualquer relação da CNBB com os panfletos. O bispo teria sugerido inclusive que o PT chamasse a polícia para dar conta do caso. O PSDB também já respondeu que não tem relação com os panfletos, lembrou Silva.

GRÁFICA DE TUCANA FEZ PANFLETOS ANTI-PT



Reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo desta segunda-feira(18) diz que uma gráfica ligada à uma filiada do PSDB estava produzindo material sem autorização da CNBB e com o objetivo de atacar a candidata do PT.

PF apreendeu 1 milhão de folhetos em empresa que pertence à irmã de um coordenador de campanha de Serra

Apreensão foi decidida pelo TSE após pedido do PT; assessor de Serra e a campanha do tucano negam ligação com caso

BRENO COSTA
DE SÃO PAULO

A Polícia Federal apreendeu ontem, por determinação da Justiça Eleitoral, cerca de 1 milhão de panfletos que pregam voto contra o PT devido à posição favorável à descriminalização do aborto.
A gráfica que imprimia os jornais pertence à irmã do coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra (PSDB), Sérgio Kobayashi.
Arlety Satiko Kobayashi é dona de 50% da Editora Gráfica Pana Ltda, localizada no Cambuci, na capital paulista.
A empresária é filiada ao PSDB desde março de 1991, segundo registro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O ministro do TSE Henrique Neves concedeu liminar para a apreensão dos panfletos atendendo a representação do PT para apuração de crime de difamação. O partido também pede investigação sobre quem pagou a impressão do material.
Sérgio Kobayashi atribuiu ontem a uma coincidência o fato de a gráfica Pana ter sua irmã como sócia. A assessoria da campanha de Serra negou qualquer relação entre o candidato e a produção dos panfletos, nem por meio de encomenda, financiamento ou indicação de gráfica.
"A campanha de José Serra não aceita a insinuação de conluio de qualquer tipo entre a atividade eleitoral e a Igreja Católica. É um desrespeito à Diocese de Guarulhos e à própria Igreja imaginar que possam ser correia de transmissão de qualquer candidatura. A Igreja Católica não é a CUT", diz a nota.
Responsável pelo contato com a gráfica, Kelmon Luís de Souza afirmou que encomendou 20 milhões de panfletos em nome da diocese e que o dinheiro para a impressão veio de "doações pesadas de quatro ou cinco fiéis".

NOTA DA CNBB
Bispos do braço paulista da CNBB divulgaram nota ontem na qual dizem que "não patrocinam a impressão e a difusão de folhetos". Contudo, o bispo que assina a nota de ontem, dom Nelson Westrupp (de Santo André), presidente a Regional Sul 1 da CNBB, é um dos que assina o texto reproduzido nos panfletos apreendidos.
"O Regional Sul 1 da CNBB desaprova a instrumentalização de suas declarações e notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos", diz a nota divulgada ontem em Indaiatuba (SP). Os bispos que comandam a regional não quiseram falar após a apreensão dos panfletos.
Cerca de 50 bispos paulistas se reuniram durante duas horas anteontem para redigir a nota que demonstra o recuo da regional. Eles avaliaram que o erro do texto de agosto, já retirado do site da regional, foi ter citado o PT e ter feito referência a Dilma.
"O erro que foi a apresentação de siglas partidárias. Isso não poderia ter acontecido", disse o bispo de Limeira, d. Vilson Dias de Oliveira.

domingo, 17 de outubro de 2010

ANÁLISE - DILMA É GARANTIA DO PROCESSO DEMOCRÁTICO



O Cientista Político Giuseppe Cocco em artigo publicado no caderno "Tendências & Debates" do jornal Folha de São Paulo deste domingo (17)faz uma série de argumentações para que a onda verde se junte a onda vermelha e garanta assim as transformações sociais e políticas com sustentabilidade.Leia abaixo a íntegra reprodruzida pelo blog do PTFÓBRASILANDIA:GIUSEPPE COCCO

O medíocre desempenho eleitoral de José Serra nesse primeiro turno é consequência do esgotamento do discurso tecnocrático que, durante a breve hegemonia da macroeconomia neoliberal, tinha funestamente reanimado os mornos interesses das elites brasileiras.
Por trás da hipocrisia deslavada (até com a demonização dos direitos das mulheres), só resta a linguagem insensata do fundamentalismo economicista: o Brasil é um "custo" a ser "cortado". É a apologia dos meios (cortes dos custos) contra os fins (todos os brasileiros).
A vitória parcial, mas expressiva, de Dilma Rousseff contém muitos dos elementos inovadores desses oito anos de governo Lula: distribuição de renda, políticas culturais, democratização do ensino superior, formidável criação de empregos formais, demarcação das reservas indígenas e, enfim, uma política externa autônoma.
Contudo, na campanha do PT há também acentos do velho adágio: os fins justificam os meios. O crescimento (os meios) não precisa ser pensado, pois é justificado pelo fim (o desenvolvimento): uma siderúrgica se justifica por si.
A candidatura de Marina Silva foi o fato novo quando ela teve a coragem de dizer que os fins e os meios devem estar juntos. Cultura (desenvolvimento) e natureza não devem se opor, mas qualificar-se reciprocamente, na hibridização que eles são: natureza artificial e artifício natural!
Mas o modo como a "onda verde" juntou os jovens urbanos libertários aos piores fundamentalismos foi dramaticamente paradoxal: os meios e os fins acabaram se opondo entre si, de maneira insustentável.
O segundo turno desenha uma nítida alternativa. Por um lado, uma "coalizão dos meios" se apresenta como novo fundamentalismo abertamente reacionário. Seu regime discursivo é aquele do medo.
Não se sabe o preço social que todos pagaremos pelo leilão de paixões tristes (machismo, sexismo, racismo) atiçado pelos que nada têm a propor, a não ser uma virada protofascista.
Pelo outro lado, a "coalizão dos fins" pode se juntar aos meios e tornar-se sustentável diante dos novos desafios.
Se o capitalismo global inclui (explora) os pobres enquanto pobres fragmentos heterogêneos em competição no mercado, os pobres se organizam cada vez mais enquanto diferenças: favelados, negros, mestiços, mulheres, indígenas, quilombolas, gays, lésbicas, sem terra.
É aqui, nos pobres, que desenvolvimento e natureza estão juntos e o voto ecologista mantém sua potência. Para não ser capturada, a novidade da candidatura Marina deve apostar na democrática hibridização do social ("cultura") e da natureza (meio ambiente), ou seja, na junção da resistência contra a volta da "peste neoliberal" com as políticas dos pobres.
É só no governo de Dilma que poderemos continuar lutando para transformar a quantidade (o crescimento) em qualidade (um outro tipo de desenvolvimento). A sustentabilidade é aquela da mestiçagem das ondas vermelha e verde, para além de e contra os fundamentalismos.



--------------------------------------------------------------------------------
GIUSEPPE COCCO, cientista político, doutor em história social pela Universidade de Paris, é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autor, entre outras obras, de "MundoBraz: O Devir Brasil do Mundo e o Devir Mundo do Brasil".

REVISTA ISTOÉ - O PODEROSO PAULO PRETO PARTE 1



A revisa ISTOÉ desta semana traz uma extensa matéria intitulada “O Poderoso Paulo Preto” que é o homem acusado pelo PSDB de dar sumiço de R$4 milhões da campanha tucana. Segue abaixo a 1º parte da matéria.



O homem acusado pelo PSDB de dar sumiço em R$ 4 milhões da campanha tucana faz ameaças e passa a ser defendido por Serra
Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira

INAUGURAÇÃO DO RODOANEL
Serra aparece em foto de 30 de março de 2010 junto com
Paulo Preto, que meses mais tarde alegou não conhecer

Como candidato à Presidência da República, José Serra deve explicações mais detalhadas à sociedade brasileira. Elas se referem a um nome umbilicalmente ligado à cúpula do PSDB, mas de pouca exposição pública até dois meses atrás: Paulo Vieira de Souza, conhecido dentro das hostes tucanas como Paulo Preto. Desde que a candidata do PT, Dilma Rousseff, pronunciou o nome de Paulo Preto no debate realizado pela Rede Bandeirantes no domingo 10, Serra se viu envolvido em um enredo de contradições e mistério do qual vinha se esquivando desde agosto passado, quando ISTOÉ publicou denúncia segundo a qual o engenheiro Paulo Souza, ex-diretor da estatal Dersa na gestão tucana em São Paulo, era acusado por líderes do seu próprio partido de desaparecer com pelo menos R$ 4 milhões arrecadados de forma ilegal para a campanha eleitoral do PSDB. Na época, a reportagem baseou-se em entrevistas, várias delas gravadas, com 13 dos principais dirigentes tucanos, que apontavam o dedo na direção de Souza para explicar a minguada arrecadação que a candidatura de Serra obtivera até então. Depois de publicada a denúncia, o engenheiro disparou telefonemas para vários líderes, dois deles com cargos no comando da campanha presidencial, e, apesar da gravidade das acusações, os tucanos não se manifestaram, numa clara opção por abafar o assunto. O próprio presidenciável Serra optou pelo silêncio. Então, mesmo com problemas de caixa e reclamações de falta de recursos se espalhando pelos diretórios regionais, o PSDB preferiu jogar o assunto para debaixo do tapete.

No debate da Rede Bandeirantes, Serra mais uma vez silenciou. Instado por Dilma a falar sobre o envolvimento de Paulo Preto no escândalo do sumiço da dinheirama, não respondeu. Mas o pavio de um tema explosivo estava aceso e Serra passou a ser questionado pela imprensa em cada evento que participou. E, quando ele falou, se contradisse, apresentando versões diametralmente diferentes em um período de 24 horas. Na segunda-feira 11, em Goiânia (GO), em sua primeira manifestação sobre o caso, o candidato do PSDB negou conhecer o engenheiro. “Não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado para que vocês (jornalistas) fiquem perguntando.” A declaração provocou uma reação imediata. Na terça-feira 12, a “Folha de S.Paulo” publicou uma entrevista em que o engenheiro, oficialmente um desconhecido para Serra, fazia ameaças ao candidato tucano. “Ele (Serra) me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao País, ele tem que responder. Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam este erro”, disparou Paulo Preto. Serra demonstrou ter acusado o golpe. Horas depois da publicação da entrevista, em evento em Aparecida (SP), o candidato recuou. Com memória renovada, saiu em defesa do ex-diretor do Dersa. Como se jamais tivesse tratado deste assunto antes, Serra afirmou: “Evidente que eu sabia do trabalho do Paulo Souza, que é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de engenheiro do ano. A acusação contra ele é injusta. Ele é totalmente inocente. Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo”. Aos eleitores, restou uma dúvida: em qual Serra o eleitor deve acreditar? Naquele que diz não conhecer o engenheiro ou naquele que elogia o profissional acusado pelo próprio PSDB de desviar R$ 4 mihões da campanha? As idas e vindas de Serra suscitam outras questões relevantes às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais: por que o tema lhe causou tanto constrangimento? O que Serra teria a temer para, em menos de 24 horas, se expor publicamente emitindo opiniões tão distintas sobre o mesmo tema?

Ainda está envolto em mistério o que Paulo Preto teria na manga para emparedar Serra. A movimentação do engenheiro nas horas que sucederam o debate da Rede Bandeirantes mostra claramente como ele é influente, poderoso e temido nas hostes tucanas. Conforme apurou ISTOÉ, logo depois do programa, Paulo Preto, bastante irritado por não ter sido defendido pelo candidato do PSDB, começou a telefonar para integrantes do partido. Um deles, seu padrinho político, o ex-chefe da Casa Civil de São Paulo, senador eleito Aloysio Nunes Ferreira, que deixou o debate logo que o nome do engenheiro foi mencionado. Outras duas chamadas, ainda de madrugada, foram para as residências de um secretário do governo paulista e de um dos coordenadores da campanha de Serra em São Paulo. Nas conversas, Paulo Preto disse que não ia admitir ser abandonado pelo partido. E que iria “abrir o verbo”, caso continuasse apanhando sozinho. Com a defesa de Serra, alcançou o que queria. Para os dirigentes do partido restou o enorme desconforto de passarem o resto da semana promovendo contorcionismos verbais para defender as ações de um personagem que acusavam dois meses antes. Em agosto, o PSDB vivia outro momento político, vários líderes tucanos reclamavam do estilo “centralizador e arrogante” de Serra, tinham dificuldades para arrecadar recursos e vislumbravam uma iminente derrota nas urnas. Agora, disputando o segundo turno e sob a ameaça de Paulo Preto, promovem uma ação orquestrada para procurar desqualificar as denúncias que eles próprios fizeram. “Às vésperas da eleição podemos ganhar o jogo. Portanto, não vou dizer nada a respeito do Paulo Preto”, disse uma das principais lideranças do partido na noite da quarta-feira 13. Esse mesmo tucano, em agosto, revelara detalhes sobre a atuação do engenheiro na obra do trecho sul do rodoanel. “Não é hora de remexer com o Paulo Preto. Isso poderá colocar em risco nossa vitória”, afirmou na manhã da quinta-feira 14 um membro da Executiva Nacional do partido, que em agosto acusara o engenheiro de desviar R$ 4 milhões da campanha. “Em agosto, depois da reportagem de ISTOÉ, procuramos empresários e eles negaram que Paulo Preto tenha pedido contribuições”, disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Se fez de fato esse movimento, Guerra não teve pressa em revelá-lo. Só foi fazê-lo agora, pressionado pelas declarações do engenheiro.

sábado, 16 de outubro de 2010

PRIVATIZAÇÕES E O INTERESSE NACIONAL

Em artigo publicado no caderno Tendências e Debates da Folha de São Paulo deste sábado (15) o assessor especial Marco Aurélio Garcia faz uma análise sobre a importância das estatais do setor elétrico, dos bancos públicos e da Petrobrás na contenção da última grande crise econômica mundial. (LB)


MARCO AURÉLIO GARCIA

No primeiro debate televisivo do segundo turno desta campanha eleitoral, José Serra mostrou-se incomodado quando o tema das privatizações foi colocado por Dilma Rousseff. Serra quis dar ao debate da questão um significado eleitoreiro, talvez pensando que seja mais um "trololó" da esquerda, como gosta tanto de dizer.
Não é assim. Quando a sociedade brasileira é convocada para decidir os destinos do país nos próximos anos, nada mais natural que o papel do Estado em nosso projeto nacional de desenvolvimento seja devidamente debatido.
A questão das privatizações emergiu no governo Collor de Mello, dormitou no interregno Itamar Franco e ganhou força durante o período FHC.
Correspondeu a período marcado não só pela "débâcle" dos regimes comunistas europeus e pela deriva social-democrata como pelo aparente êxito da proposta neoliberal que vicejava na Inglaterra de Thatcher e no Chile de Pinochet.
As teses sobre a diminuição do papel do Estado -quando não da necessidade do Estado mínimo- que acabaram por bater, ainda que tardiamente, nas costas brasileiras refletiam um otimismo desenfreado sobre o papel dos mercados na regulação econômica e financeira. Elas espelhavam também o grande fascínio exercido pela "globalização" produtiva, mas sobretudo financeira, em curso.
Ao considerar, de certa forma, irrelevantes a produção e os mercados nacionais, elas acabavam por minimizar o papel desempenhado pelos Estados nacionais.
Os governantes teriam de ser apenas gerentes de políticas mundialmente acordadas pelos grandes centros econômicos. Ficariam relegados a replicar orientações macroeconômicas de fora, que viabilizassem novo desenho geoeconômico e, evidentemente, geopolítico.
FHC não hesitou em proclamar o advento de um "novo Renascimento" mundial, ainda que fosse obrigado a reconhecer que alguns milhões de brasileiros iriam ficar obrigatoriamente fora deste suposto ciclo de prosperidade.
Complementando o ajuste que aqui e lá fora foi praticado, trataram de liberar o Estado de pesados fardos -as estatais-, que supostamente o impediam de cumprir suas funções. Ficava a dúvida sobre quais seriam essas "funções".
Não por acaso usou-se na propaganda a favor das privatizações a imagem de um elefante em um local fechado. As estatais não passavam de um trambolho que impedia o desenvolvimento do país.
No altar dessas crenças foram sacrificadas importantes empresas nacionais. Os cerca de US$ 100 bilhões conseguidos no processo de privatização comandado pelo ministro José Serra se esfumaram.
O país aumentou consideravelmente sua dívida interna e se tornou muito mais vulnerável internacionalmente, como ficou claro quando as crises mexicana, asiática e russa levaram o Brasil sucessivamente à beira do abismo.
Perversidade maior desse processo foi o uso de vultuosos recursos do BNDES para financiar as empresas estrangeiras que entraram nas privatizações. Resumindo a originalidade brasileira: privatizou-se com dinheiro do Estado brasileiro.
Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em 2008, no início da grande crise econômica mundial, o presidente Lula afirmou ter chegado a "hora da política", a hora do Estado. Os meses que se seguiram deram a essa fala toda a sua significação.
Por ter barrado as privatizações, fortalecido as estatais e dado a elas um papel estratégico no desenvolvimento nacional, o Brasil pôde enfrentar, como poucos países, a tempestade financeira que se abateu sobre o mundo.
Os bancos públicos, a Petrobras e as estatais do setor elétrico foram fundamentais nesse processo.
Portanto, não estamos diante de um debate que opõe dinossauros a modernos. O que está em jogo é o interesse nacional.



--------------------------------------------------------------------------------
MARCO AURÉLIO GARCIA é assessor especial de política externa da Presidência da República e coordenador do programa de governo de Dilma Rousseff (PT). Foi secretário de Cultura do município de São Paulo (gestão Marta Suplicy).

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

NOME DA CNBB ESTÁ SENDO USADO PARA ENGANAR FIÉIS, DIZ NOTA

Da Agência Carta Maior

Em nota oficial, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP) manifestou preocupação com a ação de muitos grupos que, em nome da fé cristã, "têm criado dificuldades para o voto livre e consciente". "Esses grupos continuaram, inclusive, usando o nome da CNBB, induzindo erroneamente os fiéis a acreditarem que ela tivesse imposto veto a candidatos nestas eleições. Continua sendo instrumentalizada eleitoralmente a nota da presidência do Regional Sul 1 da CNBB, fato que consideramos lamentável, porque tem levado muitos católicos a se afastarem de nossas comunidades e paróquias".

Redação

Nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz

O MOMENTO POLÍTICO E A RELIGIÃO

“Amor e Verdade se encontrarão. Justiça e Paz se abraçarão" (Salmo 85)
A Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) está preocupada com o momento político na sua relação com a religião. Muitos grupos, em nome da fé cristã, têm criado dificuldades para o voto livre e consciente. Desconsideram a manifestação da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil de 16 de setembro, “Na proximidade das eleições”, quando reiterou a posição da 48ª Assembléia Geral da entidade, realizada neste ano em Brasília. Esses grupos continuaram, inclusive, usando o nome da CNBB, induzindo erroneamente os fiéis a acreditarem que ela tivesse imposto veto a candidatos nestas eleições.

Continua sendo instrumentalizada eleitoralmente a nota da presidência do Regional Sul 1 da CNBB, fato que consideramos lamentável, porque tem levado muitos católicos a se afastarem de nossas comunidades e paróquias.

Constrangem nossa conciência cidadã, como cristãos, atos, gestos e discursos que ferem a maturidade da democracia, desrespeitam o direito de livre decisão, confundindo os cristãos e comprometendo a comunhão eclesial.

Os eleitores têm o direito de optar pela candidatura à Presidência da República que sua consciência lhe indicar, como livre escolha, tendo como referencial valores éticos e os princípios da Doutrina Social da Igreja, como promoção e defesa da dignidade da pessoa humana, com a inclusão social de todos os cidadãos e cidadãs, principalmente dos empobrecidos.

Nesse sentido, a CBJP, em parceria com outras entidades, realizou debate, transmitido por emissoras de inspiração cristã, entre as candidaturas à Presidência da Republica no intento de refletir os desafios postos ao Brasil na perspectiva de favorecer o voto consciente e livre. Igualmente, co-patrocinou um subsídio para formação da cidadania, sob o título: “Eleições 2010: chão e horizonte”.

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, nesse tempo de inquietudes, reafirma os valores e princípios que norteiam seus passos e a herança de pessoas como Dom Helder Câmara, Dom Luciano Mendes, Margarida Alves, Madre Cristina, Tristão de Athayde, Ir. Dorothy, entre tantos outros. Estes, motivados pela fé, defenderam a liberdade, quando vigorava o arbítrio; a defesa e o anúncio da liberdade de expressão, em tempos de censura; a anistia, ampla, geral e irrestrita, quando havia exílios; a defesa da dignidade da pessoa humana, quando se trucidavam e aviltavam pessoas.

Compartilhamos a alegria da luz, em meio a sombras, com os frutos da Lei da Ficha Limpa como aprimoraramento da democracia. Esta Lei de Iniciativa Popular uniu a sociedade e sintonizou toda a igreja com os reclamos de uma política a serviço do bem comum e o zelo pela justiça e paz.

Brasília, 06 de Outubro de 2010.
Comissão Brasileira Justiça e Paz, Organismo da CNBB

CATÓLICOS E EVANGÉLICOS DECLARAM VOTO EM DILMA


Da Agência Carta Maior

"Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira", diz manifesto assinado por cristãos católicos e evangélicos. Documento também denuncia campanha de boatos e mentiras que circulam pela internet.

Redação

“Se nos calarmos, até as pedras gritarão!”(Lc 19, 40)

Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da vida em Abundância!

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.

A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:

3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.

4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.

6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.

7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos:

Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional.
Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Feliz do Araguaia-MT.
Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da Cáritas nacional.
Dom Luiz Eccel – Bispo de Caçador-SC
Dom Antonio Possamai, bispo emérito da Rondônia.
Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana- Maranhão.
Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Viana- Maranhão.
Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Feliz do Araguaia /MT
Jether Ramalho, líder ecumênico, Rio de Janeiro.
Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo
Professor Candido Mendes, cientista político e reitor
Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor
Zé Vicente, cantador popular. Ceará
Chico César. Cantador popular. Paraíba/são paulo
Revdo Roberto Zwetch, Igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo.
Pastora Nancy Cardoso, metodista, Vassouras / RJ
Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Juazeiro – Bahia
Maria Victoria Benevides, professora, da USP
Monge Joshin, Comunidade Zen Budista do Brasil, São Paulo
Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre.
Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares.
Fr. Luiz Carlos Susin – Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação
Frei Betto, escritor, dominicano.
Luiza E. Tomita – Sec. Executiva EATWOT(Ecumenical Association of Third World Theologians)
Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional
Pe. João Pedro Baresi, pres. da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP
Frei José Fernandes Alves, OP. – Coord. da Comissão Dominicana de Justiça e Paz
Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins.
Pe. Inácio Neutzling – jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos
Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó / SC
Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC.
Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de Santo Agostinho
Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora.
Pe. John Caruana, Rondônia.
Pe. Julio Gotardo, São Paulo.
Toninho Kalunga, São Paulo,
Washingtonn Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)
Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia
Silvania Costa
Mercedez Lopes,
André Marmilicz
Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social
Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS.
Darciolei Volpato, RS
Frei Ildo Perondi – Londrina PR
Ir. Inês Weber, irmãs de Notre Dame.
Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Dioc de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC.
Pe. Luis Sartorel,
Itacir Gasparin
Célio Piovesan, Canoas.RS
Toninho Evangelista – Hortolândia/SP
Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília.
Caio César Sousa Marçal – Missionário da Igreja de Cristo – Frecheirinha/CE
Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina
Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó.
Odja Barros Santos – Pastora batista
Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário.
Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do Recife
Rosa Maria Gomes
Roberto Cartaxo Machado Rios
Rute Maria Monteiro Machado Rios
Antonio Souto, Caucaia, CE
Olidio Mangolim – PR
Joselita Alves Sampaio – PR
Kleber Jorge e silva, teologia – Passo Fundo – RS
Terezinha Albuquerque
PR. Marco Aurélio Alves Vicente – EPJ – Evangélicos pela Justiça, pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO
Padre Ferraro, Campinas.
Ir, Carmem Vedovatto
Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus.
Padre Manoel, PR
Magali Nascimento Cunha, metodista
Stela Maris da Silva
Ir. Neusa Luiz, Abelardo Luz- SC
Lucia Ribeiro, socióloga
Marcelo Timotheo da Costa, historiador
Maria Helena Silva Timotheo da Costa
Ianete Sampaio
Ney Paiva Chavez, professora educação visual, Rio de janeiro
Antonio Carlos Fester
Ana Lucia Alves, Brasília
Ivo Forotti, Cebs – Canoas – RS
Agnaldo da Silva Vieira – Pastor Batista. Igreja Batista da Esperança – Rio de Janeiro
Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro
Marlene Ossami de Moura, antropóloga / Goiânia.
Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife
Pedro Henriques de Moraes Melo – UFC/ACEG
Fernanda Seibel, Caxias do Sul.
Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru – Fortaleza
Pe. Lino Allegri – Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE.
Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor de Comunicação Social da UFRN
Pasqualino Toscan – Guaraciaba SC
Francisco das Chagas de Morais, Natal – RN.
Elida Araújo
Maria do Socorro Furtado Veloso – Natal, RN
Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora
Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza, agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa, Professora UFPE
Débora Costa-Maciel, Profª. UPE
Maria Theresia Seewer
107. Ida Vicenzia Dias Maciel
108. Marcelo Tibaes
109. Sergio Bernardoni, diretor da CARAVIDEO- Goiânia – Goiás
110. Claudio de Oliveira Ribeiro. Pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP.
104 . Pe. Paulo Sérgio Vaillant – Presbítero da Arquidiocese de Vitória – ES
106. Roberto Fernandes de Souza. RG 08539697-6 IFP RJ – Secretario do CEBI RJ
107. Sílvia Pompéia.
108. Pe. Maro Passerini – coordenador Past. Carcerária – CE
109. Dora Seibel – Pedagoga, caxias do sul.
110. Mosara Barbosa de Melo
111. Maria de Fátima Pimentel Lins
112. Prof. Renato Thiel, UCB-DF
114 . Alexandre Brasil Fonseca , Sociólogo, prof. da UFRJ, Ig. Presbiteriana e coordenador da Rede FALE)
115 Daniela Sanches Frozi, (Nutricionista, profa. da UERJ, Ig. Presbiteriana, conselheira do CONSEA Nacional e vice-presidente da ABUB)
116. Marcelo Ayres Camurça – Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – Universidade Federal de Juiz de Fora
117. Revd. Cônego Francisco de Assis da Silva,Secretário Geral da IEAB e membro da Coordenação do Fórum Ecumênico Brasil
118. Irene Maria G.F. da Silva Telles
119. Manfredo Araújo de Oliveira
120. Agnaldo da Silva Vieira – Pedagogo e Pastor Auxiliar da Igreja Batista da Esperança-Centro do Rio de Janeiro
121. Pr. Marcos Dornel – Pastor Evangélico – Igreja Batista Nova Curuçá – SP
122. Adriano Carvalho.
123. Pe. Sérgio Campos, Fundação Redentorista de Comunicações Sociais – Paranaguá/Pr.
124. Eduardo Dutra Machado, pastor presbiteriano
125. Maria Gabriela Curubeto Godoy – médica psiquiatra – RS
126. Genoveva Prima de Freitas- Professora – Goiânia
127. M. Candida R. Diaz Bordenave
128. Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
129. Xavier Uytdenbroek prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
130. Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
131. Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
132. Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
133. Targelia de Souza Albuquerque
134. Maria Lúcia F de Barbosa (Professora – UFPE)
135. Paulo Teixeira, parlamentar, São Paulo.
136. Alessandro Molon, parlamentar, Rio de janeiro.
137. Adjair Alves (Professor – UPE)
138. Luziano Pereira Mendes de Lima – UNEAL
139. Cláudia Maria Afonso de Castro-psicóloga- trabalhadora da Saúde-SMS Suzano-SP
140. Fátima Tavares, Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Antropologia FFCH/UFBA
141. Carlos Cardoso, Professor Associado do Departamento de Antropologia e Etnologia da UFBA.
142. Isabel Tooda
143. Joanildo Burity (Anglicano, cientista político, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco,
144. Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Professor de Teologia PUC- Rio
145. Aristóteles Rodrigues – Psicólogo, Mestre em Ciência da Religião
146. Zwinglio Mota Dias – Professor Associado III – Universidade Federal de Juiz de Fora
147. Antonio Francisco Braga dos Santos- IFCE
148. Paulo Couto Teixeira, Mestrando em Teologia na EST/IECLB
149. Rev. Luis Omar Dominguez Espinoza
150. Anivaldo Padilha – Metodista, KOINONIA, líder ecumênico
151. Nercina Gonçalves
152. Hélio Rios, pastor presbiteriano
153. João José Silva Bordalo Coelho, Professor- RJ
154. Lucilia Ramalho. Rio de janeiro.
155. Maria Tereza Sartorio, educadora, ES
156. Maria José Sartorio, saúde, ES
157. Nilda Lucia Sartorio, secretaria de ação social, Espírito santo
158. Ângela Maria Fernandes -Curitiba 159. Lúcia Adélia Fernandes
160. Jeanne Nascimento – Advogada em São Paulo/SP
161. Frei José Alamiro, franciscano, São Paulo, SP
162. Otávio Velho, antropólogo
163. Iraci Poleti,educadora
164.Antonio Canuto
165. Maria Luisa de Carvalho Armando
166. Susana Albornoz
167. Maria Helena Arrochellas
168. Francisco Guimarães
169. Eleny Guimarães

(mandar mais adesõoes para gomezdesouza@uol.com.br

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

DILMA E A FÉ CRISTÃ

FREI BETTO


Da Folha de São Paulo

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte.
Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.
Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho.
Nada tinha de "marxista ateia".
Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos.
Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.
Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.
Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.
Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho.
É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.
Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto...
Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.
Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.
Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.
A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.
Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.



--------------------------------------------------------------------------------
FREI BETTO, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor de "Um homem chamado Jesus" (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004, governo Lula).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

URGENTE - DZ DO PT DA FREGUESIA/BRASILANDIA FOI ASSALTADO NESTA TERÇA

O Diretório Zonal da Freguesia sofreu um assalto na tarde desta terça-feira (5) e cerca de R$ 8,8 mil além de laptop e pertences pessoais das pessoas que estavam na hora foram levados por dois homens armados.
O Secretário Geral do Partido na região Adilson Sousa disse que o dinheiro levado seria para fazer pagamentos da última campanha eleitoral. Além dele, outras pessoas estavam no DZ na hora do assalto, inclusive o Presidente Fernando Penna. O caso foi registrado no 28º DP e foi encaminhado ao Diretório Municipal.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PT ELEGE A MAIOR BANCADA NA ASSEMBLÉIA DE SÃO PAULO

Veja quais foram os candidatos do PT de São Paulo eleitos e com quantos votos:

Candidatos eleitos à Câmara dos Deputados:

1. JOÃO PAULO CUNHA 255.392
2. JILMAR TATTO 250.252
3. ZARATTINI 216.287
4. ARLINDO CHINAGLIA 207.396
5. VICENTE CANDIDO 160.168
6. FILIPPI 149.472
7. JANETE PIETÁ 143.737
8. VICENTINHO 140.994
9. RICARDO BERZOINI 140.473
10. JOSÉ MENTOR 139.637
11. PAULO TEIXEIRA 134.373
12. CARLINHOS ALMEIDA 134.171
13. VACCAREZZA 131.646
14. DEVANIR RIBEIRO 127.915
15. NEWTON LIMA NETO 110.191
16. VANDERLEI SIRAQUE 1345 93.290

Candidatos eleitos à Assembleia Legislativa de São Paulo:

1. EDINHO SILVA 184.391
2. RUI FALCÃO 174.597
3. ENIO TATTO 161.036
4. ALENCAR 153.369
5. GERALDO CRUZ 131.141
6. CARLOS GRANA 126.873
7. SIMÃO PEDRO 118.342
8. ANA PERUGINI 115.309
9. JOÃO PAULO RILLO 111.821
10. JOÃO ANTONIO 110.647
11. DONISETE BRAGA 105.111
12. LUIZ MOURA 104.678
13. ISAC REIS 100.606
14. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO 96.560
15. ANTONIO MENTOR 94.160
16. TELMA DE SOUZA 90.105
17. GERSON BITTENCOURT 89.898
18. HAMILTON PEREIRA 80.963
19. ANA DO CARMO 80.434
20. MARCOS MARTINS 80.117
21. ADRIANO DIOGO 77.914
22. ZICO 71.484
23. MARCO AURÉLIO DE SOUZA 69.462
24. JOSÉ CANDIDO 68.180

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

EM ALTA, PETISTA DIZ TER "CERTEZA" DE UM 2º TURNO

Em alta, petista diz ter “certeza” de um 2º turno
DANIELA LIMA E EVANDRO SPINELLI – FOLHA SP
DE SÃO PAULO

Com o resultado da última pesquisa Datafolha para o governo de São Paulo, o candidato do PT, Aloizio Mercadante, disse ter “certeza” de um segundo turno no Estado.
A pesquisa registrou crescimento do petista, de 23% para 27% das intenções de voto.
“O que eu vejo nas ruas me dá certeza que estou no segundo turno. E quando isso acontecer, ele [Alckmin] não vai poder fugir do debate”, disse Mercadante. O tucano desconversou: “não vou entrar em provocação”.
Para o discurso do petista se tornar realidade, no entanto, Mercadante ainda precisaria roubar de dois a seis pontos de Geraldo Alckmin (PSDB), que lidera a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, com 49%.
Alckmin desdenha da possibilidade, no entanto. “Impressionante, se nós pegarmos o mês de julho, tínhamos 49%, 48%, uma enorme de uma consistência no nosso eleitorado.”
Para tentar tomar esses votos do tucano, o petista aproveitará os últimos dias antes das eleições para usar ao máximo a presença do presidente Lula no Estado.
O presidente fará caminhada amanhã com Mercadante em São Bernardo do Campo, um dos redutos petistas na Grande São Paulo.

COMÍCIO
Lula também votará em São Bernardo do Campo no domingo ao lado do petista. Em comício ontem à noite na cidade, o presidente atacou Alckmin.
“Em 2006, eu fui para o segundo turno com esse sujeito [Alckmin]. E o dado concreto é o seguinte: eu ganhei 12 milhões de votos e ele perdeu 3 milhões. Dessa vez, ele vai perder 12 milhões de votos e você [Mercadante] vai ganhar o que for preciso”, disse Lula.
Ontem, durante o dia, Mercadante fez carreatas em São Paulo ao lado da candidata ao Senado pelo PT, Marta Suplicy.
Alckmin fez campanha em São Paulo, Várzea Paulista e Pindamonhangaba.
Hoje, Alckmin e Mercadante fazem carreatas na capital e caminhadas em Guarulhos -as duas maiores cidades do Estado.

MERCADANTE SOBE ENTRE MENOS ESCOLARIZADOS

Mercadante sobe entre menos escolarizados

Em pesquisa Datafolha divulgada ontem, petista reduziu diferença para Alckmin de 28 para 22 pontos percentuais

Em números absolutos, senador ganhou cerca de 1,2 milhão de votos, enquanto o tucano perdeu cerca de 604 mil

FOLHA SP
O candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Aloizio Mercadante, vem diminuindo sua desvantagem frente ao tucano Geraldo Alckmin apoiado, principalmente, nos votos dos eleitores mais pobres e menos escolarizados.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada ontem, Mercadante aparece com 27% das intenções de voto, ante 49% de Alckmin. No levantamento anterior, as taxas eram de 23% e 51%, respectivamente.
Em números absolutos, Mercadante angariou cerca de 1,2 milhão de intenções de voto (entre os 30,2 milhões de eleitores paulistas) em uma semana. Alckmin perdeu cerca de 604 mil.
Contaram para diminuir a desvantagem do petista principalmente os eleitores com ensino fundamental (857 mil migraram para sua candidatura) e os que têm renda familiar mensal entre dois e cinco salários mínimos (531 mil eleitores).
Esses dois estratos são os que concentram o maior número de eleitores proporcionalmente. Mercadante ganhou sete pontos entre os que têm apenas o ensino fundamental, e quatro entre os que ganham entre R$ 1.020 e R$ 2.550.
São eles que fizeram diminuir consideravelmente nas últimas semanas a grande chance que Alckmin tinha de vencer em primeiro turno no domingo.
Segundo o último Datafolha, o tucano tem 54% dos votos válidos, e precisa de 50% mais um voto para vencer no primeiro turno (Mercadante aparece com 29%).
Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Alckmin ainda pode vencer no primeiro turno mesmo estando no limite inferior (52%) -e desde que não perca muito mais votos até domingo.
Em meados de setembro, Alckmin chegou a ter 59% dos válidos, o que lhe garantia com folga a vitória.
Proporcionalmente, o tucano vem perdendo mais votos entre a parcela mais pobre dos eleitores paulistas, aqueles com renda familiar mensal de até dois salários mínimos (R$ 1.020).
Nesse segmento, o tucano perdeu 404 mil votos (quatro pontos) em menos de uma semana.

FAIXA ETÁRIA
Mercadante também reduziu sua desvantagem nas faixas etárias que concentram mais de 65% do eleitorado.
O petista registrou sua maior aproximação em relação ao tucano entre os eleitores de 45 a 59 anos, faixa em que a diferença caiu 11 pontos -a vantagem de 26 pontos reduziu-se a 15.
A diferença em favor do tucano também diminuiu entre os eleitores de 25 a 34 anos (caiu de 32 pontos a 23) e entre os de 35 a 44 anos -era de 24 pontos e hoje é de 17.
Entre os que têm mais de 60 anos, a diferença se manteve em 28 pontos a favor de Alckmin. A fatia dos eleitores mais jovens, de 16 a 24 anos, é a única em que o tucano aumentou sua vantagem. A distância foi de 31 pontos para 34. (FERNANDO CANZIAN)