Blog do Diretório Zonal da Freguesia do Ó e Brasilândia do Partido dos Trabalhadores na Cidade de São Paulo - SP

domingo, 25 de setembro de 2011

DZ FÓ/BRASILANDIA RECEBE A CARAVANA DO PT COM GRANDE PLENÁRIA



O Diretório Zonal do PT Fó/Brasilandia recebeu na tarde deste sábado(24) a "Caravana do PT" que o Diretório Municipal vem realizando em todas as regiões da cidade trazendo os 5 pré-candidatos que pretendem concorrer à prefeitura de São Paulo em 2012 para ouvir a militância, debater os problemas de cada bairro e ainda se apresentar como postulante á vaga de candidato do PT.
Num evento que contou com a presença de cerca de 500 pessoas, além de parlamentares, dirigentes e convidados os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, o senador Eduardo Suplicy e o Ministro da Educação Fernando Haddad puderam falar sobre a atual conjuntura política e eleições municipais. A senadora Marta Suplicy foi a única pré-candidata que não compareceu à plenária.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011



Adilson Sousa - Secretário Geral do PT/FÓ Brasilândia e um dos organizadores do Setembro Vermleho, Maria Cícera do Setorial de Saúde e o companheiro Jabes Campos idealizador da atividade.


Muita animação na 2º Carreata do Setembro Vermelho


Companheira Edileuza discursando no carro de som durante a realização da carreata Setembro Vermelho

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PRESIDENTA DILMA SERÁ A 1º MULHER A ABRIR O DEBATE GERAL DA ASSEMBLÉIA GERAL DA ONU

Do Blog do Planalto


A presidenta Dilma Rousseff deverá cumprir agenda de trabalho em Nova York, Estados Unidos, nos próximos dias. Prevista para ocorrer entre 17 e 23 de setembro, a missão presidencial tem como objetivo a participação de Dilma Rousseff no debate geral da 66ª sessão da Assembleia Geral da ONU – onde será a primeira mulher a abrir o debate, tarefa que cabe tradicionalmente ao Brasil. Ainda nos EUA, a presidenta participará de eventos promovidos pelas Nações Unidas e instituições privadas e de encontros bilaterais com chefes de Estado e de Governo.

O anúncio foi feito pelo porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena, em briefing concedido à imprensa no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (15/9). De acordo com Baena, a partida da comitiva presidencial em direção a Nova York deve ocorrer no próximo sábado (17/9), com chegada prevista para o domingo (18/9).

O primeiro evento de que Dilma Rousseff participa, na segunda-feira (19/9), é a abertura da Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não-Transmissíveis. Segundo Baena, a reunião pretende tratar da prevenção e do controle de doenças não-transmissíveis em todo o mundo, em especial dos países em desenvolvimento. Ainda na segunda, a presidenta marca presença no Colóquio de Alto Nível sobre Participação Política de Mulheres.

Na terça-feira, a presidenta Dilma mantém encontros bilaterais com os presidentes dos Estados Unidos da América, Barack Obama, e do México, Felipe Calderón. No mesmo dia, participa do lançamento da Parceria para o Governo Aberto, iniciativa multilateral que visa a assegurar os compromissos dos governos junto aos cidadãos. O último compromisso do dia é um jantar em que a presidenta recebe o Prêmio por Serviço Público, oferecido pelo Woodrow Wilson International Center for Scholars. A premiação é concedida a líderes que tenham trabalhado em prol do aprimoramento da qualidade de vida em seus países e fora deles.

O dia seguinte começa com audiência concedida ao Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e com a abertura do Debate Geral da 66ª Assembléia-Geral das Nações Unidas. Na parte da tarde, a presidenta participa de outros dois encontros bilaterais, com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e com o presidente da França, Nicolas Sarkozy.

A missão presidencial termina com a participação de Dilma Rousseff em duas Reuniões de Alto Nível, no dia 22. A primeira é sobre Segurança Nuclear e tem como pano de fundo o acidente de Fukushima. O evento será voltado para discussões sobre como elevar o comprometimento político com o aprimoramento da segurança nuclear e sobre preparação contra desastres nucleares. A segunda reunião é sobre Diplomacia Preventiva. À noite, a comitiva presidencial parte para Brasília, com previsão de chegada para a manhã de sexta-feira (23/9).

terça-feira, 6 de setembro de 2011

MARTA INSISTE EM CANDIDATURA E PT DE SP APOSTA EM PRÉVIAS

PT prepara máquina para dar vitória a Haddad caso prévia seja inevitável
Autor(es): Iuri Pitta e Fernando Gallo,
O Estado de S. Paulo - 06/09/2011

Marta Suplicy, animada com liderança em pesquisa, diz que pré-candidatura "não esmoreceu"


A direção do PT paulistano aposta na realização de prévias para a escolha do partido, a despeito dos esforços do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para emplacar a candidatura consensual do ministro da Educação, Fernando Haddad, à Prefeitura de São Paulo. Com esse cenário, dirigentes já articulam nos bastidores o fortalecimento da corrente majoritária do PT nacional, a Construindo um Novo Brasil (CNB), para garantir a vitória de Haddad caso a disputa interna seja mesmo inevitável. A CNB, corrente de Lula, não repete, na capital paulista, a hegemonia nacional.

O campo majoritário vai fechar questão em favor da candidatura de Haddad no dia 19. No dia 12, tornará pública a adesão de petistas de outras correntes, entre eles o vereador Francisco Chagas, o deputado estadual José Zico Prado, e o ex-vereador Paulo Fiorillo. Com um volume expressivo de migrações, a CNB, que é a terceira força na capital, poderá assumir a liderança num processo de eleição interna.

"O cenário hoje é de prévia", previu o presidente do PT municipal, vereador Antonio Donato. Segundo ele, o nome do candidato do PT só deverá ser definido em 27 de novembro, data marcada para a disputa interna.

Força. "Não vejo a minha pré-candidatura esmorecer. Eu vejo minha candidatura forte", afirmou na segunda-feira, 5, a senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, embalada pelos resultados da pesquisa Datafolha divulgada na segunda, em que lidera todos os cenários. Os dados deram força à candidatura da petista, que havia dado sinais nas últimas semanas de que poderia desistir.

Numa eventual disputa com o ex-governador José Serra, Marta aparece na frente com 29%, ante 18% do tucano. Entre os entrevistados na sondagem, 59% acham a ex-prefeita a melhor candidata do PT, e outros 20% citam Haddad. O ministro aparece com apenas 1% ou 2% das intenções.

"Fui para o segundo turno em todas (as eleições municipais) que disputei. Perdi as duas últimas, mas são situações de conjuntura", disse a senadora, que coordenou ontem em São Paulo um seminário sobre as metrópoles no Brasil do século XXI, para o qual convidou dois oposicionistas, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido (PSDB).

Apesar da larga vantagem de Marta na pesquisa, a avaliação dos petistas é que ainda é muito cedo para fazer qualquer previsão. Além disso, 40% dos entrevistados disseram que votariam no candidato do ex-presidente Lula, o que daria expressiva vantagem a Haddad. Também pesa contra Marta o alto índice de rejeição, de 30%.

"A posição do Lula sempre influi, porque o Lula é o grande líder do partido. Mas a gente tem que deixar o processo acontecer. O processo é soberano, e a conjuntura determina", afirmou Marta, que disse que seu recall não é de participação em eleições, mas de "obras feitas na cidade", em uma indicação indireta de que seu principal oponente não tem o mesmo a mostrar.

"É uma característica do Lula pensar e propor ações. Ás vezes dão certo, às vezes não dão. É bom ter um líder que consegue propor ações que o partido pode aceitar ou não aceitar, mas é alguém que está sempre pensando. E que sempre está inovando, está tentando buscar soluções", disse a senadora.

Mercadante. O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou na segunda-feira, 5, que está fora da disputa à Prefeitura. "Acho que vou ajudar mais o Brasil na condição de ministro, mesmo porque em São Paulo temos excelentes candidatos", disse Mercadante, após reunião de mais de três horas com os vereadores petistas na segunda. De acordo com ele, a presidente Dilma Rousseff lhe pediu para comunicar formalmente ao PT paulistano de que continuaria à frente do ministério.

"A presidente Dilma Rousseff pediu para que eu ficasse no governo porque considerava meu trabalho de excelente qualidade e que eu teria muito apoio neste ano que vai começar", relatou o ministro petista.

Mercadante contestou a preferência de Marta no PT e deu demonstrações de apoio à candidatura de Haddad. "Nas pesquisas, ela (Marta) é quem aparece melhor posicionada. Mas já houve eleições, no passado, em que quem saiu na frente não ganhou e, em que quem tinha uma posição inferior, na mesma etapa da pesquisa, ganhou a eleição."

Correntes. O campo majoritário (CNB) ficou em terceiro lugar no último Processo de Eleição Direta (PED) na capital, em novembro de 2009, com 23,1% dos votos. Com a vinda dos novos integrantes, os defensores da candidatura de Haddad - que é da Mensagem ao Partido (6,5% dos votos no PED) - tentam garantir à chapa cerca de 35% dos votos na prévia, e mostrar que podem ter mais força que a Novo Rumo, corrente que liderou as votações em 2009, com 36,6%

sábado, 3 de setembro de 2011

PT PROMOVE O SETEMBRO VERMELHO


foto da carreata pró Metrô (13/8/11)

O PT da Fó/Brasilândia tirou como encaminhamento na sua reunião ordinária deste sábado(3) intensificar suas ações de protestos contra o governo tucano/Dem neste mês de setembro.
Chamado de “Setembro Vermelho”, as carreatas que acontecerão nos dias 10 e 17 terão como estratégia denúnciar a má gestão do prefeito Gilberto Kassab e do governador Alckmin nas áreas de saúde, educação, transporte e mobilidade urbana, moradia, além de reforçar sua indignação com a paralisação das obras do metrô linha 6 – Laranja.
Os petistas usarão esses protestos para se aproximar dos bairros de Brasilândia e Freguesia do Ó, e assim, facilitar o diálogo com os filiados, chamar a atenção da população para os problemas regionais e ainda fazer a disputa política com o PSDB local.
No dia 24 de setembro haverá a Caravana do PT na Brasilandia com a presença da executiva municipal do partido e dos cinco pré-candidatos a prefeito, o Ministro da Educação Fernando Haddad, a Senadora Marta Suplicy, o Senador Suplicy e os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zaratinni.
Participe do Setembro Vermelho do PT da Fó/Brasilandia.

ÍNTEGRA DO DISCURSO DO PRESIDENTE DO PT, RUI FALCÃO



Rui Falcão na abertura do 4. Congresso Extraordinário do PT Segue abaixo a transcrição do discurso de Rui Falcão. O mais breve possível disponibilizaremos também os vídeos de Dilma e Lula.


Companheiros(as),

Abaixo, o discurso de saudação do presidente Rui Falcão na abertura do 4. Congresso Extraordinário do PT.

Companheiros e companheiras,

Quero saudar todos os delegados e delegadas presentes ao nosso 4o. Congresso. Vocês representam, na diversidade da juventude, das mulheres, dos negros, dos indígenas, da comunidade LGBT, toda a nossa aguerrida militância, a quem vi de perto nas 25 capitais onde estive em caravana nas últimas semanas, ao lado de membros da Direção Nacional. Lá, constatei a força e a vitalidade da militância, que sempre fez a diferença na história do PT. Em cada canto do País, estivemos presentes para expressar o caráter nacional do nosso partido. Para colher, ao vivo, informações sobre a realidade político-eleitoral de cada Estado. E, principalmente, para estreitar os laços entre direção e base – este vínculo permanente que constitui e revigora os partidos de tradição socialista e democrática.

O entusiasmo, a mobilização e o otimismo nas plenárias de que participamos são um prenúncio de que, em 2012, estaremos preparados para a grande batalha das eleições municipais. A tática eleitoral e a política de alianças para o próximo pleito integram o documento político que será debatido amanhã.

Quero congratular-me com as lideranças petistas dos movimentos sociais, em nome do Artur Henrique, presidente nacional da CUT, cuja luta em defesa dos trabalhadores tem propiciado tantas conquistas e tem contribuído para importantes mudanças na vida nacional. Reitero aqui a nossa intenção de caminharmos juntos, PT e movimentos sociais, com bandeiras e agendas comuns, respeitada a autonomia de cada organização.

Cumprimento com deferência todas as delegações dos partidos amigos de países de todos os continentes, que aqui vieram para nos prestigiar, expressar sua solidariedade e reforçar, na melhor tradição internacionalista, a parceria nas lutas por um mundo melhor.

Estão hoje conosco alguns dos ex-presidentes do Partido dos Trabalhadores, cuja contribuição, cada um a seu tempo, concorreu para que nosso partido —e também o País – se tornassem referência mundial nos processos de avanço democrático e mudanças sociais. Em nome de todos eles, quero pedir uma salva de palmas ao companheiro José Eduardo Dutra, a quem tive a honra de suceder.

Companheiros e companheiras do Diretório Nacional, aqui representados no palco pelos membros da Comissão Executiva Nacional: repousa sobre nossos ombros a responsabilidade de conduzir o PT, este partido com 32% de preferência nacional e que governa o Brasil pela terceira vez consecutiva. Confio em que, exercitando a direção coletiva, possamos manter unido o PT, a fim de vencer os desafios do momento atual.

Entre os imensos desafios que se nos apresentam, a aprovação da reforma político-eleitoral é, sem dúvida, o mais urgente e relevante. Uma reforma que, mantido o sistema do voto proporcional e ampliadas as possibilidades de participação popular, institua o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais e o voto em lista. O financiamento privado e o voto em pessoas são características antidemocráticas do sistema atual. Eles abrem um imenso fosso entre a presença social do povo e sua expressão política, em especial das mulheres (apesar da conquista histórica da primeira mulher presidenta do Brasil).

Ao falar da reforma política, cuja campanha o PT já desencadeou e dialoga com diferentes atores políticos e sociais para viabilizá-la, não poderia deixar de reconhecer o trabalho aplicado e a competência de nossas Bancadas na Câmara e no Senado, sob a liderança dos companheiros Paulo Teixeira e Humberto Costa. E, sobretudo, a perseverança incansável do companheiro Henrique Fontana, relator da Comissão da Reforma na Câmara dos Deputados e de todos os membros da Comissão Especial.

Caros presidente Lula e presidenta Dilma, cujo legado de realizações ao Brasil orgulha a toda a militância petista, a toda a esquerda e a todo o nosso povo. Nunca antes neste país se fez e se está fazendo tanto em tão pouco tempo.

Companheira Dilma, o PT participa, apóia e sustenta as políticas do nosso governo, para que o Brasil prossiga na construção de outro modelo de desenvolvimento, socialmente inclusivo, regionalmente integrado, tecnologicamente avançado e ambientalmente sustentado. Tal modelo implica forjar condições para reformas estruturais, articuladas ao aprofundamento da democracia e da criação de uma nova sociedade.

Companheiros e companheiras governadores, prefeitos, parlamentares, representantes de partidos aliados, autoridades presentes, meus senhores e minhas senhoras

Como é de conhecimento geral, a pauta do nosso Congresso abordará dois temas de extrema relevância. O primeiro tratará da atualização do nosso Estatuto, a fim de torná-lo ainda mais democrático e mais compatível com as mudanças que o PT e o Brasil conheceram nestes 31 anos de nossa existência. Vale ressaltar que o PT é dos poucos partidos a debaterem publicamente, sem controles ou injunções da direção, normas que regem a vida da agremiação.

Concluídos os trabalhos da nossa “Estatuinte”, poderemos anunciar o lançamento de uma nova campanha de filiação, cujo objetivo será o de acolher os milhares de simpatizantes que votam no PT, que nos têm como referência, que apóiam os nossos governos, mas que ainda não estão integrados organicamente nem participam das atividades partidárias.

O 4º. Congresso deverá, também, aprovar uma resolução política, que analisa a conjuntura nacional e internacional; que faz um balanço dos governos Lula e Dilma; que enumera os desafios que temos a vencer; e define uma agenda própria para o PT, a qual não se contrapõe nem concorre com os projetos do nosso governo, um governo de coalizão de forças políticas e sociais diferenciadas.

Em sucessivos documentos, nosso partido, ao apoiar a política econômica do governo, aponta a necessidade de enfrentar o problema dos juros e do câmbio com medidas mais ousadas. Por isso, aplaudimos a recente decisão do Banco Central, augurando ao mesmo tempo que a tendência não reverta, a fim de que se possa chegar ao final do primeiro mandato da companheira Dilma com taxas que desestimulem a especulação financeira.

A maneira como os nossos governos vêm se contrapondo aos efeitos da crise global, discrepa daquela que se pratica na Europa e nos Estados Unidos, de corte dos gastos e desemprego, para salvar o capital.

De forma ainda mais enfática, apoiamos incondicionalmente o combate sem trégua à corrupção travado pelos nossos governos. O enfrentamento da corrupção é um compromisso inarredável do PT, que há de ser honrado sem desconstituir o Estado Democrático de Direito ou sonegar as garantias individuais. Sem esvaziar a política ou demonizar os partidos, sem transferir, acriticamente, para setores da mídia que se erigem em juízes da moralidade, uma responsabilidade que é pública, a ser compartilhada por todos os cidadãos.

O combate à corrupção, para além de tudo o que se fez sob o governo Lula e se faz agora sob o comando da presidenta Dilma, exige medidas abrangentes, cujo núcleo reside na reforma política e na reforma do Estado, ambas tratadas em profundidade no texto-base da Comissão Executiva Nacional que se encontra na pasta dos delegados e delegadas.

Para concluir, quero mencionar dois temas da agenda petista que reputo de importância capital: o da democratização dos meios de comunicação e uma campanha pública pela aprovação de leis cidadãs, com o concurso de iniciativas populares, proposições congressuais e do próprio Executivo.

Entre as nossas convicções mais arraigadas, inscritas como princípios em nosso ideário, a livre expressão de pensamento, o direito de opinião, a liberdade de imprensa e o repúdio a todas as formas de censura são valores fundamentais. Mas o jornalismo marrom de certos veículos, que às vezes flerta com práticas ilegais, deve ser responsabilizado toda vez que falsear os fatos ou distorcer as informações para caluniar, injuriar ou difamar.

A inexistência de uma Lei de Imprensa, a não regulamentação de artigos da Constituição que tratam da propriedade cruzada de meios, o domínio midiático por alguns poucos grupos econômicos tolhem a democracia e criam um clima de imposição de uma única versão para o Brasil. E a crescente partidarização, a parcialidade, a afronta aos fatos preocupam a todos os que lutam por meios de comunicação que sejam efetivamente democráticos. Por tudo isso, o PT luta para votar e aprovar, no Congresso Nacional, um marco regulatório capaz de democratizar a mídia no País.

Companheiros e companheiras,

São muitos os desafios e inúmeras as tarefas. Cumprí-las exigirá de nós criatividade ideológica, força político-social, clareza estratégica e, sobretudo, interação constante com a militância, que não deve ser convocada apenas nas campanhas eleitorais, mas também para traçar e decidir os rumos do nosso partido. Vamos à luta, e até a vitória!


Viva a militância

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

PT REALIZA IV CONGRESSO NACIONAL UNIDO E SEM DISPOSIÇÃO PARA BRIGAS

Da agência "Carta Maior"


Amplamente dominado por uma aliança das duas maiores correntes internas, PT realiza seu IV Congresso Nacional, em 31 anos, em clima festivo e sem espaço para grandes disputas internas. Decisões recentes do governo, de cortar juros e propor aumento robusto do salário mínimo, aproximam PT de Dilma Rousseff e ajudam a evitar conflitos que poderiam ser explorados por adversários políticos.
Maria Inês Nassif

SÃO PAULO - Mais do que produzir grandes manchetes, o IV Congresso Nacional do PT, que o partido realiza em Brasília no fim de semana, deve de revelar uma grande festa, repleta de delegações internacionais. Não há grande interesse de expor divergências partidárias para ao grande público durante o encontro dos 1,3 mil delegados.

Com o partido dominado por uma aliança entre as duas maiores facções - Construindo um Novo Brasil (CNB) e Mensagem ao Partido -, o Congresso deverá ter como grande marco decisório, de fato, a plenária nacional da CNB, que se reúne nesta sexta-feira (02/09) a partir das 10h. “Há uma desproporporção do grupão formado pelo CNB e pela Mensagem”, reconhece um dos integrantes da primeira.

Os setores mais à esquerda deixaram o partido no passado e constituíram o PSTU e o PSol. Um dos pequenos grupos remanescentes, a Articulação de Esquerda, cuja maior liderança era Valter Pomar, rachou há cerca de um mês. Metade seguiu para o campo majoritário. Pomar permaneceu no antigo grupo, menor do que já era.

Qualquer decisão tomada na plenária da CNB ditará, portanto, os rumos do Congresso geral. E mostrará para aonde se inclinará a maioria dos 1350 delegados do partido, eleitos no último Processo de Eleição Direta (PED), em 2009.

Ao contrário do que se poderia supor, o governo da presidenta Dilma Rousseff, que não tinha uma grande militância no partido antes de ser eleita, caminhou articuladamente com o PT, às vésperas do Congresso.

Em geral, o partido não quer fazer barulho, mas considera importante se “politizar” novamente, assumir uma agenda própria, inclusive para exercer o papel de convencimento da sociedade quando os temas de ordem institucional provocarem controvérsia, de forma a adquirir força, de fora para dentro, na contenda com seus aliados no Congresso.

Uma abertura para convivência com movimentos sociais, que acabaram sendo alijados do partido no processo de negociação com aliados de esquerda. Dois temas discutidos previamente foram assumidos pelo governo antes que fossem oficializados pelo Congresso do PT: a queda de juros pelo Banco Central, e sinalização de baixa futura mais consistente, e o aumento do salário mínimo. A antecipação desses dois movimentos vai ter o poder de transformar em afinidade, o que a imprensa poderia interpretar como conflito.

“O PT e o governo não têm conflito. O que vem sendo implementado pelo governo Dilma vem ao encontro de um governo do PT. O PT está no governo e o governo está bem. Agora, com a inflexão dos juros, a afinidade ainda é maior”, afirma o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP).

“Estamos tranquilos. Em primeiro lugar, porque tomamos juízo. Em segundo, porque adquirimos maturidade. Em terceiro, porque somos o principal partido da base do governo e o mundo endoidou. Precisamos preservar o governo para enfrentar essa crise mundial", diz o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP). "É evidente que há críticas pontuais à condução do governo, mas no geral o PT vem respondendo a esses desafios com uma unidade muito grande, enquanto os outros partidos da base estão se dividindo."

“O PT não tem grandes divergências internas. Está em nova fase. As tendências estão com fogo baixo”, afirma o ex-deputado José Genoíno, hoje assessor do Ministério da Defesa. Para Genoíno, o partido também teve um aprendizado de governo. “Sem alianças o PT não ganha eleição, nem governa”.

Outro fator de “estabilização” nas relações entre partido e governo, curiosamente, foi a ascensão do paulista Rui Falcão à presidência do partido, em substituição ao presidente eleito pelo PED, o sergipano José Eduardo Dutra.

A vitória de Dutra tinha acontecido num momento em que a hegemonia paulista era bastante discutida internamente, também pela desproporção entre o crescimento do PT nos outros estados e a participação nos órgãos de direção partidária. Com o afastamento de Dutra, ascendeu de novo um paulista.

O antipaulistismo, todavia, vem sendo controlado por um esforço de Falcão. Ele tem participado de debates políticos em todos os estados (só falta visitar duas unidades da Federação nessa “caravana” partidária). E trânsito simultâneo no governo e em todo o partido.

Falcão tem ligações antigas com a presidenta da República, e uma militância partidária que remonta às origens do PT – além de contar com a ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que entra em cena para dirimir conflitos ou problemas de estratégia.

Como está ligado diretamente à burocracia do partido, e como é mais formal, conseguiu criar uma relação mais institucional com o governo. Fala de partido para governo. “O Dutra era muito desorganizado e muito informal”, diz um parlamentar do partido.