"O importante da arte é criticar o Estado e o Governo"
Por www.mercadante.com.br
Quarta-feira, 14 de julho de 2010
Nem mesmo a chuva atrapalhou o encontro de Aloizio Mercadante, candidato ao governo de São Paulo pelo PT, com representantes e líderes de movimentos culturais da capital e do interior nesta terça-feira, dia 13.
Depois de ouvir propostas e sugestões, Mercadante defendeu os movimentos culturais e a inclusão digital nas periferias. "Quero um governo participativo e que tenha interação. Temos que desenvolver novas mídias, estimular publicações, portais, blogs, movimentos culturais e midiáticos que não estão na mídia dominante comercial. Você tem na internet, hoje, um instrumento de diálogo, interação, mobilização e transformação. O que nós temos de fazer é dar acesso à população. Há um apartheid digital no Brasil".
Mercadante também ressaltou a importância das políticas públicas. "Temos que ter políticas públicas que assegurem que esses recursos vão chegar na forma de expressão cultural para a população. Não pode ser uma política só de eventos e mercantilização. O importante da arte é criticar o Estado e o Governo. É um instrumento de contestação, de libertação e mudança".
Ao final do encontro, Aloizio Mercadante propôs a criação de um seminário para debater o tema de uma maneira mais ampla e representativa.
A estudante Beatriz chegou cedo para ouvir as propostas de Mercadante. "É interessante ter esse tipo de conversa. Em São Paulo, a cultura tem melhorado, mas falta na periferia e no interior", disse.
"A questão cultural das periferias é importante e deve ser socializada. É preciso apoiar os movimentos culturais e sociais. O atual governo acredita que cultura é promover eventos. É preciso fazer e entender cultura", ressalta Crônica Mendes, rapper do grupo A Família.
"Espero que as propostas incorporem as mesmas diretrizes da política cultural do governo Lula, em especial o Cultura Viva", comentou Leonel, do Ponto de Cultura de Rio Claro
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