Eleitorado ‘fiel’ a Lula supera o que declara intenção de voto em Dilma
Pesquisa Datafolha mostra a ex-ministra da Casa Civil empatada em 37% com o ex-governador José Serra
Daniel Bramatti – O Estado SP
A última pesquisa Datafolha, que mostrou um empate entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), indica que a pré-candidata petista ainda tem potencial para crescer no contingente de eleitores disposto a seguir a indicação de voto dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma tem 37% das intenções de voto, menos do que os 44% de eleitores que dizem que votarão no candidato de Lula “com certeza”. Nesses 44% há hoje uma maioria “dilmista”, mas também uma parcela de desinformados, que ignora a opção do presidente ou até pensa que ele apoia Serra ou Marina Silva (PV). Um décimo do eleitorado não sabe que a ex-ministra da Casa Civil é a candidata de Lula e, em tese, gostaria de votar nela.
Alem dos 44% de “lulistas convictos”, há mais 22% de entrevistados que respondem “talvez” aos ser questionados se votariam em um candidato apoiado por Lula. Ou seja, no total, dois terços dos eleitores admitem estar sob a possível influência do presidente na corrida eleitoral.
Já foi maior a diferença entre o eleitorado fiel a Lula e o de Dilma. No Datafolha de dezembro, a petista tinha 26% das intenções de voto, e eram 38% os eleitores dispostos a votar no candidato de Lula “com certeza”.
Visibilidade
A desinformação a respeito das ligações entre Lula e Dilma caiu na mesma medida em que aumentou a visibilidade da pré-candidata, exibida pelo presidente em praticamente todas as inaugurações e cerimônias oficiais enquanto era ministra da Casa Civil.
Na semana passada, em seus dez minutos de propaganda partidária em rede nacional de rádio e televisão, o PT mostrou o quanto aposta na transferência da popularidade de Lula para Dilma. O programa não destacou apenas que ela é a preferida pelo presidente para lhe suceder, mas relacionou-a a programas sociais como o Luz Para Todos e o Bolsa-Família. A ideia é difundir a versão de que Dilma merece crédito pelas realizações da gestão.
Lula vem fortalecendo sua posição como cabo eleitoral. A avaliação positiva de seu governo, segundo o Datafolha, voltou ao nível recorde de 76%, depois de um breve recuo para 73% em abril. E o eleitorado que se declara disposto a seguir a orientação do presidente ao votar subiu seis pontos porcentuais em um mês.
Blog do Diretório Zonal da Freguesia do Ó e Brasilândia do Partido dos Trabalhadores na Cidade de São Paulo - SP
segunda-feira, 24 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
CARAVANA DA ZONA NORTE E NOROESTE REUNE MAIS DE MIL MILITANTES PETISTAS
Os Diretórios Zonais da Zona Norte e Noroeste promoveram neste domingo(23) a Caravana do PT com a presença do pré-candidato a governador pelo partido Aloízio Mercadante e do pré-candidato a senador pelo PC do B o cantor e vereador Netinho de Paula na quadra social da Sociedade Rosas de Ouro.
Participaram deste evento cerca de 1200 militântes petistas que vieram saudar os vários parlamentares presentes. Também foram entregues as carteirinhas de filiados para todos que votaram no último PED no final do ano passado.
Participaram deste evento cerca de 1200 militântes petistas que vieram saudar os vários parlamentares presentes. Também foram entregues as carteirinhas de filiados para todos que votaram no último PED no final do ano passado.
sábado, 22 de maio de 2010
POPULARIDADE DO GOVERNO LULA VAI A 76% E VOLTA A NÍVEL RECORDE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA - Folha de SP.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a registar 76% de aprovação para o seu governo, um recorde desde que assumiu, em janeiro de 2003. O petista tinha obtido essa taxa em março deste ano, mas depois recuara para 73%, em abril. Os dados são de pesquisa nacional Datafolha realizada ontem e anteontem com 2.660 entrevistas.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais o para menos. O mais notável na popularidade presidencial é que a curva tem se mantido acima de 70% desde dezembro, quando o país soube que a economia já estava em franca recuperação após a crise financeira internacional.
Além dos 76% que avaliam o governo Lula como "bom" ou "ótimo", outros 19% o apontam como "regular". E 5% classificam a gestão lulista como "ruim" ou "péssima". Só 1% diz não saber responder. O recorde foi captado pelo Datafolha numa semana em que o petista esteve fora do país. Lula foi ao Oriente Médio e anunciou junto com a Turquia acordo com o Irã visando diminuir a tensão na região.
Embora contestada por vários países desenvolvidos, a negociação de Lula recebeu ampla cobertura da mídia brasileira, rendendo muita exposição ao presidente no noticiário.
Lula é o presidente mais bem avaliado desde o fim da ditadura. Fernando Collor (1990-1992) teve máxima de 36%. Fernando Henrique Cardoso (1995-2001) chegou a 47%. Lula obteve agora sua melhor nota, de zero a dez. Desta vez, a nota foi 8,0, nunca antes registrada -havia sido 7,9 em abril. No auge do escândalo do mensalão, em 2005, a média de Lula chegou a cair para 5,4. (FR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a registar 76% de aprovação para o seu governo, um recorde desde que assumiu, em janeiro de 2003. O petista tinha obtido essa taxa em março deste ano, mas depois recuara para 73%, em abril. Os dados são de pesquisa nacional Datafolha realizada ontem e anteontem com 2.660 entrevistas.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais o para menos. O mais notável na popularidade presidencial é que a curva tem se mantido acima de 70% desde dezembro, quando o país soube que a economia já estava em franca recuperação após a crise financeira internacional.
Além dos 76% que avaliam o governo Lula como "bom" ou "ótimo", outros 19% o apontam como "regular". E 5% classificam a gestão lulista como "ruim" ou "péssima". Só 1% diz não saber responder. O recorde foi captado pelo Datafolha numa semana em que o petista esteve fora do país. Lula foi ao Oriente Médio e anunciou junto com a Turquia acordo com o Irã visando diminuir a tensão na região.
Embora contestada por vários países desenvolvidos, a negociação de Lula recebeu ampla cobertura da mídia brasileira, rendendo muita exposição ao presidente no noticiário.
Lula é o presidente mais bem avaliado desde o fim da ditadura. Fernando Collor (1990-1992) teve máxima de 36%. Fernando Henrique Cardoso (1995-2001) chegou a 47%. Lula obteve agora sua melhor nota, de zero a dez. Desta vez, a nota foi 8,0, nunca antes registrada -havia sido 7,9 em abril. No auge do escândalo do mensalão, em 2005, a média de Lula chegou a cair para 5,4. (FR
DILMA SOBE 7 PONTOS E EMPATA COM SERRA, APONTA DATAFOLHA
Tucano cai 5 pontos desde levantamento de abril e ambos aparecem com 37%
Petista atinge melhor marca na série do instituto, lidera na espontânea e também registra empate no 2" turno; Marina se mantém com 12
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atingiu sua melhor marca até hoje numa pesquisa Datafolha e está empatada com José Serra (PSDB). Ambos estão com 37%. O levantamento foi realizado ontem e anteontem com 2.660 entrevistas.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Marina Silva (PV) aparece com 12%. Os que votam em branco, nulo ou em nenhum somam 5%. Indecisos são 9%. Na comparação com a última pesquisa Datafolha, realizada em 15 e 16 de abril, Dilma teve uma alta de sete pontos percentuais -de 30% para 37%. Já Serra caiu cinco pontos, saindo de 42% para os mesmos 37%.
Essa é a primeira vez que ambos aparecem empatados no Datafolha, que traz outros números positivos para a petista.
TV e Lula
"O principal fato que pode ser apontado como responsável por essa alta da candidata é o programa partidário de TV que o PT apresentou recentemente", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. Na semana passada, o PT foi à TV com vários comerciais de 30 segundos e com seu programa mais longo, de dez minutos. A estrela dessa investida de marketing foi Dilma Rousseff, com Lula como cabo eleitoral. Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não são apresentados a uma lista com os nomes dos candidatos, a curva da intenção de voto de Dilma continuou a descrever uma sólida curva ascendente. Ela tinha 8% em dezembro.
Em abril, estava com 13%. Agora, foi a 19% e está isolada em primeiro lugar. José Serra pontuou 14% -ele também vem subindo nesse quesito, mas em ritmo mais lento. Ainda na pesquisa espontânea, há também 5% que dizem ter intenção de votar em Lula , que não pode ser candidato. Outros 3% declarar querer votar no "candidato do Lula".
E 1% respondem "no PT" ou no "candidato do PT". Em tese, portanto, o potencial de voto espontâneo em Dilma pode ser de 28% -os seus 19% e mais outros 9% dos que desejam votar em Lula, em quem ele indicar ou em um nome apresentado pelo PT.
2º turno e rejeição
Quando são colocados na lista de candidatos os concorrentes de partidos pequenos, o cenário não se altera muito. Dilma e Serra continuam empatados, cada um com 36%. Marina tem 10%.
E só dois nanicos pontuam: José Maria Eymael (PSDC) e Zé Maria (PSTU). Dilma também colheu bom resultado na rejeição: seu índice caiu de 24% para 20% enquanto o de Serra subiu de 24% para 27%.
Marina também teve um resultado positivo, pois sua rejeição caiu de 20% para 14%. Na projeção de segundo turno, os dois estão tecnicamente empatados: a petista tem 46% contra 45% do tucano. Em abril, Serra aparecia dez pontos à frente da petista nesse quesito, com 50% a 40%.
Petista atinge melhor marca na série do instituto, lidera na espontânea e também registra empate no 2" turno; Marina se mantém com 12
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atingiu sua melhor marca até hoje numa pesquisa Datafolha e está empatada com José Serra (PSDB). Ambos estão com 37%. O levantamento foi realizado ontem e anteontem com 2.660 entrevistas.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Marina Silva (PV) aparece com 12%. Os que votam em branco, nulo ou em nenhum somam 5%. Indecisos são 9%. Na comparação com a última pesquisa Datafolha, realizada em 15 e 16 de abril, Dilma teve uma alta de sete pontos percentuais -de 30% para 37%. Já Serra caiu cinco pontos, saindo de 42% para os mesmos 37%.
Essa é a primeira vez que ambos aparecem empatados no Datafolha, que traz outros números positivos para a petista.
TV e Lula
"O principal fato que pode ser apontado como responsável por essa alta da candidata é o programa partidário de TV que o PT apresentou recentemente", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. Na semana passada, o PT foi à TV com vários comerciais de 30 segundos e com seu programa mais longo, de dez minutos. A estrela dessa investida de marketing foi Dilma Rousseff, com Lula como cabo eleitoral. Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não são apresentados a uma lista com os nomes dos candidatos, a curva da intenção de voto de Dilma continuou a descrever uma sólida curva ascendente. Ela tinha 8% em dezembro.
Em abril, estava com 13%. Agora, foi a 19% e está isolada em primeiro lugar. José Serra pontuou 14% -ele também vem subindo nesse quesito, mas em ritmo mais lento. Ainda na pesquisa espontânea, há também 5% que dizem ter intenção de votar em Lula , que não pode ser candidato. Outros 3% declarar querer votar no "candidato do Lula".
E 1% respondem "no PT" ou no "candidato do PT". Em tese, portanto, o potencial de voto espontâneo em Dilma pode ser de 28% -os seus 19% e mais outros 9% dos que desejam votar em Lula, em quem ele indicar ou em um nome apresentado pelo PT.
2º turno e rejeição
Quando são colocados na lista de candidatos os concorrentes de partidos pequenos, o cenário não se altera muito. Dilma e Serra continuam empatados, cada um com 36%. Marina tem 10%.
E só dois nanicos pontuam: José Maria Eymael (PSDC) e Zé Maria (PSTU). Dilma também colheu bom resultado na rejeição: seu índice caiu de 24% para 20% enquanto o de Serra subiu de 24% para 27%.
Marina também teve um resultado positivo, pois sua rejeição caiu de 20% para 14%. Na projeção de segundo turno, os dois estão tecnicamente empatados: a petista tem 46% contra 45% do tucano. Em abril, Serra aparecia dez pontos à frente da petista nesse quesito, com 50% a 40%.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
EDITORIAL DA FOLHA : SÃO PAULO SATURADA
DEVAGAR , quase parando, seria uma boa descrição para o deslocamento de 3,1 milhões de paulistanos que recorrem todos os dias aos corredores de ônibus reformados pela prefeitura desde 2008.
Seis das dez vias expressas para transporte coletivo no máximo igualam a velocidade média dos automóveis (15 km/h), no horário de pico. Apenas um corredor, o Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila) consegue superar os 20 km/h.
O recapeamento de sete das vias não surtiu o efeito esperado, melhorar em 10% o tempo de percurso. Na maioria dos casos, a velocidade média se manteve ou piorou de 2009 para 2010.
Eliminar buracos e ondulações, percebe-se, não basta para acelerar os ônibus e melhorar a vida dos dois terços de passageiros paulistanos que são usuários dos corredores. Reformas ambiciosas se fazem necessárias, como criar espaço para ultrapassagens nos pontos, evitando espera inútil por veículos que já completaram o embarque. Passagens subterrâneas ou elevadas, para eliminar entroncamentos, terão também de ser construídas.
Mesmo com tais obras, os corredores ainda representarão opção mais barata para a cidade que a construção de mais linhas de metrô e a reforma do sistema de trens metropolitanos. Não que tais modalidades devam perder prioridade, antes o contrário.
O transporte de massa sobre trilhos é o único com capacidade para de fato desatar o nó górdio da mobilidade urbana. Mas financiar os investimentos bilionários esbarra no fôlego limitado do poder público e no desinteresse do setor privado.
São Paulo chegou a tal ponto de saturação que não pode prescindir de nenhum recurso. Da ampliação das marginais e da malha ferroviária à reforma e construção de novos corredores, tudo se tornou prioritário, paradoxalmente, para desfazer a herança de décadas de incúria
PT DA REGIÃO DISCUTIU O PROJETO DO METRO BRASILANDIA/FREGUESIA
Ontem a noite o Diretório Zonal se reuniu para conhecer um pouco do projeto sobre a instalação do Metrô na região da Brasilândia e Freguesia do Ó.
Houve bastante discussão em torno da viabilidade do projeto e do impacto que ele trará para toda a região noroeste.
Melhoria do transporte público, mudanças no aspecto urbano, aumento no custo de vida e a exploração do setor imobiliário foram temas levantados pelos participantes.
Houve bastante discussão em torno da viabilidade do projeto e do impacto que ele trará para toda a região noroeste.
Melhoria do transporte público, mudanças no aspecto urbano, aumento no custo de vida e a exploração do setor imobiliário foram temas levantados pelos participantes.
DILMA SOBE E EMPATA COM SERRA EM MINAS
César Felício, de Belo Horizonte – VALOR
A diferença percentual entre o presidenciável tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff em Minas Gerais caiu de 18 pontos percentuais para apenas quatro em um mês, segundo a pesquisa Vox Populi divulgada ontem pela TV Bandeirantes e pelo portal IG. O tucano, que tinha 43% no reduto do ex-governador Aécio Neves, caiu para 39% e a petista subiu de 28% para 39%. Aécio era pré-candidato à Presidência até dezembro do ano passado e desincompatibilizou-se em março, sem revelar a qual cargo concorrerá neste ano. É pressionado para aceitar a posição de vice na chapa tucana, mas almeja o Senado.
Na eleição para governador, o preferido de Aécio, o governador Antonio Anastasia (PSDB) não decola. Está com 17%, ante 45% de Hélio Costa (PMDB) ou 21%, se o adversário for Fernando Pimentel (PT), com 35%. O resultado da pesquisa fortalece Hélio Costa, que disputa com Pimentel a posição de candidato único da base lulista em Minas Gerais.
No Paraná, a pesquisa do instituto mostrou uma frente mais confortável de Serra, que consegue 46%, ante 34% de Dilma e 8% de Marina Silva (PV). O tucano Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba, lidera as intenções de voto para o governo, com 40%, seguido pelo senador Osmar Dias (PDT), com 33%, e o governador Orlando Pessutti (PMDB), com 10%. Candidato da base lulista, mas irmão do líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, Osmar ameaça retirar a sua candidatura caso não tenha como candidata a vice a petista Gleisi Hoffmann, que prefere disputar o Senado.
Na Bahia, Dilma Rousseff alcança 43% das intenções de voto, ante 31% de Serra e 5% de Marina . O percentual da petista é quase idêntico ao do governador Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição, com 41%, seguido por Paulo Souto (DEM), com 32%, e Geddel Vieira Lima (PMDB), com 9%. Em relação à pesquisa do mês anterior, Wagner caiu três pontos percentuais e Souto subiu três.
Recém lançado candidato a governador em Pernambuco, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) não passou de 28%, ante os 57% obtidos pelo governador Eduardo Campos (PSB) que tenta a reeleição com apoio do PT. Na eleição presidencial, Dilma Rousseff consegue o maior percentual regional apurado pelo instituto, com 53%, ante 24% de Serra e apenas 2% de Marina Silva.
No Distrito Federal, a vantagem do ex-governador Joaquim Roriz (PSC) ante o vácuo de poder aberto com a cassação de José Roberto Arruda desapareceu. Roriz está com 43% e o ex-ministro dos Esportes Agnelo Queiroz (PT), com 32%. Outros três candidatos somam 13%, indicando a realização de segundo turno. Na eleição presidencial, Dilma lidera em Brasília, com 42%, ante 34% de Serra e 13% de Marina.
No Rio Grande do Norte, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) lidera com 50%, sem adversário claro: o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) aparece com 16% e o governador Iberê Ferreira (PSB), que tenta a reeleição, está com 15%
DI
A diferença percentual entre o presidenciável tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff em Minas Gerais caiu de 18 pontos percentuais para apenas quatro em um mês, segundo a pesquisa Vox Populi divulgada ontem pela TV Bandeirantes e pelo portal IG. O tucano, que tinha 43% no reduto do ex-governador Aécio Neves, caiu para 39% e a petista subiu de 28% para 39%. Aécio era pré-candidato à Presidência até dezembro do ano passado e desincompatibilizou-se em março, sem revelar a qual cargo concorrerá neste ano. É pressionado para aceitar a posição de vice na chapa tucana, mas almeja o Senado.
Na eleição para governador, o preferido de Aécio, o governador Antonio Anastasia (PSDB) não decola. Está com 17%, ante 45% de Hélio Costa (PMDB) ou 21%, se o adversário for Fernando Pimentel (PT), com 35%. O resultado da pesquisa fortalece Hélio Costa, que disputa com Pimentel a posição de candidato único da base lulista em Minas Gerais.
No Paraná, a pesquisa do instituto mostrou uma frente mais confortável de Serra, que consegue 46%, ante 34% de Dilma e 8% de Marina Silva (PV). O tucano Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba, lidera as intenções de voto para o governo, com 40%, seguido pelo senador Osmar Dias (PDT), com 33%, e o governador Orlando Pessutti (PMDB), com 10%. Candidato da base lulista, mas irmão do líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, Osmar ameaça retirar a sua candidatura caso não tenha como candidata a vice a petista Gleisi Hoffmann, que prefere disputar o Senado.
Na Bahia, Dilma Rousseff alcança 43% das intenções de voto, ante 31% de Serra e 5% de Marina . O percentual da petista é quase idêntico ao do governador Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição, com 41%, seguido por Paulo Souto (DEM), com 32%, e Geddel Vieira Lima (PMDB), com 9%. Em relação à pesquisa do mês anterior, Wagner caiu três pontos percentuais e Souto subiu três.
Recém lançado candidato a governador em Pernambuco, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) não passou de 28%, ante os 57% obtidos pelo governador Eduardo Campos (PSB) que tenta a reeleição com apoio do PT. Na eleição presidencial, Dilma Rousseff consegue o maior percentual regional apurado pelo instituto, com 53%, ante 24% de Serra e apenas 2% de Marina Silva.
No Distrito Federal, a vantagem do ex-governador Joaquim Roriz (PSC) ante o vácuo de poder aberto com a cassação de José Roberto Arruda desapareceu. Roriz está com 43% e o ex-ministro dos Esportes Agnelo Queiroz (PT), com 32%. Outros três candidatos somam 13%, indicando a realização de segundo turno. Na eleição presidencial, Dilma lidera em Brasília, com 42%, ante 34% de Serra e 13% de Marina.
No Rio Grande do Norte, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) lidera com 50%, sem adversário claro: o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) aparece com 16% e o governador Iberê Ferreira (PSB), que tenta a reeleição, está com 15%
DI
segunda-feira, 17 de maio de 2010
DILMA DEFENDE NOVOS RECURSOS PARA A SAÚDE
Dilma defende novos recursos para saúde
Em entrevista a CBN, Dilma critica extinção da CPMF e defende novos recursos para saúde
Sérgio Roxo – Portal O Globo
A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, em entrevista à CBN nesta segunda-feira criticou a extinção da CPMF e defendeu novos recursos para saúde – Foto Marcos Alves/ O Globo
SÃO PAULO e RIO – A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Roussef, criticou em entrevista à CBN nesta segunda-feira o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A ex-ministra afirmou que os recursos que deixaram de ser arrecadados com o fim do tributo precisarão ser recompostos, mas disse ter dúvidas se é ou não necessário criar um novo tributo.
” Não vi resultados práticos no que se refere ao bolso do consumidor “
- Me estarreço pelo fato de ter sido feita toda uma campanha pela CPMF (pelo fim) e não vi resultados práticos no que se refere ao bolso do consumidor (com a queda da CPMF). Acho que houve uma perda de capacidade de fiscalização quando a CPMF caiu. E uma questão que consiredo séria: a perda de R$ 40 bilhões para se aplicar em saúde no Brasil – afirmou Dilma.
- Acho que vamos ter que ser responsáveis, vai ter que aumentar recursos para saúde. É impossível ter melhoria na saúde no Brasil se não tiver recomposição das fontes de financiamento – completou.
” É impossível ter melhoria na saúde no Brasil se não tiver recomposição das fontes de financiamento “
A pré-candidata descartou, porém, a volta da CPMF:
- Não é necessariamente a volta da CPMF, mas há que regulamentar o artigo 29 e garantir que haja os recursos.
Perguntada como os recursos seriam obtidos, Dilma afirmou que existem dois caminhos: retirar recursos de outras áreas para aplicar em saúde ou “de outra fonte tributária”. Ela disse ainda que “deve tentar” recuperar a quantia perdida sem criar impostos.
- Uma parte vem da recomposição de outras receitas ou você tira de outras fontes tributárias. Agora, isso é uma negociação que vai passar necessariamente pelo Congresso e pela sociedade – explicou a petista.
- Acho que deve tentar (aumentar recursos sem elevar a carga tributária). Não sei se é possível – acrescentou.
Pré-candidata diz preferir ‘ajuste sistemático’ a reforma da Previdência
Dilma defendeu também o ajuste sistemático da Previdência Social em vez de uma grande reforma. Segundo a petista, nos países em que a reforma foi implantada houve problemas nas contas da Previdência.
- Defendo que se ajuste a Previdência sistematicamente. Aumentou expectativa de vida, vamos ter que fazer ajuste para que a Previdência dê conta. Discutir com a sociedade a mudança de regras – afirmou Dilma.
Dilma rebate críticas de Serra sobre aparelhamento do Estado
Ainda durante a entrevista, Dilma rebateu as acusações de seu principal adversário, o tucano José Serra, de que as agências reguladoras foram aparelhadas pelo PT. Ela lembrou que a presidência da agência de transportes do estado de São Paulo é ocupada por um deputado federal do PSDB.
- Nem por isso vou dizer que é aparelhamento.
A pré-candidata se definiu ainda como uma candidata de esquerda, o mesmo posicionamento adotado por Serra na semana passada durante entrevista à CBN.
- Sou uma candidata com uma trajetória de esquerda. Agora, sobretudo sou a candidata de um projeto que mudou o modelo de desenvolvimento econômico deste país. Crescer distribuindo renda. Acho que isso é a coisa mais de esquerda que tem no Brasil – defendeu.
No fim da sabatina a petista cometeu uma gafe ao comentar a possibilidade de Michel Temer (PMDB) ser vice em sua chapa. Ela o chamou de presidente do Senado e não da Câmara dos Deputados
Em entrevista a CBN, Dilma critica extinção da CPMF e defende novos recursos para saúde
Sérgio Roxo – Portal O Globo
A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, em entrevista à CBN nesta segunda-feira criticou a extinção da CPMF e defendeu novos recursos para saúde – Foto Marcos Alves/ O Globo
SÃO PAULO e RIO – A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Roussef, criticou em entrevista à CBN nesta segunda-feira o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A ex-ministra afirmou que os recursos que deixaram de ser arrecadados com o fim do tributo precisarão ser recompostos, mas disse ter dúvidas se é ou não necessário criar um novo tributo.
” Não vi resultados práticos no que se refere ao bolso do consumidor “
- Me estarreço pelo fato de ter sido feita toda uma campanha pela CPMF (pelo fim) e não vi resultados práticos no que se refere ao bolso do consumidor (com a queda da CPMF). Acho que houve uma perda de capacidade de fiscalização quando a CPMF caiu. E uma questão que consiredo séria: a perda de R$ 40 bilhões para se aplicar em saúde no Brasil – afirmou Dilma.
- Acho que vamos ter que ser responsáveis, vai ter que aumentar recursos para saúde. É impossível ter melhoria na saúde no Brasil se não tiver recomposição das fontes de financiamento – completou.
” É impossível ter melhoria na saúde no Brasil se não tiver recomposição das fontes de financiamento “
A pré-candidata descartou, porém, a volta da CPMF:
- Não é necessariamente a volta da CPMF, mas há que regulamentar o artigo 29 e garantir que haja os recursos.
Perguntada como os recursos seriam obtidos, Dilma afirmou que existem dois caminhos: retirar recursos de outras áreas para aplicar em saúde ou “de outra fonte tributária”. Ela disse ainda que “deve tentar” recuperar a quantia perdida sem criar impostos.
- Uma parte vem da recomposição de outras receitas ou você tira de outras fontes tributárias. Agora, isso é uma negociação que vai passar necessariamente pelo Congresso e pela sociedade – explicou a petista.
- Acho que deve tentar (aumentar recursos sem elevar a carga tributária). Não sei se é possível – acrescentou.
Pré-candidata diz preferir ‘ajuste sistemático’ a reforma da Previdência
Dilma defendeu também o ajuste sistemático da Previdência Social em vez de uma grande reforma. Segundo a petista, nos países em que a reforma foi implantada houve problemas nas contas da Previdência.
- Defendo que se ajuste a Previdência sistematicamente. Aumentou expectativa de vida, vamos ter que fazer ajuste para que a Previdência dê conta. Discutir com a sociedade a mudança de regras – afirmou Dilma.
Dilma rebate críticas de Serra sobre aparelhamento do Estado
Ainda durante a entrevista, Dilma rebateu as acusações de seu principal adversário, o tucano José Serra, de que as agências reguladoras foram aparelhadas pelo PT. Ela lembrou que a presidência da agência de transportes do estado de São Paulo é ocupada por um deputado federal do PSDB.
- Nem por isso vou dizer que é aparelhamento.
A pré-candidata se definiu ainda como uma candidata de esquerda, o mesmo posicionamento adotado por Serra na semana passada durante entrevista à CBN.
- Sou uma candidata com uma trajetória de esquerda. Agora, sobretudo sou a candidata de um projeto que mudou o modelo de desenvolvimento econômico deste país. Crescer distribuindo renda. Acho que isso é a coisa mais de esquerda que tem no Brasil – defendeu.
No fim da sabatina a petista cometeu uma gafe ao comentar a possibilidade de Michel Temer (PMDB) ser vice em sua chapa. Ela o chamou de presidente do Senado e não da Câmara dos Deputados
CNT / Sensus: PARA MAIORIA DO ELEITORADO, DILMA É CONTINUIDADE; SERRA É EXPERIÊNCIA
Carol Pires, do estadão.com.br
BRASÍLIA – A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira,17, mostra que a maioria do eleitorado avalia que Dilma Rousseff significa a continuidade da política econômica e social do governo Lula. Dos 2 mil entrevistados entre os dias 10 e 14 de maio, 54,6% apontam Dilma como candidata da continuidade, enquanto 25,9% disseram que José Serra, do PSDB, daria prosseguimento as políticas de Lula. Marina Silva recebeu 5,9% dos votos nesta questão.
Quando a pergunta é qual o candidato que tem mais capacidade técnica e experiência administrativa, 46,1% indicaram José Serra. Dilma Rousseff foi lembrada por 33,1% dos entrevistados e Marina Silva (PV) por 6,9%.
A pesquisa CNT/Sensus também questionou quais são os critérios mais importantes que os entrevistados levam em conta na hora de escolher o candidato. O resultado foi: 445 levam em conta benefícios econômicos e sociais; 34,9%, currículo e experiência administrativa; 13,6% ponderam ambos os critérios.
Ainda 57,1%, em outra questão, afirmaram que os benefícios econômicos e sociais dos quais desfrutam foram gerados no governo Lula, enquanto 17,4% acreditam ter sido no governo Fernando Henrique Cardoso. Outros 16,2% acham que os benefícios são fruto de ambos os governos.
Dos entrevistados pela pesquisa, 17,4% disseram ser beneficiados ou conhecer alguém que o são por programas como Bolsa Família, Bolsa Alimentação, Bolsa Escola, Vale Gás, Fome Zero ou Programa Primeiro emprego. Em setembro de 2008, 15,9% responderam da mesma forma.
BRASÍLIA – A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira,17, mostra que a maioria do eleitorado avalia que Dilma Rousseff significa a continuidade da política econômica e social do governo Lula. Dos 2 mil entrevistados entre os dias 10 e 14 de maio, 54,6% apontam Dilma como candidata da continuidade, enquanto 25,9% disseram que José Serra, do PSDB, daria prosseguimento as políticas de Lula. Marina Silva recebeu 5,9% dos votos nesta questão.
Quando a pergunta é qual o candidato que tem mais capacidade técnica e experiência administrativa, 46,1% indicaram José Serra. Dilma Rousseff foi lembrada por 33,1% dos entrevistados e Marina Silva (PV) por 6,9%.
A pesquisa CNT/Sensus também questionou quais são os critérios mais importantes que os entrevistados levam em conta na hora de escolher o candidato. O resultado foi: 445 levam em conta benefícios econômicos e sociais; 34,9%, currículo e experiência administrativa; 13,6% ponderam ambos os critérios.
Ainda 57,1%, em outra questão, afirmaram que os benefícios econômicos e sociais dos quais desfrutam foram gerados no governo Lula, enquanto 17,4% acreditam ter sido no governo Fernando Henrique Cardoso. Outros 16,2% acham que os benefícios são fruto de ambos os governos.
Dos entrevistados pela pesquisa, 17,4% disseram ser beneficiados ou conhecer alguém que o são por programas como Bolsa Família, Bolsa Alimentação, Bolsa Escola, Vale Gás, Fome Zero ou Programa Primeiro emprego. Em setembro de 2008, 15,9% responderam da mesma forma.
CNT / Sensus: COM 35,7% DILMA APARECE À FRENTE DE SERRA
LEONARDO GOY – Agência Estado
Seguindo a mesma tendência apontada pela pesquisa Vox Populi no fim de semana, o levantamento do Instituto Sensus, encomendas pela Confederação Nacional do Transportes (CNT), também mostra hoje pela primeira vez a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, numericamente à frente do pré-candidato do PSDB, José Serra, em uma lista induzida. No rol em que a CNT/Sensus apresenta pela primeira vez aos entrevistados todos os prováveis 11 candidatos, incluindo os de partidos pequenos, Dilma aparece com 35,7% da preferência, seguida de Serra com 33,2%.
Como a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais, Dilma e Serra estão em situação de empate técnico. Segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, considerando o espaço para intersecção da margem de erro para dois pré-candidatos, Dilma e Serra, a probabilidade de empate é de 68%. Já a probabilidade de a petista estar efetivamente à frente do tucano é de 32%.
Em uma segunda lista induzida, apenas com os principais nomes, o ex-governador de São Paulo ainda mantém a liderança numérica com 37,8%, mas seguido muito de perto por Dilma, com 37%. Marina tem 8% das intenções de voto nesta lista com três nomes. Na lista mais ampla, com 11 pré-candidatos, a pré-candidata do Partido Verde (PV) também aparece na terceira posição, mas com 7,3%.
Marina antecede nesta lista ampliada os seguintes pré-candidatos: José Maria Eymael (PSDC), com 1,1%; Américo de Souza (PSL), com 1%; Mario de Oliveira (PTdoB), com 0,4%; Plínio de Arruda Sampaio (Psol), com 0,4%; Zé Maria (PSTU), com 0,4%; Rui Costa Pimenta (PCO), com 0,2%; Levy Fidelix (PRTB), com 0,1% e Oscar Silva (PHS), com 0,1%.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
FORA DO AR
Olá pessoal,
Estivemos por alguns dias sem atualizações por conta de um problema técnico em nossos equipamentos mas a partir de agora retomamos com o nosso clipping diário.
Saudações Petistas
Estivemos por alguns dias sem atualizações por conta de um problema técnico em nossos equipamentos mas a partir de agora retomamos com o nosso clipping diário.
Saudações Petistas
quinta-feira, 6 de maio de 2010
DESPOLUIÇÃO DO TIETÊ JÁ CONSUMIU US$ 3 BI
O Estado de S.Paulo
A Sabesp prevê despoluir o trecho urbano do Rio Tietê até 2018. Desde 1992, com o Projeto Tietê, foram investidos US$ 3 bilhões. A terceira fase, em andamento, terá mais US$ 800 milhões. Em nota, a Sabesp informa que é a única companhia estadual que possui cidades operadas entre as cinco primeiras colocadas do ranking do estudo do Instituto Trata Brasil, que analisa os investimentos no setor de saneamento no País: Franca (2.ª) e Santos (5.ª).
De 2008 a 2009, a Sabesp afirma ter realizado mais de 64 mil novas ligações de esgoto na capital. O incremento, alega a empresa, teve impacto direto no volume de esgoto tratado. Em 2009, passou a limpar 496 bilhões de litros, o equivalente ao atendimento a 9,5 milhões de habitantes, 25 bilhões a mais do que no ano anterior.
“Em regiões de grande crescimento demográfico, a universalização dos serviços de saneamento é tarefa das mais complexas. Desde que teve início o Projeto Tietê, em 1992, o índice de coleta na Região Metropolitana saltou de 66% para 85% e o de tratamento, de 24% para 72%. Neste período, a população da Grande São Paulo pulou de 15 milhões para quase 20 milhões”, diz a nota.
Na cidade de São Paulo, em 1992, aponta a Sabesp, 77% do esgoto era coletado e menos de 30%, tratado. A população do município era em torno de 9,5 milhões. Atualmente, mesmo com o incremento de mais 1,5 milhão de habitantes, a coleta está universalizada (excluindo favelas e áreas irregulares) e 75% do esgoto coletado é tratado. / E.R.
O tamanho do problema
Estudo do Trata Brasil tem 81 cidades e 72 milhões de habitantes 8,4 bi de litros de esgoto/dia é o que gera essa população 5,9 bi de litros de esgoto/dia não recebem tratamento
A Sabesp prevê despoluir o trecho urbano do Rio Tietê até 2018. Desde 1992, com o Projeto Tietê, foram investidos US$ 3 bilhões. A terceira fase, em andamento, terá mais US$ 800 milhões. Em nota, a Sabesp informa que é a única companhia estadual que possui cidades operadas entre as cinco primeiras colocadas do ranking do estudo do Instituto Trata Brasil, que analisa os investimentos no setor de saneamento no País: Franca (2.ª) e Santos (5.ª).
De 2008 a 2009, a Sabesp afirma ter realizado mais de 64 mil novas ligações de esgoto na capital. O incremento, alega a empresa, teve impacto direto no volume de esgoto tratado. Em 2009, passou a limpar 496 bilhões de litros, o equivalente ao atendimento a 9,5 milhões de habitantes, 25 bilhões a mais do que no ano anterior.
“Em regiões de grande crescimento demográfico, a universalização dos serviços de saneamento é tarefa das mais complexas. Desde que teve início o Projeto Tietê, em 1992, o índice de coleta na Região Metropolitana saltou de 66% para 85% e o de tratamento, de 24% para 72%. Neste período, a população da Grande São Paulo pulou de 15 milhões para quase 20 milhões”, diz a nota.
Na cidade de São Paulo, em 1992, aponta a Sabesp, 77% do esgoto era coletado e menos de 30%, tratado. A população do município era em torno de 9,5 milhões. Atualmente, mesmo com o incremento de mais 1,5 milhão de habitantes, a coleta está universalizada (excluindo favelas e áreas irregulares) e 75% do esgoto coletado é tratado. / E.R.
O tamanho do problema
Estudo do Trata Brasil tem 81 cidades e 72 milhões de habitantes 8,4 bi de litros de esgoto/dia é o que gera essa população 5,9 bi de litros de esgoto/dia não recebem tratamento
ANÁLISE: ALÉM DE RECURSOS, FALTA UMA POLÍTICA DE ESTADO PARA A ÁREA DE SANEAMENTO
Além de recursos, falta uma política de Estado para a área
Análise: Rodrigo Moruzzi e Júlio C.C. Neto – O Estado de S.Paulo
Não adianta investir grandes recursos em pouco tempo. É necessária uma política de Estado. Não se resolve o problema de saneamento brasileiro em uma década. São necessárias décadas de investimento ininterrupto. Os números apresentados no ranking nos deixam felizes, mas temos muito a fazer ainda.
A Sabesp iniciou o Projeto Tietê há 20 anos e está iniciando agora a terceira fase, quando se observa que a qualidade das águas dos nossos rios e córregos é muito pior do que aquela existente no início da década de 1990. Depois de fazer cinco estações de tratamento – há mais de dez anos, com uma tecnologia que pode ser considerada ultrapassada – a companhia não realizou mais nenhum investimento nesse setor. Entretanto, continua a cobrar pelo serviço que realmente não presta.
Enquanto em países desenvolvidos já estão falando em aprimorar as fases do tratamento do esgoto, no Brasil, a gente nem sequer conseguiu universalizar a coleta do esgoto produzido. Uma discussão da terceira fase do tratamento. Na Europa, eles estudam como aprimorar a depuração de nutrientes e contaminantes do esgoto.
No nosso caso, o problema ainda é antigo, o de coleta, passo anterior ao do tratamento. Os últimos números mostram déficit de aproximadamente 40% na coleta. E dos 60% coletados, só cerca de 30% são tratados em todo território nacional, o resto é despejado a céu aberto in natura.
Levado em conta o ritmo atual da aplicação de recursos disponíveis, do crescimento populacional e da evolução urbana e rural do País, seria necessária verba de R$ 200 bilhões para universalizar os serviços de saneamento, num prazo médio de 15 anos. A projeção, otimista, é do Ministério das Cidades – o PAC, por exemplo, prevê R$ 40 bilhões para os próximos anos.
RODRIGO MORUZZI É PROFESSOR DE ENGENHARIA AMBIENTAL DA UNESP DE RIO CLARO
JULIO CERQUEIRA CESAR NETO É EX-PRESIDENTE DO COMITÊ DA BACIA DO ALTO TIETÊ
Análise: Rodrigo Moruzzi e Júlio C.C. Neto – O Estado de S.Paulo
Não adianta investir grandes recursos em pouco tempo. É necessária uma política de Estado. Não se resolve o problema de saneamento brasileiro em uma década. São necessárias décadas de investimento ininterrupto. Os números apresentados no ranking nos deixam felizes, mas temos muito a fazer ainda.
A Sabesp iniciou o Projeto Tietê há 20 anos e está iniciando agora a terceira fase, quando se observa que a qualidade das águas dos nossos rios e córregos é muito pior do que aquela existente no início da década de 1990. Depois de fazer cinco estações de tratamento – há mais de dez anos, com uma tecnologia que pode ser considerada ultrapassada – a companhia não realizou mais nenhum investimento nesse setor. Entretanto, continua a cobrar pelo serviço que realmente não presta.
Enquanto em países desenvolvidos já estão falando em aprimorar as fases do tratamento do esgoto, no Brasil, a gente nem sequer conseguiu universalizar a coleta do esgoto produzido. Uma discussão da terceira fase do tratamento. Na Europa, eles estudam como aprimorar a depuração de nutrientes e contaminantes do esgoto.
No nosso caso, o problema ainda é antigo, o de coleta, passo anterior ao do tratamento. Os últimos números mostram déficit de aproximadamente 40% na coleta. E dos 60% coletados, só cerca de 30% são tratados em todo território nacional, o resto é despejado a céu aberto in natura.
Levado em conta o ritmo atual da aplicação de recursos disponíveis, do crescimento populacional e da evolução urbana e rural do País, seria necessária verba de R$ 200 bilhões para universalizar os serviços de saneamento, num prazo médio de 15 anos. A projeção, otimista, é do Ministério das Cidades – o PAC, por exemplo, prevê R$ 40 bilhões para os próximos anos.
RODRIGO MORUZZI É PROFESSOR DE ENGENHARIA AMBIENTAL DA UNESP DE RIO CLARO
JULIO CERQUEIRA CESAR NETO É EX-PRESIDENTE DO COMITÊ DA BACIA DO ALTO TIETÊ
18 MILHÕES DE LITROS DE LIXO SÃO JOGADOS POR HORA NOS RIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SP
SP não avança em ranking de saneamento
Eduardo Reina – O Estado de S.Paulo
A Região Metropolitana de São Paulo coleta 97% de seu esgoto, mas, sem redes coletoras suficientes, despeja nos Rios Tietê, Pinheiros, Tamanduateí e afluentes 18 milhões de litros por hora de sujeira – volume suficiente para encher 17 piscinas olímpicas. Esse descompasso faz com que a cidade de São Paulo não consiga avançar no ranking nacional de saneamento.
Estudo do Instituto Trata Brasil, que analisa investimentos feitos no setor em 2009, aponta a 22.ª colocação para a capital entre 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Em 2007, São Paulo ocupava o 21.º lugar; em 2008, foi para 22.º. A lista tem como base dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades.
E o que impede a cidade de avançar? Desde 1992, o governo estadual gastou mais de US$ 3 bilhões na despoluição do Rio Tietê, mas isso não bastou para eliminar seu aspecto de esgoto a céu aberto. Apesar dos milionários investimentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) na ampliação da rede coletora – R$ 1,2 bilhão entre 2008 e 2009 -, a falta de tratamento também continua sendo a “pedra no sapato” da cidade. E a meta é resolver o problema só em 2018.
Atualmente, são gerados na Região Metropolitana 61,2 milhões de litros por hora de esgoto – o equivalente a 24,4 piscinas olímpicas -, coletados 57,6 milhões de litros por hora (ou 23 piscinas) e tratados 43,2 milhões de litros.
Para o presidente do Trata Brasil, Raul Pinho, apesar de a Sabesp investir maciçamente na capital, é preciso um trabalho contínuo, que vá além do acompanhamento do crescimento vegetativo da população.
Moradora do Jardim da Saúde, Adriana Cavalcanti trabalha na Vila Mariana. Nos 10 quilômetros entre sua casa e o escritório, cruza o malcheiroso Córrego do Ipiranga, que recebe esgoto das casas do entorno. “O cheiro é muito ruim”, lamenta
Eduardo Reina – O Estado de S.Paulo
A Região Metropolitana de São Paulo coleta 97% de seu esgoto, mas, sem redes coletoras suficientes, despeja nos Rios Tietê, Pinheiros, Tamanduateí e afluentes 18 milhões de litros por hora de sujeira – volume suficiente para encher 17 piscinas olímpicas. Esse descompasso faz com que a cidade de São Paulo não consiga avançar no ranking nacional de saneamento.
Estudo do Instituto Trata Brasil, que analisa investimentos feitos no setor em 2009, aponta a 22.ª colocação para a capital entre 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Em 2007, São Paulo ocupava o 21.º lugar; em 2008, foi para 22.º. A lista tem como base dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades.
E o que impede a cidade de avançar? Desde 1992, o governo estadual gastou mais de US$ 3 bilhões na despoluição do Rio Tietê, mas isso não bastou para eliminar seu aspecto de esgoto a céu aberto. Apesar dos milionários investimentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) na ampliação da rede coletora – R$ 1,2 bilhão entre 2008 e 2009 -, a falta de tratamento também continua sendo a “pedra no sapato” da cidade. E a meta é resolver o problema só em 2018.
Atualmente, são gerados na Região Metropolitana 61,2 milhões de litros por hora de esgoto – o equivalente a 24,4 piscinas olímpicas -, coletados 57,6 milhões de litros por hora (ou 23 piscinas) e tratados 43,2 milhões de litros.
Para o presidente do Trata Brasil, Raul Pinho, apesar de a Sabesp investir maciçamente na capital, é preciso um trabalho contínuo, que vá além do acompanhamento do crescimento vegetativo da população.
Moradora do Jardim da Saúde, Adriana Cavalcanti trabalha na Vila Mariana. Nos 10 quilômetros entre sua casa e o escritório, cruza o malcheiroso Córrego do Ipiranga, que recebe esgoto das casas do entorno. “O cheiro é muito ruim”, lamenta
TRIBUNAL JULGA IMPROCEDENTE REPRESENTAÇÃO CONTRA SENSUS
Ana Paula Grabois, de São Paulo – VALOR
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou improcedente representação proposta pelo PSDB contra o instituto de pesquisa Sensus, em concordância com parecer do Ministério Público Eleitoral. A decisão do TSE, de autoria do ministro auxiliar Joelson Dias, diz respeito à pesquisa de intenção de voto divulgada pelo instituto em 13 de abril que indicou empate técnico entre os pré-candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).
O PSDB entrou com o pedido de multa ao Sensus porque considerou que o instituto teria desrespeitado o prazo mínimo de cinco dias entre o pedido de registro e a data de divulgação da pesquisa, após a troca de nome do contratante do levantamento. Na interpretação do PSDB, novo prazo de divulgação deveria ter sido seguido pelo Sensus, o que foi rejeitado pelo tribunal.
Inicialmente, o instituto registrou como contratante o Sindicato dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias e Estradas em Geral do Estado de São Paulo (Sindecrep). Quatro dias depois, o Sensus solicitou ao TSE correção no nome do contratante para Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo (Sintrapav). Os dois sindicatos funcionam no mesmo prédio e têm o mesmo número de telefone.
Na defesa apresentada ao TSE, o Sensus alegou ter se equivocado no preenchimento do formulário de registro e que o contratante sempre foi o Sindiprev. Segundo o ministro Joelson Dias, o erro do instituto não afetou as informações de maior importância, como metodologia, período de realização da pesquisa, plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução e nível econômico do entrevistado. Para o ministro, ocorreu correção de “mero erro material” no registro.
“Assim, no caso específico dos autos, a referida correção não enseja o reinício da contagem do prazo, reclamado pelo representante (PSDB), eis que em nada alterou a essência do ato, seja no que diz respeito ao exercício da ação fiscalizadora da Justiça Eleitoral e dos partidos, como visto, seja no que concerne à disponibilização dos dados que foram informados por ocasião da divulgação dos resultados”, afirmou Dias em sua decisão. Segundo resolução do TSE, a divulgação de pesquisa sem registro prévio pode acarretar em multa de R$ 53,205 mil a R$ 106,41 mil.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou improcedente representação proposta pelo PSDB contra o instituto de pesquisa Sensus, em concordância com parecer do Ministério Público Eleitoral. A decisão do TSE, de autoria do ministro auxiliar Joelson Dias, diz respeito à pesquisa de intenção de voto divulgada pelo instituto em 13 de abril que indicou empate técnico entre os pré-candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).
O PSDB entrou com o pedido de multa ao Sensus porque considerou que o instituto teria desrespeitado o prazo mínimo de cinco dias entre o pedido de registro e a data de divulgação da pesquisa, após a troca de nome do contratante do levantamento. Na interpretação do PSDB, novo prazo de divulgação deveria ter sido seguido pelo Sensus, o que foi rejeitado pelo tribunal.
Inicialmente, o instituto registrou como contratante o Sindicato dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias e Estradas em Geral do Estado de São Paulo (Sindecrep). Quatro dias depois, o Sensus solicitou ao TSE correção no nome do contratante para Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo (Sintrapav). Os dois sindicatos funcionam no mesmo prédio e têm o mesmo número de telefone.
Na defesa apresentada ao TSE, o Sensus alegou ter se equivocado no preenchimento do formulário de registro e que o contratante sempre foi o Sindiprev. Segundo o ministro Joelson Dias, o erro do instituto não afetou as informações de maior importância, como metodologia, período de realização da pesquisa, plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução e nível econômico do entrevistado. Para o ministro, ocorreu correção de “mero erro material” no registro.
“Assim, no caso específico dos autos, a referida correção não enseja o reinício da contagem do prazo, reclamado pelo representante (PSDB), eis que em nada alterou a essência do ato, seja no que diz respeito ao exercício da ação fiscalizadora da Justiça Eleitoral e dos partidos, como visto, seja no que concerne à disponibilização dos dados que foram informados por ocasião da divulgação dos resultados”, afirmou Dias em sua decisão. Segundo resolução do TSE, a divulgação de pesquisa sem registro prévio pode acarretar em multa de R$ 53,205 mil a R$ 106,41 mil.
terça-feira, 4 de maio de 2010
VISTORIA REVELA FALTA DE MÉDICOS EM 4 HOSPITAIS MUNICIPAIS EM SÃO PAULO
Bruno Ribeiro – Jornal da Tardee O Estado SP
bruno.ribeiro@grupoestado.com.br
Uma rodada de vistorias feita pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal em quatro hospitais da Prefeitura de São Paulo neste ano apurou a falta de 447 médicos em diversas especialidades – média de 112 médicos a menos por hospital. O problema estaria fazendo cair o número de alguns atendimentos. Hoje, segundo o Ministério Público Estadual, a falta de médicos é um dos principais problemas da saúde pública municipal.
Entre os serviços que tiveram queda estão a emergência e as cirurgias, setores que são usados, por exemplo, por quem sofre um acidente de trânsito grave e é encaminhado ao hospital pelo socorro. A pessoa recebe atendimento e pode não encontrar um quadro adequado para atendê-lo.
Os hospitais vistoriados foram os do Tatuapé, de Itaquera, e de Ermelino Matarazzo, na zona leste, e do Campo Limpo, na zona sul. Juntos, eles fizeram 39% dos 3,1 milhões de atendimentos de urgência da rede no ano passado. Eles têm 1.017 leitos de internação – 36% do total da rede hospitalar da Prefeitura. Houve 185 cirurgias a menos em 2009 do que em 2008 nessas unidades.
A falta de médicos foi constatada considerando o número de profissionais necessários para essas unidades operarem e o número de vagas preenchidas nos dias das visitas da Câmara.
Em alguns desses hospitais, houve aumento da taxa de mortalidade hospitalar nos últimos quatro anos, segundo relatório enviado pelo gabinete da vereadora Juliana Cardoso (PT), com base em informações do Relatório Estatístico Mensal da Secretaria Municipal da Saúde. No hospital do Campo Limpo, a taxa de mortalidade subiu 15, 9%. No Tatuapé, 4,7%.
A Prefeitura rebate as acusações de falta de profissionais. Mostra dados que apontam aumento do número de médicos na rede desde 2005 (leia ao lado). Mas órgãos como o Conselho Nacional de Saúde, o Ministério Público Estadual e a Câmara dizem que esse aumento não ocorreu em todos os hospitais, mas em unidades cuja gestão foi entregue à iniciativa privada, como as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs).
O problema, segundo essas entidades, é que a Prefeitura tem pago baixos salários – o que estaria provocando uma debandada de profissionais. O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Célio Jayme Carvalhaes, diz que o piso salarial da Prefeitura, R$ 2.200, é pouco atrativo.
Em Osasco, na região metropolitana, o salário inicial bruto, sem gratificações, é de R$ 3.600. Ao todo, chega a R$ 4.000. “O médico não pode ser considerado um mercenário, mas ninguém trabalha de graça. Nos hospitais, há falta de seringas, papel higiênico, instrumentos. E tem ainda a questão da falta de segurança”, afirma Carvalhaes.
A vendedora Renivânia Rosa dos Santos, 25 anos, sente os reflexos da falta de profissionais pelo menos duas vezes por semana. O filho dela, de dois meses, nasceu com uma das pernas tortas – fruto de uma acomodação inadequada do bebê durante a gestação. A cura depende de imobilização da perna, num tratamento que pode durar um ano. “Toda vez que vou no hospital (do Tatuapé), chego ao meio dia e só sou atendida às 18h. Tem pouco médico”, diz.
As unidades da rede municipal
Hospital Dr. Carmino Caricchio (Hospital do Tatuapé)
Hospital Dr. Alexandre Zaio (Vila Nhocuné)
Hospital Ignácio Proença de Gouvea (Parque da Mooca)
Hospital Prof. Alípio Correa
Neto (Hosp. Ermelino Matarazzo)
Hospital Tide Setúbal (São
Miguel Paulista)
Hospital Prof. Waldomiro de Paula (Hospital de Itaquera)
Hospital Dr. Arthur Ribeiro de Saboya (Hospital do Jabaquara)
Hospital Dr. Benedito
Montenegro (Jd. Iva/Sapopemba)
Hospital Dr. Fernando Mauro Pires Rocha (Hosp. Campo Limpo) Hospital Menino Jesus
(Bela Vista)
Hospital Prof. Mário Degni
(Rio Pequeno)
Hospital Dr. José Soares
Hungria (Pirituba)
Hospital Dr. Mário de Moraes
A. Silva (Vila Nova Cachoeirinha)
Hospital Vereador José
Storopoli (Vila Maria)
Hosp. Cidade Tiradentes – Carmem Prudente (Cid. Tiradentes)
Hospital Dr. Moysés Deutsch (Hospital do M’Boi Mirim)
Hospital São Luiz Gonzaga
(Jaçanã)
bruno.ribeiro@grupoestado.com.br
Uma rodada de vistorias feita pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal em quatro hospitais da Prefeitura de São Paulo neste ano apurou a falta de 447 médicos em diversas especialidades – média de 112 médicos a menos por hospital. O problema estaria fazendo cair o número de alguns atendimentos. Hoje, segundo o Ministério Público Estadual, a falta de médicos é um dos principais problemas da saúde pública municipal.
Entre os serviços que tiveram queda estão a emergência e as cirurgias, setores que são usados, por exemplo, por quem sofre um acidente de trânsito grave e é encaminhado ao hospital pelo socorro. A pessoa recebe atendimento e pode não encontrar um quadro adequado para atendê-lo.
Os hospitais vistoriados foram os do Tatuapé, de Itaquera, e de Ermelino Matarazzo, na zona leste, e do Campo Limpo, na zona sul. Juntos, eles fizeram 39% dos 3,1 milhões de atendimentos de urgência da rede no ano passado. Eles têm 1.017 leitos de internação – 36% do total da rede hospitalar da Prefeitura. Houve 185 cirurgias a menos em 2009 do que em 2008 nessas unidades.
A falta de médicos foi constatada considerando o número de profissionais necessários para essas unidades operarem e o número de vagas preenchidas nos dias das visitas da Câmara.
Em alguns desses hospitais, houve aumento da taxa de mortalidade hospitalar nos últimos quatro anos, segundo relatório enviado pelo gabinete da vereadora Juliana Cardoso (PT), com base em informações do Relatório Estatístico Mensal da Secretaria Municipal da Saúde. No hospital do Campo Limpo, a taxa de mortalidade subiu 15, 9%. No Tatuapé, 4,7%.
A Prefeitura rebate as acusações de falta de profissionais. Mostra dados que apontam aumento do número de médicos na rede desde 2005 (leia ao lado). Mas órgãos como o Conselho Nacional de Saúde, o Ministério Público Estadual e a Câmara dizem que esse aumento não ocorreu em todos os hospitais, mas em unidades cuja gestão foi entregue à iniciativa privada, como as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs).
O problema, segundo essas entidades, é que a Prefeitura tem pago baixos salários – o que estaria provocando uma debandada de profissionais. O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Célio Jayme Carvalhaes, diz que o piso salarial da Prefeitura, R$ 2.200, é pouco atrativo.
Em Osasco, na região metropolitana, o salário inicial bruto, sem gratificações, é de R$ 3.600. Ao todo, chega a R$ 4.000. “O médico não pode ser considerado um mercenário, mas ninguém trabalha de graça. Nos hospitais, há falta de seringas, papel higiênico, instrumentos. E tem ainda a questão da falta de segurança”, afirma Carvalhaes.
A vendedora Renivânia Rosa dos Santos, 25 anos, sente os reflexos da falta de profissionais pelo menos duas vezes por semana. O filho dela, de dois meses, nasceu com uma das pernas tortas – fruto de uma acomodação inadequada do bebê durante a gestação. A cura depende de imobilização da perna, num tratamento que pode durar um ano. “Toda vez que vou no hospital (do Tatuapé), chego ao meio dia e só sou atendida às 18h. Tem pouco médico”, diz.
As unidades da rede municipal
Hospital Dr. Carmino Caricchio (Hospital do Tatuapé)
Hospital Dr. Alexandre Zaio (Vila Nhocuné)
Hospital Ignácio Proença de Gouvea (Parque da Mooca)
Hospital Prof. Alípio Correa
Neto (Hosp. Ermelino Matarazzo)
Hospital Tide Setúbal (São
Miguel Paulista)
Hospital Prof. Waldomiro de Paula (Hospital de Itaquera)
Hospital Dr. Arthur Ribeiro de Saboya (Hospital do Jabaquara)
Hospital Dr. Benedito
Montenegro (Jd. Iva/Sapopemba)
Hospital Dr. Fernando Mauro Pires Rocha (Hosp. Campo Limpo) Hospital Menino Jesus
(Bela Vista)
Hospital Prof. Mário Degni
(Rio Pequeno)
Hospital Dr. José Soares
Hungria (Pirituba)
Hospital Dr. Mário de Moraes
A. Silva (Vila Nova Cachoeirinha)
Hospital Vereador José
Storopoli (Vila Maria)
Hosp. Cidade Tiradentes – Carmem Prudente (Cid. Tiradentes)
Hospital Dr. Moysés Deutsch (Hospital do M’Boi Mirim)
Hospital São Luiz Gonzaga
(Jaçanã)
segunda-feira, 3 de maio de 2010
NOS CORREDORES DE ÔNIBUS DE KASSAB: MAIS BURACOS QUE PONTOS DE PARADA
Extraído do Blog Leituras Frave
Os corredores de ônibus de São Paulo possuem mais buracos do que pontos de parada ao longo do percurso. A constatação é do jornal Diário de S. Paulo, que publicou ampla matéria a respeito na edição de sexta-feira, dia 30 de abril. Confira abaixo trechos da matéria:
Corredores de ônibus tem um buraco a cada 272 metros
A vida dos passageiros que utilizam os corredores de ônibus de São Paulo não é fácil. A cada 272 metros percorridos pelo DIÁRIO, há um buraco para “chacoalhar” a viagem do passageiro. A conta foi feita com base em quatro corredores da capital: Inajar de Sousa / Marquês de São Vicente / Rio Branco, Pirituba / Lapa / Centro, Itapecerica / Santo Amaro / 9 de Julho e Ibirapuera / Vereador José Diniz. Em 55,3 km percorridos, o DIÁRIO contou 203 buracos no meio do caminho.
A situação mais crítica está no corredor que parte da Av. Rio Branco, no Centro, até o Terminal Cachoeirinha, na Av. Inajar de Sousa, na Zona Norte da capital. No trajeto de 13,6 quilômetros, há um buraco a cada 194,2 metros. Além disso há 17 ondulações no asfalto ao longo de todo o percurso.
O bancário Sidney William, de 24 anos, pega o ônibus em direção ao Centro para ir ao trabalho todo dia na Avenida Inajar de Souza e convive com os buracos. “O problema mesmo é que o ônibus é muito cheio. Às vezes fica gente esmagada contra a porta. Você fica desajeitado para se segurar”, contou.
“O ideal é que exista um ponto de ônibus a cada 300 metros. Em São Paulo há, em média, um ponto a cada 500 metros. Há mais buracos do que pontos na cidade”, avaliou o consultor e especialista em engenharia de tráfego Flamínio Fichmann. “Em algumas vias dizem que são o excesso de transporte de cargas que danificam a pavimentação. Mas nas faixas exclusivas para ônibus, não pode ser surpresa os veículos pesados. Elas são feitas, em princípio, para esse tipo de veículos. Isso só mostra o descaso com os corredores”, completou.
Há dois tipos de pavimentação nos trajetos dos ônibus: asfalto ou concreto (pavimento mais rígido). O primeiro, mais comum, tende a formar ondulações com o tempo devido ao tráfego intenso dos coletivos. Os de concreto, porém,
costumam ser mais regulares, oferecendo maior conforto ao passageiro.
Mas, logo no começo da Avenida Inajar de Souza, no sentido bairro, o que deveria ser um corredor exclusivo, com pavimento de concreto, pelo lado esquerdo da via, deu lugar a um estacionamento. Os ônibus são obrigados a disputar a faixa da direita com os automóveis.
A SPTrans informou que, esse trecho da avenida, falta construir paradas para os ônibus. Além disso, há um projeto para melhorar o corredor em andamento. As obras devem ser iniciadas ainda neste ano. Em relação à manutenção das vias, a empresa informou que uma licitação para o serviço deve ser publicada em breve, mas reparos pontuais e/ou emergenciais continuam sendo realizados.
Av. Ibirapuera é exemplo
O corredor das avenidas Vereador José Diniz e Ibirapuera pode ser chamado de exemplo. Em 6,3 quilômetros de faixa exclusiva para os ônibus há apenas quatro buracos. A pavimentação é de massa asfáltica na maior parte do percurso, só mudando para concreto nos locais de paradas, evitando a ondulação.
O corredor também é o único dos que o DIÁRIO percorreu que conta com pontos de ultrapassagem nas paradas. E quase não há tampas de bueiros no meio das faixas.
“É o corredor mais recente de São Paulo”, avaliou o especialista Flamínio Fichmann, justificando os diferenciais da via exclusiva. “Ele está longe de ser um corredor exemplar, mas já tem algumas características que representam alguma vantagem”, completou o consultor.
Segundo ele, atualmente se gasta algo em torno de cinco milhões de dólares para construir cada quilômetro de corredor de ônibus — no Metrô são gastos 150 milhões. “Eu acho razoável que se gaste 20 milhões de dólares por quilômetro, mas se faça muito bem feito”, defende.
Para Fichmann, do ponto de vista da capacidade de transporte, os corredores de ônibus são mais eficientes que o Metrô. “Ele tem uma taxa de retorno melhor. É só pegar quanto se transporta nos dois transportes e o custo das duas obras”, explicou.
Tinha um bueiro no meio do caminho
Uma das principais causas de buraco nos corredores de ônibus são as tampas de acesso às galerias subterrâneas da cidade. Além de causarem a trepidação natural dos veículos que passam por cima delas, 46% das crateras contadas pelo DIÁRIO estavam junto aos bueiros, como são popularmente conhecidos.
“Onde há essas tampas de inspeções, há uma chance maior de infiltração no solo. A água tira a camada que está embaixo do concreto ou do asfalto e a pavimentação acaba cedendo. É o que chamados de solapamento”, explicou o especialista em engenharia de tráfego Flamínio Fichmann. “Elas poderiam ser deslocadas para as calçadas. Não tem sentido essas tampas no meio do corredor”, completou o consultor em transporte.
Dos 97 buracos no corredor que liga a Estrada de Itapecerica, na Zona Sul, ao Centro, 48 se abriram onde estão os bueiros.
A SPTrans informou que não é possível transferir as tampas das galerias para outros locais. Segundo a empresa, de uma maneira geral, a rede subterrânea das concessionárias que operam nessas galerias (energia, água, esgoto e telefonia) já existia antes dos corredores de ônibus.
O professor de Engenharia Civil Creso de Franco Peixoto, do Centro Universitário da FEI, explica que são três os tipo de pavimentação que podem ser usados nos corredores: asfalto, concreto ou blocos.
“Os de massa asfáltica são os mais conhecidos e usados. Mas também são os mais baratos”, disse. “Mas se um veículo pesado parar em cima dele, o pavimento tende a se deformar”, completou o especialista.
Segundo o professor, o pavimento rígido, de concreto, é o mais caro, mas é o que dura mais. Por outro lado, é o mais difícil de consertar, caso seja quebrado. “Esse pavimento também é interessante, desde que se tenha a certeza de que não será preciso quebrar para manutenção no subterrâneos.
Modelo ideal é igual ao Fura-fila
O diretor-superintendente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Marcos Bicalho dos Santos, defende uma outra forma de transporte de ônibus: os BRTs, tipo de corredor com estações fechadas para as paradas, onde são feitas as cobranças das passagens, plataforma alta para ingressar nos ônibus, e veículos articulados, que transportam grande quantidade de passageiros.
“O mais parecido com isso que existe em São Paulo é o Expresso Tiradentes (antigo Fura-fila), mas que funciona em via elevada, o que não precisa acontecer”, explicou Marcos. “Normalmente eles são implantados nos canteiros centrais da avenidas, no mesmo nível da rua. Dessa forma fica mais acessível”, garantiu o diretor da NTU. Atualmente, a única cidade com esse sistema é Curitiba (PR).
Segundo ele, os corredores desse tipo de transportes são pavimentados com piso de concreto. “É um piso de alta durabilidade, com uma durabilidade maior e mais regular, o que deixa o transporte mais confortável”, resumiu
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